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Conhecendo Tel-Aviv-Cesareia Marítima-Haifa-Acre


20-12-2016
Antes de sairmos de Tel-Aviv, fomos ao Bairro de Hope ou Jaffa (Tel-Aviv Jaffa) fundado pelos cananeus na Idade do Bronze. Nesse bairro, fica a Igreja de São Pedro em cujo altar há uma pintura de Deus falando a Pedro, que estava faminto, para que sacrificasse e comesse a carne dos animais. A região foi conquistada por Ramsés II, Cleópatra e Napoleão Bonaparte. Foi em Jaffa que a baleia cuspiu o Profeta Jonas. Na saída de Tel-Aviv, passamos pelo Bairro de Hertsliya, onde fica a Microsoft e a estátua de Theodor Herzl, criador do sionismo cujo corpo está enterrado em Jerusalém. Passamos ao largo de Netanya, que significa "um presente de Deus para o povo escolhido". Em seguida, fomos para Cesareia Marítima, que fica a 56 km de Tel-Aviv. Cesareia levou 12 anos para ser construída por Herodes, O Grande, que a chamou assim para homenagear o imperador romano Cesar Augusto. Na cidade, havia um grande porto, um estádio para corrida de cavalos e para lutas entre cristãos, um templo e um aqueduto que trazia água doce do monte Carmelo, utilizando a gravidade. Depois da morte de Herodes, O Grande, que reinou de 37 a 4 a.C., Cesareia foi ocupada pelos romanos. Após a queda do Império Romano, foi ocupada pelo Império Bizantino, depois pelos muçulmanos até que, em 1099, foi tomada pelos cruzados que nela ficaram até 1265, quando foram destruídos pelos muçulmanos, liderados por Saladino. Assim, o templo construído por Herodes foi substituído por uma igreja cristã bizantina, uma mesquita e outra igreja cristã que foi totalmente destruída pelas tropas de Saladino. Era o lugar de residência dos governadores romanos, incluindo Pôncio Pilatos. Em 1250, já na época dos cruzados, Cesareia foi visitada pelo rei Luís, de França. 

Anfiteatro de Cesareia Marítima
Depois de Cesareia, fomos a Haifa que, atualmente, é uma cidade moderna e rica, a única do país com campo de golfe. Em Haifa, vivem judeus, árabes e drusos que também são muçulmanos. Haifa é a terceira cidade mais importante do país. Foi fundada pelos cananeus, e seu porto é o mais importante de Israel. É por ele que os japoneses exportam seus produtos, a fim de pagarem menos tributos do que pagariam se usassem o Canal de Suez. Na década de 1990, vieram muitos judeus russos e etíopes para a cidade. Embora a região tenha muita vegetação, as florestas do país não são naturais, pois foram plantadas e têm irrigação permanente. 
Em Haifa, fomos a Igreja Stella Maris, no Monte Carmelo, dentro da qual há uma grupa onde viveu o Profeta Elias. A Bíblioa conta que Deus aceitou a oferenda de Elias, mas não aceitou a dos 450 falsos profetas de Baal que acabaram por ser mortos. Em 1799, Napoleão transformou a igreja em um hospital para seus soldados, vinte e cinco dos quais estão enterrados sob um pequeno obelisco localizado bem na entrada da igreja. A igreja do Monte Carmelo deu origem à Ordem das Carmelitas, porque, no século XIII, a Virgem de Carmen apareceu ao inglês Simão Stock e lhe entregou o escapulário como símbolo de sua proteção. Simão Stock, então, fundou a Ordem das Carmelitas, sendo seu primeiro Prior Geral. De lá, fomos aos jardins persas de Bahá'i onde há um templo dessa seita dentro do qual está enterrado seu fundador. Bahá'i foi fundada por Bahá'u'lláh que se dizia deus. Há dezenove jardins porque ele tinha dezenove discípulos. A seita Bahá'i surgiu no século XIX e crê na unidade de todas as religiões. 

Jardins do Templo de Bahá'i, com o porto de Haifa ao fundo
Saindo de Haifa, fomos a Acre (Akko, em hebraico). Para ir a Acre, passamos sob um túnel cujo pedágio custou 25,60 shekels. Nas autopistas de Israel, não há cabines de pedágio porque a cobrança é feita por câmeras, e a cobrança é enviada ao endereço do proprietário do veículo. A cidade de Qerayot, onde Judas Iscariotes nasceu, fica próxima a Acre. No caminho, paramos no restaurante Mobarsham para o almoço self-service, com saladas, prato principal, sobremesa, água e café incluídos, por 17 dólares por pessoa. Esse almoço estava muito bom. Aliás, geralmente, o preço das refeições não incluídas no pacote varia entre US$15 e US$20. Acre, que significa dunas de areia, tem 150 mil habitantes dos quais 99% são árabes, mas não há qualquer perigo para o turista, uma vez que os conflitos se concentram na Faixa de Gaza. Acre foi a última fortaleza dos cruzados que lá chegaram em 1099, ficando até 1250, quando foram expulsos pelos mamluks que eram soldados turcos escravizados pelos muçulmanos egípcios. Os mamluks expulsaram os últimos cruzados pondo fim à Era das Cruzadas. As muralhas construídas ao redor da fortaleza de Acre impediram que Napoleão a invadisse quando esteve na região. Os cruzados fugiram dos mamluks por túneis subterrâneos que davam no Porto, túneis esses pelos quais nós também passamos. 

Mesquita dentro da Fortaleza de Acre (Akko)

Fortaleza de Acre (Akko), último bastião dos Cruzados
Saindo de Acre, fomos ao Kubbutz Lavi-Hot Wing, na Galileia, onde ficaríamos hospedados por duas noites. Lavi em hebraico significa leão.

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