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Conhecendo Dubai e safari no deserto

29-12-2016
Como tínhamos a manhã livre, fomos conhecer o Mall of Emirates e passear pelo Gold Souk. Às 15h10, o transfer nos pegou no hotel para o último passeio da viagem: o Safari no deserto, um programa divertido, mas tipicamente turístico. Esse tour não era privado, havia outros dois casais conosco, um da Índia e outro da Inglaterra. O carro era um Toyota Cruiser 4 x 4, com bancos de couro e muito confortável. O motorista era indiano e falava inglês. O acampamento ficava a 55 km de Dubai. Antes de chegarmos ao acampamento, o motorista parou para toaletes e compras e, assim que entrou no deserto, parou novamente para esvaziar os pneus e colocarmos os cintos de segurança antes de começar o rally, com direito à “emoção”, pelas dunas de areia do deserto. Essa foi a parte mais divertida do passeio. Ficamos das 17h às 20h no acampamento. Estavam incluídos passeio de camelo, tatuagem de henna, comida (aperitivo, jantar, sobremesa) e bebida (água e refrigerantes), exceto bebidas alcoólicas, além de shows de dança folclórica, dança do ventre e engolidor de fogo. A comida não era muito boa, e os shows ficaram aquém das expectativas. Mas, segundo Fernando Pessoa: tudo vale a pena, se a alma não é pequena. Na volta, o motorista parou novamente para encher os pneus antes de seguir viagem. Chegamos ao hotel às 21h30, e assim terminou uma das viagens mais incríveis que já fizemos.

Rally no deserto de Dubai
Almofadas e mesas no acampamento do safari no deserto
Entrada do acampamento do safari no deserto

Amã-Dubai

28-12-2016
O avião da Emirates pousou com 1h30 de atraso devido a uma forte neblina que pairava sobre a cidade. Durante esse tempo, ficou sobrevoando a cidade até que o sol nascesse e dissipasse a neblina. Felizmente, o motorista que nos levaria ao Grand Hotel Excelsior estava à nossa espera, e a agência conseguiu que pudéssemos fazer o check-in antes do meio-dia (day use), além de um tour privado, tal como no Egito, com um guia que falava português. Ainda conseguimos tomar o café da manhã antes de subirmos para o quarto. Mas o hotel tinha uma exigência desagradável: exigia um depósito no cartão de crédito no valor de 200 AED (ou dirhan) que equivale a R$200, a título de caução contra possíveis danos, que depois seria estornado. A moeda de Dubai é o Dirhan, e o câmbio era 3,67 dirhans para US$1,00.  
Às 14h00, motorista e guia apareceram para nos levarem ao tour. Durante o tour, o guia nos falou de Dubai e Abu Dhabi. A cidade de Dubai tem 2,5 milhões de habitantes, dos quais apenas 250 mil são nativos. Para ser nativo, é preciso ser filho de pai nativo. Dubai só produz petróleo para consumo próprio (carros, geração de energia e dessalinização da água do mar). Dubai é a cidade dos carros, das compras e de entretenimentos. A “zona azul” de Dubai custa 4 dirhans a hora e pode ser paga em dinheiro, cartão ou aplicativo de celular. O preço da passagem de metrô varia conforme a distância. A cidade tem o maior shopping do mundo: o Dubai Mall. O segundo shopping a cidade é o Mall of Emirates, onde há uma pista artificial de ski com 30 mil metros cúbicos de neve. Já Abu Dhabi, que fica a cerca de 150 km de Dubai, tem 86% do território dos Emirados, 91% do petróleo e 2 milhões de habitantes.  
Nesse dia, o passeio foi bem produtivo, pois ficaríamos apenas dois dias em Dubai e, no dia seguinte, faríamos o Safari no Deserto. A primeira parada foi no calçadão da praia pública de Jumeirah. Foi construído com 95 milhões de metros cúbicos de areia sobre o quebra-mar que circunda a palmeira - há mais duas palmeiras em construção, além de um mapa mundo. Para a construção do quebra-mar, foram usadas 6 milhões de toneladas de pedras. No calçadão, há food trucks com mesas, cadeiras e muitas pessoas caminhano, correndo ou fazendo um lanche. Defronte ao calçadão, fica o belo Hotel Atlantis, uma das atrações turísticas da cidade por sua beleza. 

Calçadão sobre o quebra-mar que fica em frente ao Hotel Atlantis, em Dubai.
Hotel Atlantis, em Dubai
Saindo do calçadão,  fomos ao Burj Al Arab, o famoso hotel em forma de vela. Para conhecer o hotel, é preciso agendar com antecedência o restaurante ou um chá da tarde. Mas prepare o bolso, pois o chá da tarde custa em torno de US$180,00 por pessoa. Como não tínhamos reservado, apenas tiramos fotos. Em seguida, fomos ao Palácio do Sheikh Mohammed onde vive sua primeira esposa que lhe deu 10 filhos. O Sheikh foi casado sete vezes, tendo se divorciado de todas, exceto da primeira. Atualmente, tem duas esposas, a primeira e a última, com a qual tem dois filhos. Como o Palácio é habitado pela família do Sheikh, visitas são proibidas. Em frente ao palácio há um belo jardim, com pavões reais passeando por ele. 

Entrada do Palácio do Sheikh Mohammed, em Dubai
A próxima parada foi na Mesquita de Jumeirah, a primeira da cidade construída em 1979. Não pudemos visitá-la, porque não é aberta à visitação, mas apenas a orações.

Mesquita de Jumeirah, a primeira da cidade construída em 1979
Sainda da mesquita, fomos ao Bairro Histórico de Al Fahidi onde moraram os primeiros habitantes de Dubai que eram beduínos pescadores de pérolas. Após a descoberta de petróleo, esses pescadores transformaram Dubai no que é hoje. O bairro é um museu a céu aberto. Suas casas eram construídas com corais do mar ou esteiras de palha. Visitando o bairro e uma de suas casas, aprendemos muito sobre o modo de vida dos moradores da época. Por exemplo, a porta ou a janela de uma casa nunca podia ficar de frente à janela ou à porta de outra casa, para que o homem de uma não visse a mulher da outra. As casas tinham uma grande sala à esquerda de quem entra e outra à direita; nesta ficavam o anfitrião e o visitante, enquanto naquela ficavam as mulheres e crianças do anfitrião e do visitante. 

Parede construída com coral do mar de uma casa do Bairro de Al Fahidi


Também fomos ao Forte Al Fahid, construído em 1787, o prédio mais antigo da cidade. O Forte é onde fica o atual Museu de Dubai. A entrada custa apenas 3 dirhans. O museu é constituído de cenas da vida diária dos antigos habitantes da cidade no período anterior à descoberta do petróleo. Para visitá-lo, meia hora é suficiente, pois não contém muitas galerias. Além do dia a dia dos antigos moradores representado por bonecos em tamanho natural, podem-se ver esqueletos (skeletons) de pessoas enterradas na posição fetal,  datados de antes da Era Cristã. O sepultamento nessa posição era para que voltassem a resnacer. 

Bonecos que reproduzem o cotidiano dos primeiros habitantes de Dubai, no Museu de Dubai


Entrada do Museu de Dubai
Saímos do Museu e fizemos a divertida travessia de barco-táxi pelo Creek Canal – espécie de Veneza de Dubai - em direção ao Dubai Spice Souk (Mercado de Especiarias), onde se vende o açafrão iraniano, o mais cobiçado e caro do mundo, além de aromas e sabores dos mais variados, como chocolates feitos com leite de camela, que são uma delícia. Poucos metros à frente fica o Gold Souk (Mercado do Ouro) com suas joias em ouro 18, 22 e 24 quilates, que custam 1/3 do que custam no Brasil. 
Ancoradouro de barcos-táxis no Canal de Creek, em Dubai
Dubai Spice Souk
No Gold Souk, podem-se encontrar joias exóticas e extravagantes, como um vestido todo feito em ouro ou um anel com 58 kg de ouro, que entrou para o Guinness Book. A única coisa desagradável é o assédio dos vendedores dos dois mercados, mas a segurança é total. Pode-se comprar uma joia e sair caminhando despreocupadamente pelas ruas sem o risco de ser assaltado, algo inimaginável no Brasil. 

Vitrine do Gold Souk, com colares e vestido em ouro.
Anel com 58 kg de ouro no Gold Souk de Dubai
Terminados os passeios do dia, o guia nos deixou no Dubai Mall onde jantamos antes de assistirmos ao balé das fontes do Burj Khalifa, que acontece de meia em meia hora.

A dança das águas em frente ao Burj Khalifa
Voltamos ao hotel de metrô. Pagmos 2 dirhans pelo cartão e 6 dirhans pela passagem para cada um. O bilhete não é recarregável. Há ainda passagem diária, que expira às 24h, e passagens para períodos mais longos.

São Paulo - Dubai

14-12-2016
Chegada ao aeroporto de Dubai às 21h30, após 14h de voo. Em Dubai, durante o horário de verão brasileiro, são 6h a mais do que no Brasil. A temperatura estava muito agradável: 23 graus Celsius. O aeroporto de Dubai é um luxo, com grossas colunas e teto resvestidos de aço inox e palmeiras artificiais. O Wi-Fi é gratuito, sem necessidade de senha. Ainda no aeroporto, fomos ao Emirates Service e exibimos o voucher do hotel e as passagens para o Cairo, para a emissão do visto que é pago pela própria companhia aérea. A Emirates também providencia o transfer e o hotel, com jantar e café da manhã incluídos, sempre que a conexão for longa. Nosso voo para o Cairo sairia apenas no dia seguinte, às 8h15. Em casos assim, pode-se optar por pegar a bagagem em Dubai e despachá-la novamente até o destino final ou por despachá-la de São Paulo ao destino final. Mas, neste caso, deve-se levar uma muda de roupa na bagagem de mão. 
Chegamos ao Copthorne Airport Hotel, às 22h50, e fomos conduzidos ao restaurante self-service que ficava aberto até às 24h00. O jantar era muito bom, mas um pouco tumultuado devido à quantidade de pessoas que chegaram ao mesmo tempo. Como as famílias muçulmanas são numerosas, há sempre muitas crianças por toda parte. O jantar também incluía sobremesa (frutas e doces), dois tipos de sucos, chá, café e água. Terminado o jantar, enfrentamos uma bela fila de meia hora para fazer o check-in no hotel. Por isso, fica a “dica”: se passar pela mesma situação, faça o check-in antes e vá ao restaurante depois. Fazer o oposto do que faz a maioria normalmente dá mais certo. No hotel, o Wi-Fi era pago: 25 AED (ou dirham), por meia hora, e 50 AED, por uma hora. Para converter, use o site: https://pt.coinmill.com/AED_BRL.html#AED=92 O quarto era espaçoso e confortável. Ah, e a história de que mulher não pode mostrar os pés é bobagem. Vimos muitas muçulmanas usando "rasteirinhas". Mas com decotes e braços de fora só mesmo as ocidentais.

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