Vista do ônibus de Voss a Gudvangen |
Segunda foto: visto do fiorde do barco de Gudvangen a Flam Terceira foto: vista do trem de Flam para Myrdal |
08/07/2014
– Passeio aos fiordes (fjords) noruegueses
Esse dia foi incrível!
Acordamos cedo para estarmos na estação central bem antes do embarque para Voss
no trem que saía às 8h44, chegando às 9h58. Como previsto, havia muita gente
que faria o mesmo passeio, daí a necessidade de chegar ao menos com meia hora
de antecedência à estação, pois o assento não era marcado. O táxi do hotel
(Thon Hotel) até a estação foi 122,00 coroas norueguesas. Foi caro, como,
aliás, tudo na Noruega, o país mais caro
do mundo. O trem era confortável e limpo e saiu pontualmente. A viagem foi
deslumbrante, passando por pequenos povoados, lindas cascatas e rios com água
limpíssima e verde-esmeralda. Antes de
embarcar, é preciso verificar se o vagão está reservado para algum “grupelho” de
excursão, pois, do contrário, você será obrigado a mudar de vagão, mesmo depois
de já ter colocado suas malas no bagageiro, que fica sobre os bancos. Ao
chegar à estação de Voss, embarcamos no ônibus para Gudvangen, que estava
estacionado na parte de trás da estação. O ônibus só fez uma parada de menos de
10 minutos em um hotel da região. Por isso, no dia do passeio Norway in a Nutshell, é melhor tomar pouco líquido,
para não passar apuros. Para que todos pudessem viajar sentados, enviaram
mais um ônibus. O ônibus também saiu na hora, e a viagem até Gudvangen durou cerca de 1h. Essa parte da viagem foi
ainda mais bonita do que a anterior, porque, para chegar a Gudvangen, o ônibus
desceu uma serra bem íngreme e sinuosa, em meio aos Fjords, com suas lindas cascatas,
rios e povoados. Em Gudvangen, há lojas de souvenirs, lanchonetes e, o mais
importante: banheiros. Embarcamos assim
que chegamos em um ferry boat que
faria o passeio de duas horas pelos Fjords até Fläm (fala-se Flom). Logo na
entrada, um senhor pegou nossas malas, mas não nos deu ticket algum. O passeio foi lindo! O
barco tinha banheiros limpos e uma lanchonete em frente à qual havia estofados
e mesinhas. Compramos um cachorro-quente, uma cerveja Hansa Pilsner e um café,
por 145,00 NOK. Nesse passeio, o barco passou pelo Fjord mais estreito do mundo
que é patrimônio histórico da UNESCO. Assim que o barco zarpou, um grupo de
gaivotas acompanhou-o durante uns 20 minutos. Durante o passeio, vimos vários
pequenos povoados. Um deles era bem isolado, não se podendo chegar até ele a não
ser por barco. Como seus habitantes são muito longevos, atribui-se essa
longevidade à qualidade da água bebida por eles. Ao longo do percurso, o barco
fez paradas em alguns povoados para que pessoas e/ou carros desembarcassem. Havia
dois importantes avisos próximos à lanchonete: um dizia que se algum passageiro
quisesse desembarcar antes do destino final, precisaria avisar ao Comandante;
outro dizia que era proibido consumir, especificamente naquele recinto, comidas
e bebidas que não tivessem sido compradas ali. Pelo alto-falante, o guia do
barco falava em seis idiomas: norueguês, alemão, inglês, francês, espanhol e
chinês. Nada de português, embora houvesse vários turistas brasileiros no
passeio. Embora o barco tivesse Wi-Fi, o sinal era ruim e instável, por isso
não foi possível usá-lo. Chegamos a Fläm
às 13h45 onde esperamos até às 14h50 para embarcarmos no trem da Flämsbana que
nos levaria a Vatnahalsen (uma estação antes de Myrdal), onde pernoitaríamos
antes de seguir viagem para Oslo. A espera passou rápido, porque, em Fläm,
há várias coisas com que passar o tempo. Há um centro de informação para
turistas, com sofás, banheiros, sorveteria e loja de souvenirs. Há também, no
entorno do centro de informação, cafés, restaurantes e até um pequeno
supermercado. A viagem no trem da
Flämsbana foi incrível e durou 60 minutos. São 20 Km de distância entre as duas
cidades, e há 10 estações até Myrdal. O trem é muito bonitinho: todo
revestido em madeira, com penduradores para bolsas e casacos, bagageiros sobre
os bancos, vidros limpos, banheiros e bancos retráteis forrados em vermelho. Só
não tem Wi-Fi. Além de belas fotos da região, o painel digital traz informações
escritas em três idiomas: norueguês, inglês e alemâo. O trajeto desse trem tem
uma inclinação máxima de 5,5%, o que é muito íngrime para um trem. A Flämsbana
demorou 20 anos para ser construída. Dezoito dos vinte túneis foram escavados a
mão, e levava-se um mês para escavar um metro, porque todos eram escavados nas
rochas. Foi concluída em 1940 e, em 1946, o trem passou a ser movido a
eletricidade. Durante o trajeto, o trem parou algumas vezes: uma, durante 5
minutos, para esperar passar outro trem que vinha em sentido contrário; e outra
a apenas 4 estações de Myrdal, para fotografarmos uma cachoeira de 93 metros.
Descemos em Myrdal, estação final, mas descobrimos que o hotel ficava na
estação anterior. Então, precisamos esperar uma hora e dez minutos para tomar o
trem em sentido contrário e descermos na parada do Hotel Vatnahalsen, outra bela surpresa
do dia. O hotel foi construído em 1896 para abrigar um sanatório, mas, com a
construção da Bergen Railway, foi reformado e transformado em hotel. Foi
destruído por um incêndio na Segunda Guerra Mundial, mas reconstruído na década
de 1950. Embora não tivesse frigobar nem TV no quarto standard, o jantar foi
maravilhoso, com sopa de entrada, dois pratos quentes com acompanhamentos, cinco tipos de
sobremesa, café e chá. A localização é perfeita, no meio de montanhas com neve
no cume, e a decoração é linda e muito romântica, com vários ambientes diferentes (salas de chá, sala de TV, sala com lareira etc.). Além disso, o Wi-Fi é ótimo. Depois
do jantar, descemos à sala de TV para assistirmos à goleada de 7 a 1 da
Alemanha contra o Brasil. Assistir a isso não foi nada bom...