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Viagem à Itália na Primavera


Um dia em Salerno (Campagna)
Dessa vez a viagem foi toda de trem. Chegamos de Paola às 12h30 na estação de trem de Salerno, localizada à  Piazza V. Veneto, bem próxima a uma das principais atrações turísticas da cidade: a Corso Vittorio Emanuele. Essa é a rua da “badalação”, sobretudo no sábado à noite, pois nela há muitas boutiques, restaurantes, cafés, sorveterias, joalherias, lojas de souvenirs e, além disso, através dela, chega-se a vários locais históricos, como a Duomo, a Chiesa dell´Annunziata, a Chiesa di S. Lucia, o Giardino della Minerva. A Lungomare Trieste, com suas belas alamedas, é outra atração imperdível. 

Marina, próxima à Lugomare Trieste, em Salerno

Viajando de trem e com malas, o melhor é reservar um hotel o mais próximo possível da estação. O escolhido foi o Montestella, um bom hotel três estrelas, modernamente decorado, muito bem localizado, com ar condicionado e café da manhã. Depois do check-in, um passeio pela Lungomare, pela Corso Vittorio Emanuele, cujas lojas fecham das 14h às 17h. Esse é o  horário em que o comércio fecha para o almoço (ora di pranzo). Paramos para almoçar na Salumeria del Corso (Vittorio Emanuele, 64), onde se servem deliciosos “tagliere e calice”, ou seja, tábuas de queijo e embutidos e bebidas, além de massa e pratos veganos e vegetarianos. A comida é ótima, e o preço, bem acessível. De sobremesa, recomendamos a panacota que é feita pela própria dona do estabelecimento. Embora haja várias atrações turísticas em Salerno, como ficaríamos menos de 24 horas, não pudemos conhecê-las. Por isso, não fomos ao Teatro Verdi nem aos museos e à pinacoteca. Mas, a título de informação, deixamos, aqui, os nomes, horários de funcionamento e preços dos ingressos desses museus: Museo Archeologico Provinciale di Salerno (aberto de terça  a domingo, das 9h às 19h30; sendo 4 euros para adultos e 2 euros para jovens de 18 a 25 anos); Museo Diocesano San Matteo (fechado às quartas; nos demais dias da semana, aberto das 9h às 13h e das 15h às 19h; sendo 2 euros para adultos e 1 euro para crianças e estudantes) e Pinacoteca Provinciale (gratuita e aberta de terça a domingo, das 9h às 19h45). Além da passearmos pela Corso Vittorio Emanuele e pela Lungomare, seguimos uma longa procissão religiosa até a Duomo. Essa procissão era formada de fiéis de várias igrejas católicas, cada qual com sua indumentária e estandartes. A Duomo de Salerno foi construída no século XI. É dedicada à Virgem Maria e ao Apóstolo São Mateus, padroeiro da cidade que se encontra sepultado sob a construção da catedral. 

Procissão em direção à Duomo de Salerno

Duomo, de Salerno

Por falta de tempo, infelizmente também não pudemos conhecer o Castello di Arechi, localizado fora da cidade, o que, a julgar pelas fotos, foi uma pena. Como queríamos comer peixe, ao final do dia, jantamos na Osteria di Crudo, próxima à Vittorio Emanuele, onde o serviço é muito bom e a comida, excelente! Experimente o atum com crosta de avelã (tonno con crosta di nocciola) e a massa com feijão e mexilhões (pasta con fagioli e cozze), acompanhados do vinho branco da casa (Falanghina) que custa apenas 8 euros a garrafa e é ótimo. Dica de presente para mulheres (regalo per donna): por 10 euros, você pode comprar um par de brincos artesanais da Happy & Glam (Via Duomo, 40).    

Pasta con Fagioli e Cozze, na Osteria di Crudo, Salerno

Três dias em Bolonha (Emilia Romagna)       
Duas coisas que se devem saber sobre os trens italianos: nem sempre são pontuais - o nosso para Bolonha, por exemplo, chegou a Salerno com 20 minutos de atraso, mas tirou o atraso no caminho a Bolonha (atingiu 298 km/h) -, e os números do trem mudam conforme o trajeto. Por isso, é mais importante estar atento ao painel da plataforma de embarque (“binario”) do que ao número do trem indicado no painel digital da porta do vagão (“carrozza”). Também é importante ser rápido ao embarcar e desembarcar, pois, geralmente, o tempo de parada varia entre 30 segundos e 5 minutos. É, você entendeu direito: 30 segundos em cidades pequenas.
Bolonha é uma cidade lindíssima. Caminhar por suas ruas é voltar à Idade Média e ao Renascimento. A arquitetura de Bolonha reúne várias cidades em uma só: as torres de San Gimignano; as arcadas de Turim; as janelas de Veneza; e até uma torre inclinada como a de Pizza (Torri Garisenda). Ficamos no Hotel Allegroitalia, um três estrelas com café da manhã, modernamente decorado e localizado a 350 metros da estação de trem e a 1,4 km da famosa Piazza Maggiore, o que nos permitiu conhecer todo o centro a pé. Como a cidade é plana e tem ciclovias, também se pode conhecer a cidade de bicicleta, gratuitamente. O símbolo de Bolonha é Le Due Torri (Asinelli e Garisenda): a Torri Asinelli é a única em que se pode subir para tirar uma foto panorâmica da cidade. O ingresso custa 5 euros para adulto e 3 euros para crianças e pode ser comprado pela internet (“su internet”, como dizem os italianos) ou no Bureau de Turismo da Piazza Maggiore. Só tem um problema: para se chegar ao topo “della Torri Asinelli” são 498 degraus! Já à Torri Garisenda, que é inclinada como a Torri di Pizza, não se pode subir. 

Le Due Torri (Garisenda, à esquerda, e Asinelli, à direita), em Bolonha
 
A história da Torri Garisenda, a inclinada, é interessante. Ela foi construída no final do século XI e início do século XII. Originalmente, tinha cerca de 60 metros de altura, mas, na segunda metade do século XIV, sua altura foi reduzida a 48 metros, devido ao medo de colapso. Durante sua construção, o terreno cedeu, por isso, apresenta uma inclinação de 3,22 metros. Em 1871, a pequena igreja construída contra ela foi demolida. Seu porão, em selenito, remonta à restauração de 1889. Nos três dias de estada, visitamos as principais atrações da cidade, começando pelo Parco della Montagnola que ficava entre o hotel e o centro histórico. Depois, atravessamos a Piazza dell´8 Agosto (ou Piazza VIII Agosto) em direção à bela Via dell´Independenza que desemboca na Piazza Maggiore. É na Piazza Maggiore que se encontram muitas das atrações de Bolonha: a Piazza del Nettuno, Palazzo d´Accursio, Palazzi Podestà, Re Enzo e, a cereja do bolo, La Basilica di San Petronio. Essa Basilica tem um terraço bem mais baixo do que a Torri Asinelli do qual se pode tirar uma foto panorâmica da cidade, mas ao qual não subimos porque estava fechado para reforma. Outro local imperdível é a Università di Bologna, a mais antiga do Ocidente, fundada em 1088. A primeira edificação da Università di Bologna é o Archiginnasio, constituído da Biblioteca dell´Archiginnasio - Teatro Anatomico (Via Archiginnasio, 7), bem próximo à Piazza Maggiore. O ingresso custa 3 euros por pessoa, mas vale cada centavo. A enorme biblioteca pode ser consultada somente por alunos; o turista pode visitar apenas duas salas, no entando, de uma delas se pode enxergar as dez salas com suas prateleiras de madeira cheias de livros milenares. 

Biblioteca Comunale dell´Archiginnasio dell'Università di Bologna 
Interior Biblioteca Comunale dell´Archiginnasio dell'Università di Bologna

Outro ponto de interesse é a vista ao Canale di Reno, localizado na Via Cuglielmo Oberdan, bem perto do cruzamento desta com Via delle Moline. A placa sobre o canal explica que, daquele ponto em diante, o canal passou a se chamar “delle Moline” devido aos moinhos de trigo distribuídos ao longo de seu curso o qual continua através das Vie Alessandrini e Capo di Lucca. 


Canale di Reno, Bolonha

Na segunda noite de nossa estada, assistimos a um concerto de piano de Jan Lisiecki e da Orchestra Filarmonica di Bologna, regida por Andris Poga, no Teatro Manzoni. O Teatro é lindo! Localiza-se na Via de Monari, próxima à Via dell´Independenza. Seu interior é moderno, todo em madeira clara, como a Sala São Paulo, com assentos forrados em veludo vermelho, muito confortáveis. 

Teatro Manzoni, em Bolonha

Dicas gastronômicas: La Prosciutteria Bologna (Via Oberdan, 19/A), uma salumeria fundada em 1925, onde se servem tábuas de frios (pequenas, médias ou grandes) com presunto de Parma, mortadela, salame, queijos variados, pães com sardela e patês, azeitonas, cebola refogada e alface. O preço é ótimo, e o ambiente é jovem e descontraído, e os pedidos devem ser feitos diretamente no balcão. Os copos, pratos e talheres são descartáveis e também devem ser pegos pelos clientes. Outra dica é a Osteria dell´Orso (Via Mentana 1/F), onde a comida e o preço são bons e o ambiente é jovem e informal. Há poucas mesas individuais e não se aceitam reservas, por isso, é bom chegar antes das 20h. Nas mesas cabem seis pessoas que podem ou não estar juntas, e isso permite que os clientes, na maioria jovens e/ou turistas, conversem entre si, se assim o desejarem. Não deixe de experimentar a “carne salada in letto di misticanza con ceci al profumo di rosmarino e prezzemolo”, que é um carpaccio de carne de vaca com salada de grão de bico, alecrim, salsa e verduras diversas. É uma delícia! Quanto à sobremesa, prove o delicioso “gelato” da Antica Gelateria Artigianale Pellegrino (Via Oberdan, 15) que existe desde 1936, e o “gelato” da Cremeria Funivia (Pizza Cavour, 1/D-E), que fica próxima ao Teatro Anatomico. Se for à Cremeria Funivia, não deixe de provar os sabores “Alice” e “Condessa”. São divinos! Para os amantes de vinho, o Signorvino (Piazza Maggiore, 1, de frente à Basilica di San Petronio) é uma boa opção. É um “wine bar” onde os vinhos saem pelo preço de custo. O telefone para reserva (“prenotazione”) é: + 39 051 261344.




Três dias em Verona (Vêneto)
Verona é a cidade do amor. É linda, bem cuidada, banhada pelo caudaloso rio Adige (“Fiume Adige”) e, na primavera, a cidade exala o perfume das flores de suas lindas praças. Ficamos no Hotel Martini, um três estrelas, com café da manhã, localizado a 500 metros da estação de trem (Stazione Verona Porta Nuova) e a 1,2 km do Castel Vecchio, que fica próximo ao Centro Storico. 

Muralhas de Verona

Ponte di Pietra (século I a.C.), em Verona

Tal como Bolonha, Verona é plana e tem ciclovias, favorecendo o uso de bicicletas tanto pelos locais quanto pelos turistas. O símbolo de Verona é a Casa di Giulietta (Via Cappello, 23), imortalizada na peça de William Shakespeare. O ingresso para conhecer os quatro andares da casa e tirar uma foto na famosa sacada da qual Giulietta namorava Romeo custa 6 euros por pessoa. Embora não seja tão famosa quanto a de Giulietta, talvez por não estar aberta à visitação, a casa de Romeo fica bem próxima à de sua amada, na Via Arche Scaligere, 2. 


Casa di Giulietta, em Verona

Além da casa dos trágicos amantes, Verona guarda muitas outras riquezas, a maioria das quais bem próximas à Piazza Erbe ou à Piazza Bra, onde se localiza o belíssimo Anfiteatro Arena (10 euros o ingresso), palco do Festival de Ópera de Verona.

Anfiteatro Arena, em Verona

Entre as principais atrações da cidade, podem-se citar: a Via Mazzini, na qual há muitas lojas de grife; a linda Piazza Erbe, onde há restaurantes e tendas de souvenirs; a Galleria d´Arte Moderna e a Torre dei Lamberti (Via della Costa, 1), esta última construída no século XII e à qual se pode subir por elevador e mais 46 degraus (8 euros); a Chiesa di S. Maria Antica; a Chiesa di Santa Anastasia; a Duomo; a Ponte di Pietra; o Museo Archeologico al Teatro Romano (4,50 euros); o Castel San Pietro. Aliás, a Ponte di Pietra, o Museo Archeologico al Teatro Romano e o Castel San Pietro ficam bem próximos uns dos outros. Com um ingresso, pode-se visitar o museo, as ruínas do Teatro Romano e uma das igrejas que compõem a Verona Minor Hierusalem: a Chiesa Santi Siro e Libera (século X) cujo altar apresenta uma linda simbologia toda em madrepérola. Nela, Santo Siro celebrou uma missa, após ter ressuscitado o filho de uma viúva. 

Chiesa Santi Siro e Libera (século X), em Verona

Essa e outras seis igrejas – Chiesa Santa Maria in Organo, Chiesa San Giovanni in Valle, Chiesa Santa Maria di Nazaret, Chiesa San Giorgio in Braida, Chiesa Santo Stefano, Chiesa Santa Maria in Betlemme - compõem o roteiro dos peregrinos católicos que vinham a Verona por não terem condições financeiras de irem até à Terra Santa. Daí receberem o nome de Verona Minor Hierusalem. Ao visitar uma dessas igrejas, o visitante recebe um folheto de peregrino que pode ser carimbado (“timbro”) em cada uma dessas sete igrejas, comprovando sua peregrinação. Ao Castel San Pietro (século XIX) pode-se subir de duas formas: a pé ou pelo Funicolare (2 euros), e a vista que se tem de lá de cima só perde para a vista da Torre dei Lamberti de cima da qual se pode avistar a deslumbrante Verona. 


Altar, com simbologia em madrepérola, da Chiesa Santi Siro e Libera (século X), em Verona

Vista do Torre dei Lamberti

Outros locais imperdíveis são o Complesso del Duomo (3 euros) e a Chiesa di Santa Anastasia (3 euros). A Chiesa di Santa Anastasia é um esplêndido exemplo de gótico italiano. Foi construída a partir de 1290 com a contribuição da família que governava a cidade, os Scaligeri, e de outras famílias veroneses. Sua construção foi concluída em 1500. Seu teto é todo em afresco e, em seu interior, há 12 colunas do mármore vermelho de Verona, além de muitas obras de arte, como o célebre afresco de Pisanello: S. Jorge e a Princesa. A catedral (Duomo) é dedicada à S. Maria Assunta. Mais do que um único edifício, é um complexo arquitetônico do qual fazem parte S. Giovanni in Fonte, S. Elena, o claustro dos canônicos, a Biblioteca Capitular, o Museu Canonical e o Bispado. Mas se podem visitar apenas o Batistério (ou San Giovanni in Fonte), a Chiesa di S. Elena e o interior da catedral. O Batistério foi reconstruído por volta de 1123. Nele, há uma bela pia batismal octagonal toda esculpida em um único bloco de mármore pelo escultor Brioloto (séc. XII e XIII). A Chiesa di S. Elena foi construída no século IX e restaurada após o terremoto de 1117; em seu centro encontra-se um mosaico da primeira basílica paleocristã da segunda metade do século IV. A parte interna da catedral é bem suntuosa, tem dezoito capelas, dois grandes órgãos e muitos afrescos de artistas famosos, alguns dos quais do século XV. 

Afrescos da Chiesa di Santa Anastasia, em Verona

Batistério (ou San Giovanni in Fonte), no
Complesso del Duomo

A maioria dos restaurantes de Verona, em particular, e da Itália, em geral, exigem reserva (“prenotazione”), por isso, se desejar ir um restaurante específico, não deixe de reservar. Se não tiver reserva, recomenda-se chegar entre 19h e 19h30, pois as reservas são, em sua maioria, para depois das 20h. Dicas gastronômicas: Trattoria al Pompiere (V.lo Regina d´Ungheria, 5); Parma a Tavola (Corso Santa Anastasia, 20; aberto para almoço até às 16h); e Osteria al Duca (Via Arche Scaligere, 2). da Na Trattoria al Pompiere, experimente o Prosciutto Crudo Soave. Também não deixe de provar o “gelato” da Gelateria Pretto, próxima à Pizza Brà. Você não se arrependerá! Os sabores “cioccolato extra noir” e “fior di latte vaniglia” são deliciosos!

Pasta da Parma a Tavola, em Verona

Três dias em Gênova (Ligúria)
Gênova (ou Zena, em dialeto genovês), cidade de Cristóvão Colombo, é a terceira em número de habitantes das cidades do Norte da Itália, contando com uma população de cerca de 740.000 habitantes. Ficamos no hotel da cadeia B&B localizado bem em frente à estação ferroviária Genova Piazza Principe, mas no qual o café da manhã (“colazione”) é pago à parte (7,20 euros por pessoa). É preciso ter cuidado para não desembarcar na estação errada, pois, em Gênova, há duas estações: a Genova Piazza Principe e a Genova Brignole. Gênova é a cidade portuária da qual saíram a maioria dos emigrantes que, no século XIX, foram viver no Brasil, na Argentina e nos EUA. A cidade conta com muitas atrações turísticas diferenciadas, mas as vielas (“vicoli”) e as edificações de seu centro histórico estão um pouco degradadas. A revitalização da região portuária foi realizada pelo Município (“comune”) em 1995 e é nela que se localizam o Acquario di Genova (26 euros para adultos), o Galata Museo del Mare (12 euros para adultos), o Eataly e o Bigo (4 euros para adultos). O Bigo é um ascensor panorâmico que gira 360 graus, permitindo uma bela vista de todo o centro histórico, bem como do porto. Apresentando o ingresso do Acquario di Genova, economiza-se 0,50 de euro no Bigo. 

Ascensore Bigo, em Gênova
Vista de Gênova do Ascensore Bigo
O Acquario di Genova é um passeio fantástico para adultos e crianças. O “percorso di visita” inclui 39 atrações, mas as principais são: Laguna Tropicale (lagoa tropical); Costa dei delfini (costa dos golfinhos, plano superior e inferior); Area Blu Safari; Baia degli squali (baía dos tubarões); Isola delle foche (ilha das focas). O Acquario conta ainda com um restaurante, uma lanchonete de “fast food”, uma loja de presentes e um estacionamento (“parcheggio”) aberto 24h, sendo 2,20 euros/hora, das 7h às 24h, e 1,10 euros/hora, das 24h às 7h. 

Acquario di Genova

O Galata Museo del Mare é imperdível principalmente para descendentes de italianos. É enorme, com quatro andares e um terraço do qual se avista o centro histórico e o porto da cidade. As exposições que mais nos chamaram a atenção foram as do quarto e terceiro andares e do térreo. No quarto piso, há fotos, informações e utensílios do Andrea Doria, um transatlântico italiano muito luxuoso e com capacidade para 1650 passageiros que, de 1951 a 1956, fez a rota Gênova-Nova Iorque. Esse belo navio foi palco de uma das maiores tragédias da navegação italiana: em 05 de agosto de 1956, às 15h15, afundou, deixando 46 vítimas, na maioria mulheres (71%) e crianças (21%), depois de ter sido abalroado por um barco sueco (Stockholm) que estava fora de sua rota, o que ocasionou um buraco em seu casco de 15 x 17 metros. O número de vítimas só não foi maior porque o próprio Stockholm salvou 533; o Ile de France, 760; o PL. W, H, Thomas, 158; e o Cape Ann, 135. 

Galata Museo del Mare, em Gênova

Notícia sobre o naufrágio do Andrea Doria, no Galata Museo del Mare, em Gênova


No terceiro andar do Galata Museo del Mare, o visitante tem contato com toda a história dos 900.000 italianos que, atraídos por falsas promessas de prosperidade, emigraram, com suas numerosas famílias e poucos pertences,  para Brasil, Argentina e EUA, entre os anos de 1887 e 1902, embora essa emigração tenha-se iniciado em 1861, logo após a declaração de unificação da Itália. No que tange ao Brasil, após a libertação dos escravos, em 1888, muitos desses emigrantes tiveram sua viagem financiada pelos barões do café que precisavam de mão de obra para substituir a dos escravos libertos. Há reprodução da parte interna dos navios, sobretudo da terceira classe onde viajavam a maioria dos emigrantes; há, inclusive, vídeos simulando a saída da Itália e a chegada do emigrante ao novo país. No térreo, é contada a história do genovês Cristóvão Colombo, bem como de sua viagem de descoberta da América. Por tudo isso, o Galata Museu del Mare é parada obrigatória aos descendentes de italianos! Outra coisa boa de se fazer em Gênova é passear de barco. Além de passeios para a bela região de Cinque Terre, há passeios de barco até Genova Pegli onde ficam as praias frequentadas pelos genoveses. Custa 6 euros por pessoa e tem duração de 70 minutos. Quanto às atrações do centro histórico, são tantas que, para conhecer as 243 indicadas no mapa da cidade, seriam necessários muito mais do que os três dias de que dispúnhamos. Fomos à Chiesa SS. Annunziata del Vastato (séc. XIII/XVI/XIX); à Duomo ou Cattedrale di San Lorenzo (séc. XII/XVI, Via di San Lorenzo); ao Palazzo Ducale (séc. XIV/XVIII), onde, aos domingos, há uma grande feira de antiguidades (Piazza Matteotti); à Via Roma, onde ficam as lojas de grife; à Casa di Cristoforo Colombo (séc. XVII); ao Mura del Barbarossa (séc. XIII); a Piazza de Ferrari, com sua linda fonte. Dicas gastronômicas: Locanda Tortuga (Via di Ravecca, 13R), onde se come uma deliciosa “focaccia al formaggio”; Trattoria Vegia Zena (Vico del Serriglio, 15R), cuja especialidade é peixes e frutos do mar. Agora, se quiser experimentar o melhor custo-benefício de Gênova, vá à Casalinga da Mario (Salita S. Paolo, 28), restaurante simples, de comida caseira, frequentado por trabalhadores, moradores locais e turistas. Não se esqueça de reservar (“prenotare”), exceto no Casalinga que não aceita reservas.          

Duomo ou Cattedrale di San Lorenzo (séc. XII/XVI), em Gênova

Casa di Cristoforo Colombo (séc. XVII), Gênova

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