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Viagem ao Canal de Corinto, Epidauro, Nauplio e Micenas


04-08-2016
VIAGEM AO CANAL DE CORINTO, EPIDAURO, NAUPLIO E MICENAS
O transfer atrasou um pouco, passando no hotel às 7h50 e, antes de sairmos de Atenas, trocamos de ônibus. O ônibus era confortável, tinha ar condicionado, Wi-Fi e uma excelente guia que, ao longo da viagem, deu-nos informações históricas, culturais, mitológicas, econômicas e até linguísticas, todas em inglês. Soubemos, por exemplo, que a base da economia da Grécia é o turismo, a agricultura, a indústria naval e a indústria; e que os gregos importam petróleo bruto e o refinam no país. Na saída da cidade, passamos pela Fundação Aristóteles Onassis, pelo Santuário de Afrodite, pelo porto de Pireus e pela Ilha de Salamina na qual, em 79 a.C., houve uma batalha entre gregos e persas da qual estes saíram derrotados. Essa batalha foi narrada por Ésquilo, importante dramaturgo, tal como Sófocles, Eurípedes e, na comédia, Aristófanes. Soubemos também que 70% do país é constituído de montanhas. A primeira parada da viagem foi no Canal de Corinto, onde ficamos 20 minutos. Um parêntese para falar do Canal. O Canal de Corinto liga o Mar Jônico (Golfo de Corinto) ao Mar Egeu. Tem apenas 21 metros de largura, 6,3 km de comprimento, 8m de profundidade e 40 metros de altura. Teve sua importância econômica no passado, economizando mais de 400 km de trajeto das frotas comerciais. Antes de sua construção, para não precisar circundar o Peloponeso, os navegadores esvaziavam os barcos e os carregavam vazios encosta acima. Vários imperadores romanos fizeram estudos sobre a abertura do canal (Júlio César, Gaio (Calígula), Adriano e Nero), mas a primeira tentativa de construção foi de Nero, em 67 a.C. Após a morte de Nero, os planos foram suspensos, e o Canal acabou sendo construído séculos depois. Entre 1881 e 1893, os húngaros István Türr e Béla Gerster planejaram e dirigiram a construção dessa obra prima da engenharia, contratando o mesmo engenheiro francês responsável pela construção do Canal de Suez, no Egito. Os mais destemidos podem fazer o Bugy Jamp no Canal. Há também travessias de barco, que levam 1h10. 

Vista do Canal de Corinto
Segundo a guia, na Era Cristã, o apóstolo São Paulo viveu um ano e meio no Porto Kechries, em Corinto, pelo qual passamos. Por isso, em Kechries há uma igreja que, acredita-se, teria sido fundada por ele. Hoje, a região é muito procurada por veranistas. Vale lembrar que o apóstolo São João escreveu o último livro do Novo Testamento, o Apocalipse, na ilha grega de Patmos. A estrada do Canal de Corinto a Epidauro é costeira e proporciona uma bela vista. Passamos por um criadouro de peixe Sea Bass, muito apreciado pelos gregos e servido em vários restaurantes de Atenas localizados na Plaka e na Monastiraki Square. A segunda parada foi no Teatro Antigo de Epidauro, às 11h10. Nesse teatro, todo verão há apresentações de musicais ou peças de teatro. Em 05 e 06-08-2016, seria exibida a comédia Lisístrata, de Aristrofánes. O ingresso da visita ao teatro (12 euros) estava incluído no pacote. À entrada, do lado direito do Teatro de Epidauro, há uma ruína do que sobrou do antigo hospital. O Teatro é simplesmente esplêndido! Sua capacidade original era para 13.000 pessoas sentadas bem próximas umas das outras. No centro do palco, há uma pedra redonda para indicar o ponto onde a acústica é melhor. E, de fato, a acústica é perfeita, conseguindo-se ouvir o som de uma agulha caindo no centro acústico de qualquer lugar da arquibancada! 
Teatro de Epidauro
De Epidauro, fomos a Nauplio, onde chegamos às 12h45 e ficamos 20 minutos, apenas o tempo suficiente para visitar o porto e uma pequena igreja ortodoxa que começou a ser construída no século XV. Aproveitamos para provar um delicioso sorvete italiano na sorveteria localizada ao lado da igreja. Nauplio foi a primeira capital da Grécia, mas não por muito tempo. Os venezianos chegaram a ocupar Nauplio por duas vezes, razão pela qual a arquitetura das casas é veneziana. Mas foi frustrante não termos visitado o forte-cadeia localizado no alto do morro e que fora construído pelos venezianos. 

Forte construído pelos venezianos, na costa de Nauplio

De Nauplio, fomos ao restaurante (Menaloos ou Menelau, marido de Helena raptada por Paris) onde paramos 45 minutos para o  almoço. No caminho, passamos por um muro contruído com pedras enormes. Por isso, acredita-se  que tenha sido construído por Ciclopes que teriam vivido 1.300 anos a.C. A próxima parada foi nas ruínas de Micenas, cidade onde nasceu e está sepultado Agamenon, irmão de Menelau, cunhado de Helena e marido de Clitemnestra. O ingresso para o museu e as ruínas também custava 12 euros e estava incluído no pacote. Ficamos em Micenas 40 minutos. Visitamos o museu, onde está a máscara de ouro de Agamenon, e as ruínas da cidade. Em seguida, fomos ao túmulo de Agamenon e Clitemnestra, onde ficamos mais 20 minutos. 

Portal de Micenas onde Agamenon nasceu e está sepultado

Mausoléu onde Agamenon e Clitemnestra estão sepultados

Máscara de ouro de Agamenon no Museu de Micenas
Antes de retornarmos a Atenas, paramos em uma loja de souvenirs onde assistimos a uma explicação sobre como eram produzidas as cerâmicas antigas. Na volta a Atenas, vimos, da estrada, as ruínas da Acrocorinto, que é a Acrópole da Corinto Antiga a qual, infelizmente, não fazia parte do pacote. Embora tenhamos gostado do passeio, teríamos preferido trocar a parada na loja de souvenirs, que foi mais longa do que o necessário (nesses pacotes, sempre há uma parada para compras!), por uma visita à Corinto Antiga e ao forte-cadeia de Nauplio. Há um passeio de meio dia à Corinto Antiga, promovido pela mesma G. O. Tours S/A. (Greek Organized Tours S/A.), razão pela qual nosso pacote não incluía essa visita. Mas fazer um tour histórico a Nauplio sem visitar o forte-cadeia não tem sentido algum, já que ele é a maior atração histórica da cidade. Fica aqui a dica para a G. O. Tours.

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