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Viagem a Delfos

05-08-2016-08-03

VIAGEM A DELFOS
No dia de nossa viagem a Delfos, A G. O. Tours atrasou 24 minutos e trocamos decônibus antes de deixar a cidade. Saímos para o passeio às 8h36. O problema das excursões de um dia é que elas sempre saem com atraso, pois precisam passar em todos os hotéis para pegar os passageiros, e nem todos são pontuais. O ônibus era confortável, com ar condicionado e Wi-Fi, e uma câmare direcionada à frente para que pudéssemos acompanhar o trajeto. A guia da viagem a Delfos narrou em inglês e frances. A distância entre Atenas e Delfos é de cerca de 180 km. A estrada é boa e pedagiada. No caminho, vimos muitas plantações de batata, cebola e milho. Passamos pelo Lago Iliki do qual captam a água que abastece Atenas. A primeira parada foi de 20 minutos em Labaka, para um café. Na lanchonete de Labaka, havia vários guias sobre Delfos, Mitologia Grega e até um livro com 300 receitas gregas, em vários idiomas, exceto português. De Labaka a Delfos, a paisagem torna-se bastante montanhosa e bonita. Passamos pelo centro de uma linda cidadezinha bem próxima a Delfos chamada Aráchova, que fica a 1000 metros acima do mar, no Monte Parnasso. Chegamos a Delfos às 11h30 onde ficamos até às 13h00 visitando as ruínas e, das 13h10 às 14h45, visitamos o Museu de Delfos. O ingresso, incluso no tour, custou 12 euros e incluía as ruínas e o museu. Dentre os muitos oráculos que havia na Grécia, o mais célebre era o Oráculo de Apolo, em Delfos. Da cidade de Delfos restou muito pouco. O que tem de mais bonito para se visitar são o Templo do Tesouro Ateniense, o Teatro, o Estádio, além da beleza da paisagem do Monte Parnasso. 


Templo o Tesouro Ateniense, em Delfos


Templo de Apolo, em Delfos
O passeio valeu a pena, mas, novamente, ficamos frustrados por não termos visitado in loco o Santuário de Atenea Proneia que vimos apenas de dentro do ônibus, quando voltávamos do almoço. Aliás, o restaurante de Delfos era melhor do que o de Micenas. Pedimos um “stewed lamb” (cordeiro na pressão) que estava delicioso. Na volta, paramos em Aráchova, para as compras. A cidade é uma graça. Em suas lojas, podem-se comprar belas almofadas e tapetes típicos da região. Além de bonitos, os tapetes são muito leves e podem ser lavados na máquina de lavar. Mas leve dinheiro, pois os comerciantes não aceitam cartão de crédito. À noite, fomos comer uma pizza na Just Pizza, recomendada pelo Google. A pizzaria é um delivery com algumas mesinhas, e a pizza, de fato, é muito boa. Fomos de Uber (3,58 euros) e voltamos de ônibus (1,40 euros por pessoa), já que o ônibus número 220 passava bem em frente ao nosso hotel. As passagens foram compradas na banca de revistas localizada em frente à Just Pizza. E assim chegou ao fim nossa viagem a Grécia, país lindo, para o qual pretendemos voltar um dia...

Viagem ao Canal de Corinto, Epidauro, Nauplio e Micenas


04-08-2016
VIAGEM AO CANAL DE CORINTO, EPIDAURO, NAUPLIO E MICENAS
O transfer atrasou um pouco, passando no hotel às 7h50 e, antes de sairmos de Atenas, trocamos de ônibus. O ônibus era confortável, tinha ar condicionado, Wi-Fi e uma excelente guia que, ao longo da viagem, deu-nos informações históricas, culturais, mitológicas, econômicas e até linguísticas, todas em inglês. Soubemos, por exemplo, que a base da economia da Grécia é o turismo, a agricultura, a indústria naval e a indústria; e que os gregos importam petróleo bruto e o refinam no país. Na saída da cidade, passamos pela Fundação Aristóteles Onassis, pelo Santuário de Afrodite, pelo porto de Pireus e pela Ilha de Salamina na qual, em 79 a.C., houve uma batalha entre gregos e persas da qual estes saíram derrotados. Essa batalha foi narrada por Ésquilo, importante dramaturgo, tal como Sófocles, Eurípedes e, na comédia, Aristófanes. Soubemos também que 70% do país é constituído de montanhas. A primeira parada da viagem foi no Canal de Corinto, onde ficamos 20 minutos. Um parêntese para falar do Canal. O Canal de Corinto liga o Mar Jônico (Golfo de Corinto) ao Mar Egeu. Tem apenas 21 metros de largura, 6,3 km de comprimento, 8m de profundidade e 40 metros de altura. Teve sua importância econômica no passado, economizando mais de 400 km de trajeto das frotas comerciais. Antes de sua construção, para não precisar circundar o Peloponeso, os navegadores esvaziavam os barcos e os carregavam vazios encosta acima. Vários imperadores romanos fizeram estudos sobre a abertura do canal (Júlio César, Gaio (Calígula), Adriano e Nero), mas a primeira tentativa de construção foi de Nero, em 67 a.C. Após a morte de Nero, os planos foram suspensos, e o Canal acabou sendo construído séculos depois. Entre 1881 e 1893, os húngaros István Türr e Béla Gerster planejaram e dirigiram a construção dessa obra prima da engenharia, contratando o mesmo engenheiro francês responsável pela construção do Canal de Suez, no Egito. Os mais destemidos podem fazer o Bugy Jamp no Canal. Há também travessias de barco, que levam 1h10. 

Vista do Canal de Corinto
Segundo a guia, na Era Cristã, o apóstolo São Paulo viveu um ano e meio no Porto Kechries, em Corinto, pelo qual passamos. Por isso, em Kechries há uma igreja que, acredita-se, teria sido fundada por ele. Hoje, a região é muito procurada por veranistas. Vale lembrar que o apóstolo São João escreveu o último livro do Novo Testamento, o Apocalipse, na ilha grega de Patmos. A estrada do Canal de Corinto a Epidauro é costeira e proporciona uma bela vista. Passamos por um criadouro de peixe Sea Bass, muito apreciado pelos gregos e servido em vários restaurantes de Atenas localizados na Plaka e na Monastiraki Square. A segunda parada foi no Teatro Antigo de Epidauro, às 11h10. Nesse teatro, todo verão há apresentações de musicais ou peças de teatro. Em 05 e 06-08-2016, seria exibida a comédia Lisístrata, de Aristrofánes. O ingresso da visita ao teatro (12 euros) estava incluído no pacote. À entrada, do lado direito do Teatro de Epidauro, há uma ruína do que sobrou do antigo hospital. O Teatro é simplesmente esplêndido! Sua capacidade original era para 13.000 pessoas sentadas bem próximas umas das outras. No centro do palco, há uma pedra redonda para indicar o ponto onde a acústica é melhor. E, de fato, a acústica é perfeita, conseguindo-se ouvir o som de uma agulha caindo no centro acústico de qualquer lugar da arquibancada! 
Teatro de Epidauro
De Epidauro, fomos a Nauplio, onde chegamos às 12h45 e ficamos 20 minutos, apenas o tempo suficiente para visitar o porto e uma pequena igreja ortodoxa que começou a ser construída no século XV. Aproveitamos para provar um delicioso sorvete italiano na sorveteria localizada ao lado da igreja. Nauplio foi a primeira capital da Grécia, mas não por muito tempo. Os venezianos chegaram a ocupar Nauplio por duas vezes, razão pela qual a arquitetura das casas é veneziana. Mas foi frustrante não termos visitado o forte-cadeia localizado no alto do morro e que fora construído pelos venezianos. 

Forte construído pelos venezianos, na costa de Nauplio

De Nauplio, fomos ao restaurante (Menaloos ou Menelau, marido de Helena raptada por Paris) onde paramos 45 minutos para o  almoço. No caminho, passamos por um muro contruído com pedras enormes. Por isso, acredita-se  que tenha sido construído por Ciclopes que teriam vivido 1.300 anos a.C. A próxima parada foi nas ruínas de Micenas, cidade onde nasceu e está sepultado Agamenon, irmão de Menelau, cunhado de Helena e marido de Clitemnestra. O ingresso para o museu e as ruínas também custava 12 euros e estava incluído no pacote. Ficamos em Micenas 40 minutos. Visitamos o museu, onde está a máscara de ouro de Agamenon, e as ruínas da cidade. Em seguida, fomos ao túmulo de Agamenon e Clitemnestra, onde ficamos mais 20 minutos. 

Portal de Micenas onde Agamenon nasceu e está sepultado

Mausoléu onde Agamenon e Clitemnestra estão sepultados

Máscara de ouro de Agamenon no Museu de Micenas
Antes de retornarmos a Atenas, paramos em uma loja de souvenirs onde assistimos a uma explicação sobre como eram produzidas as cerâmicas antigas. Na volta a Atenas, vimos, da estrada, as ruínas da Acrocorinto, que é a Acrópole da Corinto Antiga a qual, infelizmente, não fazia parte do pacote. Embora tenhamos gostado do passeio, teríamos preferido trocar a parada na loja de souvenirs, que foi mais longa do que o necessário (nesses pacotes, sempre há uma parada para compras!), por uma visita à Corinto Antiga e ao forte-cadeia de Nauplio. Há um passeio de meio dia à Corinto Antiga, promovido pela mesma G. O. Tours S/A. (Greek Organized Tours S/A.), razão pela qual nosso pacote não incluía essa visita. Mas fazer um tour histórico a Nauplio sem visitar o forte-cadeia não tem sentido algum, já que ele é a maior atração histórica da cidade. Fica aqui a dica para a G. O. Tours.

Passeando por Atenas


03-08-2016
PASSEANDO POR ATENAS
Para brasileiros dirigirem na Grécia é necessário licença internacional. Como esquecêramos a nossa, precisamos desistir dos planos de alugar um carro. Fomos, então, a pé do hotel à agência Adrianos Travel, na Monastiraki Square, passando pela Plaka, região de lojas e restaurantes onde compramos vários souvenirs. Lá, comprarmos dois passeios de ônibus para os dois últimos dias de nossa estada. Na quinta-feira, iríamos para Micenas, Nauplio e Epidauros, incluindo o Canal de Corinto e, na sexta-feira, para Delfos. Preço de cada passeio: 70 euros por pessoa; sem almoço (com almoço seriam 80 euros por pessoa). Importante: por 10 euros a mais por pessoa, pode-se incluir o almoço no pacote (com entrada, salada, prato principal e sobremesa, mas sem bebidas), mas, pelo que vimos, vale mais a pena pedir a la carte”, pois as comidas servidas ao grupo não nos pareceram muito apetitosas. A agência oferece tours para as principais cidades históricas, de 1 até 7 dias, ou para as ilhas, de 1 até oito dias. Por indicação do agente da Adrianos Travel, almoçamos no Thanasis, localizado bem próximo à agência de viagens. Foi uma ótima opção, pois a comida era tipicamente grega, gostosa e barata. Pedimos um Souvlaki e um Kebab. Já provamos Moussaka, Trahanas, Souvlaki, Kebab, Greek Salad, Meat Balls e gostamos de todas! A culinária grega é excelente, com um pouco de influência da italiana e da árabe. Os pratos vêm muito bem servidos, podendo ser divididos entre duas pessoas, caso não se esteja com muita fome. Depois do almoço, compramos o bilhete de 24h do metrô, por 4,50 por pessoa, e fomos dar uma volta pela cidade. Fomos conhecer a igreja ortodoxa de São Pateilemon, mas estava fechada. Como estava muito quente, voltamos cedo ao hotel.
Kebab e Souvlaki, pratos típicos da culinária grega, no restaurante Thanasis, em Atenas

Voltando a Atenas


02-08-2016
VOLTANDO A ATENAS
Dia de voltar a Atenas, com previsão de saída às 14h50. O transfer nos deixou no porto duas horas antes do embarque. De qualquer forma, dependendo da localização do hotel, é bom sair com uma certa antecedência para não se perder o barco devido aos congestionamentos ou algum possível acidente. No porto, em frente às plataformas de embarque, há áreas de espera na sombra e com bancos de concreto, mas cujos banheiros são horríveis: insuficientes, mal sinalizados e sujos. O Champion Jet 2 da Seajet atrasou apenas 10 minutos e, desta vez, havia tomada ao lado de nossos assentos. Chegada a Pireus às 18h00 e ao hotel, agora o Best Western Ilisia, às 18h35. O táxi que nos levou era muito limpo e cheiroso, como todos os que pegamos. O hotel era bom, bem localizado e com garagem preferencialmente para carros de pequeno porte. À noite, saímos para jantar em no Vezené, um bistrô próximo ao hotel e bem recomendado pelo Google. A comida era excelente. Pedimos cordeiro com Trahanas, um prato delicioso, tipicamente grego, muito semelhante ao risoto, mas que não é feito de arroz. De cortesia, serviram-nos Grapa, a aguardente italiana, extremamente forte!
Entrada no Bistrô Vezené, em Atenas

Conhecendo Mykonos



01-08-2016
CONHECENDO MYKONOS
Segundo dia, já um pouco mais pobre, dados os altos preços da ilha, decidimos que não faríamos uma maratona turística louca, mas escolheríamos uma praia para passar o dia. Após um belo café da manhã, tomamos o ônibus rumo ao centro. O ônibus para a Old City passou com 15 minutos de atraso. Em Myconos, perde-se muito tempo em paradas de ônibus, pois, além dos 30 minutos de intervalo entre um ônibus e outro, deve-se computar o atraso. Ao chegarmos a Old City, inicialmente pensamos em ir à praia de Elia, ou à praia Super Paradise, mas descobrimos que o ônibus para essas praias saía do Old Port, não da Fabrika, onde nos deixara o ônibus anterior. Seria uma boa caminhada e uma boa espera, então, decidimos tomar o ônibus que sairia em 5 minutos para a praia Paradise Beach, a qual acabou sendo uma ótima escolha, pois é linda e com boa infraestrutura, sendo também ótima para banho de mar, com areias bem “caminháveis” com os pés descalços. 
Paradise Beach, na Ilha de Mykonos
As mais famosas praias da ilha são: Elia, Ornos (a mais familiar e sem vento), Paraga (localizada à direita de Paradise Beach, a dez minutos de caminhada), Agrari, Paradise e Super Paradise (situada à esquerda de Paradise Beach). Segundo soubemos, uma parte da Elia Beach é destinada ao naturismo, mas não fomos conferir. Algumas praias são mais familiares do que outras, por isso, se estiver com crianças, melhor informar-se sobre as características das praias às quais deseja ir. 

Placa ao lado do guichê do Public Bus Stop, na Fabrika
 Chegando a Paradise Beach, notamos que havia um mercado no ponto final do ônibus e um grande estacionamento gratuito que dava na praia, a qual estava cheia de espreguiçadeiras com guarda-sóis de palha, bonitos e harmoniosos com a paisagem natural. Não tivemos dúvida: escolhemos um guarda-sol e nos instalamos, ao que um sujeito dotado de uma maquininha imprimiu nosso ticket sem nada perguntar. Foram 20 euros (10 euros por pessoa) pelo direito de uso, sem drinques nem nada, apenas do vento e do sol! Após o pagamento, recebemos um ticket com preço, dia e horário. E mesmo por esse preço, é bom não chegar muito tarde, senão não encontrará mais lugar. 

Paradise Beach, com guarda-sóis de palha e espreguiçadeiras
Na praia, não se é incomodado por ninguém. Também se podem deixar as coisas no guarda-sol sem correr o risco de serem furtadas, bem diferente do que ocorre nas praias brasileiras. Se quiser pagar mais barato por bebidas, traga-as da cidade ou compre-as no mercado que há no ponto final do ônibus. E assim passamos o dia, entre um banho de sol e de mar, uma cerveja Mythos, com aquela paisagem gratificante e gente bonita e dourada passando para lá e para cá! Voltamos ao hotel (com baldeação no centro, claro), tomamos banho, descansamos e nos arrumamos para a noite. Em Mykonos, as pessoas vão ao centro (Chora, a capital) muito bem produzidas e, como prevalecem os turistas italianos, campeões mundiais da moda, tivemos que ter certo cuidado nas vestes, para não passar vergonha. De tanto ver italianos, a ilha acabou adotando a culinária deles, e nós também: por recomendação de turistas que avaliam restaurantes no Google, fomos ao D'Angelo, famoso por excelentes pizzas, as quais eram realmente boas, não horríveis como as que se vê nos lugares turísticos de Florença. Terminado o nosso jantar, saímos a caminhar e explorar as imediações, encerrando a noite a apreciar a brisa e a vista do nosso hotel. No dia seguinte, pegaríamos o barco de volta a Atenas. A diferença entre Myconos e Santorini é a seguinte: nesta, a cidade é maior e mais bonita; naquela, as praias são mais bonitas e muito melhores para o banho de mar.

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