28/07/2015
Último dia de nossa
viagem. Amanheceu com 9 graus, nublado, mas sem chuva. Como nosso voo sairia
muito cedo no dia seguinte, trocamos de hotel, indo à noite para o Holliday Inn
que fica bem em frente ao aeroporto. O horário de check-in em muitos hotéis do
Chile é a partir das 15h, então, aproveitamos para fazer mais dois passeios. Do
NH Collection seguimos para o Mall Alto Las Condes que fica na Av. Presidente
Kennedy, uma das avenidas que é pedagiada (pedágio urbano). A saída (salida)
que se deve pegar para ir ao Alto Las Condes é a 2b. Valor do estacionamento do shooping:
500 pesos na primeira hora mais 300 a cada meia hora. O Alto Las Condes não
fica perto de metrô e é menos frequentado por turistas do
que o Costanera, mas é muito bom e chique, com lojas maravilhosas. Do shopping fomos à La Chascona, casa de Pablo Neruda, segundo poeta
chileno a ganhar o Nobel de Literatura, em 1971 (a primeira foi a poetisa Gabriela Mistral, em 1945). A casa fica na Fernando Marquez de la
Plata, 192, Bairro Bellavista, bem próxima à Av. Bellavista. La Chascona
significa descabelada, apelido carinhoso que Neruda deu à sua amada Matilde. As
outras duas casas do poeta estão localizadas em Valparaiso e Isla Negra. A uns
300 metros da La Chascona, bem próximo ao Funicular, há um restaurante que era
frequentado por Neruda - El Meson Nerudiano -, onde comemos uma merluza austral
e um pastel de jaiba, espécie de caranguejo da Isla Negra. O restaurante é
bonito e sofisticado, e a comida, excelente. Saindo da Bellavista, fomos ao
aeroporto para devolver o carro. Ao devolvê-lo, uma péssima surpresa:
descobrimos que a locadora cobrava 5.000 pesos por dia pelos pedágios urbanos,
e isso não nos tinha sido informado claramente. No total foram 56.940 pesos por
11 dias de pedágios, 80% dos quais não utilizados. Ou seja, se o locatário do veículo
sair de Santiago, pagará pedágio em duplicidade - os das estradas e a taxa
diária dos pedágios urbanos de Santiago, mesmo que esteja a centenas de
quilômetros da capital! Depois, fomos fazer o check-in no Holliday Inn. O hotel
tem a comodidade de estar em ao frente aeroporto, mas a diária, sem café da
manhã e sem frigobar no quarto, foi de U$168 por uma noite. Ao menos tinha
uma cafeteira com sachês de café e açúcar no quarto. Se o hóspede desejasse tomar o café
no hotel, precisaria informar com antecedência e pagar U$15 por pessoa. A
última programação do dia foi uma ida ao aeroporto para comprar nosso café da manhã, no Minimarket do aeroporto, e algum
artesanato local, na loja de artesanías (artesanato). O aeroporto é um dos locais indicados nos sites para compra de artesanato local, mas não é o melhor lugar para isso, pois nas duas grandes lojas que lá existem, uma dentro e outra fora da área de embarque, os produtos são bastante
caros. O Chile é o melhor lugar do mundo para se comprar bijuterias ou joias em lapislázuli e produtos em cobre, afinal, tem jazidas de ambos, além de ser o maior produtor de cobre do mundo. Também é o lugar ideal para se comprar vestuário feito de pelo de lhama, mais fácil de ser encontrada e mais barata; de pelo de alpaca, mais difícil de ser encontrada e mais cara; ou de pelo de vicunha, igualmente difícil de ser encontrada e muito, muito cara. Um mantô de vicunha chega a custar U$1.500.
E, assim, nossa estada no Chile chegou ao fim.
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La Chascona, casa do poeta Pablo Neruda em Santiago |