31-07-2016
VIAGEM DA ILHA DE SANTORINI À ILHA DE MYCONOS
Dia de embarcar para Myconos, passando por Naxos
(14h30). Transfer pontualíssimo, como sempre. Mas o barco atrasou 35 minutos.
Enquanto esperávamos, experimentamos o Greek Coffee, que é muito forte, por ser
servido com a borra do pó de café. Ironia do destino: no percurso para Myconos,
a TV exibiu um documentário da National Geographic sobre o afundamento do
Titanic, algo que, por motivos óbvios, não gostaríamos de lembrar naquele
momento. Foram 50 minutos de Naxos a Myconos, chegando às 15h30. Chegamos a
Mykonos, que significa “ilha branca”. Na mitologia grega, Mykonos é filho de
Apolo, deus da luz e do sol. Descoberta por um grupo de playboys ricos que só
queria se divertir, a ilha de belas praias de areias brancas ganhou grande
fama, em grande parte, à Jackeline Onassis. Depois, a partir de 1980, foi a vez
dos homossexuais descobrirem o paraíso descontraído dessas paragens. Hoje, o
ambiente é eclético, cosmopolita e elegante, com muitos jovens, normalmente
ricos, a desfrutar de festas, liberdades e praias paradisíacas, mas sem deixar
de ter espaço para os que buscam sossego. A ilha já foi ocupada pelos jônicos,
macedônios, fenícios, atenienses, romanos, vienenses, gregos e alemães. Sua
arquitetura é a herança dessa mistura, notadamente as ocupações a partir do
século XV, como constatamos ao admirar os cinco moinhos construídos pelos
venezianos, no século XVI, e que se avistam do barco na chegada à ilha. A vida
noturna acontece principalmente em Chora, capital da ilha, cujo bairro Little
Venice é notável pelas suas casas penduradas sobre o mar e, por incrível que
pareça, ainda de pé, após séculos de vento e água salgada. Nosso transfer, uma
minivan, nos levou ao belo Apollonia Hotel e Resort, que se debruça sobre o
morro quase em frente à praia de Agios Ioannis, famosa pelo filme Shirley
Valentine, dos anos 80. Do hotel, tem-se uma vista deslumbrante! Vista que se tem da Praia Agios Ioannis do Apollonia Hotel |
Ao cair da noite, banhados e com roupas limpas, tomamos o ônibus
do serviço público de transportes da ilha, cuja parada ficava em frente ao
hotel, com destino à capital, de onde também partem ônibus para todas as outras
praias e localidades da ilha. Não há ônibus entre localidades, de forma que
sempre há que se deslocar ao centro e tomar outro ônibus (pagando de novo). Podem-se
comprar as passagens no próprio ônibus, quando em trânsito, ou no guichê do
Public Bus Stop, que fica na Fabrika. Como a ilha estava lotada de turistas, o
ônibus já passou lotado e tivemos de fazer a viagem em pé. Lá no centro,
procuramos por um restaurante que nos foi recomendado (Aglio e Olio), mas
jantamos em outro, ao lado (Mediterrâneo), que parecia mais barato, mas também
bom. Após o jantar, nos divertimos observando o intenso movimento e a
arquitetura peculiar, com ruas estreitas e tortuosas de pedras grandes com suas
bordas pintadas de branco, casinhas brancas e lojinhas de souvenirs para
turistas por todo lado. Um clima descontraído e pacífico pairava sobre o povo
jovem, alegre e eclético que desfilava pelas vielas apertadas da ilha. Venta
bastante à noite, o que torna a temperatura bem agradável, quiçá um pouco fria.
Fabrika (Old City), na Ilha de Myconos |
À medida que as horas passavam, os casais maduros, como nós, iam batendo em
retirada, enquanto a juventude, cheia de energia e ávida por diversão, ficava e
agitava o lugar. Foi quando tomamos o nosso ônibus rumo ao conforto de nossos
aposentos cinco estrelas! Em Myconos, tudo é bem mais caro, pois a ilha é
frequentada por milionários e celebridades. O preço do litro da gasolina em
Myconos também é mais alto, chegando a ser 30% mais caro do que em Atenas.