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Monte do Sermão da Montanha-Morro das Bem-Aventuranças-Lago de Tibérias-Cafarnaum-Rio Jordão-Jericó


22-12-2016
O ônibus que nos levou ao passeio era confortável, mas, nesse dia, o Wi-Fi não estava funcionando. 
A primeira parada foi no Monte do Sermão da Montanha onde existe uma igreja da Ordem dos Franciscanos, em meio a um lindo jardim que fica em frente ao Lago da cidade de Tibérias. O Lago é de água doce e fica 200 metros abaixo do nível do mar. 

Igreja do Monte do Sermão da Montanha
Em seguida, fomos ao Monte das Bem-Aventuranças. Na chegada, do lado de fora da igreja, há toaletes, mas, para usá-los, paga-se 1 dólar ou 3 shekels por pessoa. O Monte das Bem-Aventuranças foi onde Jesus fez o milagre da multiplicação dos pães e dos peixes. A Igreja da Bem-Aventurança, ou Tabgha, é da Ordem dos Beneditinos alemães e, sob o altar, veem-se as pedras sobre as quais provavelmente Jesus fez o milagre. A igreja foi queimada em 2015 por extremistas judeus, mas já tinha sido restaurada. O piso do lado direito do altar é em mosaico da Igreja bizantina do século IV. Atualmente, o local chama-se Tabgha que significa sete fontes. 

 
Sob o altar da Igreja do Monte das Bem-Aventuranças, a pedra sobre a qual Jesus fez o milagre da multiplicação dos pães e

A próxima parada foi no Lago Tibérias. Caminhando para o local da barca, Ginnosar, vimos a árvore chamada coroa de espinhos com a qual foi feita a coroa colocada sobre a cabeça de Jesus. Também vimos a árvore, conhecida entre nós como figueira brava, na qual Zaqueu subiu para ver Jesus, e este o mandou descer para ir à casa de Zaqueu. Encontraram na região uma barca feita com doze madeiras diferentes. Logo na entrada do caminho que dá acesso ao Lago, há um kibutz em cujo jardim há um coreto de madeira para celebração de casamentos. O guia nos disse que, durante a cerimônia de casamento, o noivo quebra um cálice de madeira com os pés para simbolizar a destruição do Templo de Salomão. Fizemos um divertido passeio em uma barca de madeira no Lago de Tibérias no qual Jesus navegou com seus apóstolos e caminhou sob as águas. Na margem oposta, onde se localiza a Jordânia, Jesus expulsou o demônio do corpo de dois homens, transformando-o em dois porcos. A cidade de Tibérias foi construída por Herodes Antipas, filho de Herodes, O Grande. O Lago é de água doce e tem 40 metros de profundidade por 100 metros de largura. Como na região chove muito, há um duto que serve para levar a água para o deserto. O passeio de barco foi muito agradável, pois o clima estava ótimo, havia música, e as pessoas do nosso grupo se puseram a dançar. Ao final do passeio, recebemos um certificado de que andamos na barca do Lago de Tibérias. 

Barca em que fizemos o passeio pelo Lago Tibérias
Em seguida, fomos a Cafarnaum que significa povo de Naum (cafer significa povo). É conhecida como a cidade de Jesus porque foi nela que Jesus conheceu quatro de seus doze apóstolos (Pedro, João, André e Thiago) e os convidou para serem pescadores de homens. Também foi em Cafarnaum que Jesus começou seu ministério. Na cidade, Jesus fez a maioria de seus milagres (onze), dentre os quais se podem citar: curou a febre da mãe de Pedro; ressuscitou o filho do rabino Jairo para provar que era o Messias; e fez Pedro pescar um peixe recheado de moedas suficientes para pagar os impostos de ambos, já que estava hospedado na casa de Pedro. Sobre a casa da mãe de Pedro, foi construída a Igreja dos Franciscanos. Visitamos também a sinagoga onde Jesus ressuscitou o filho do rabino de Cafarnaum, as ruínas da cidade na qual Jesus viveu, as ruínas da casa da mãe de Pedro, a Igreja que fica sobre as ruínas da casa da mãe de Pedro e a estátua de Pedro segurando a chave do céu.

Sob a igreja dos Franciscanos, as ruínas da casa de Pedro onde Jesus morou em Cafarnaum
Saímos de Cafarnaum e seguimos para o rio Jordão, às margens do qual iríamos almoçar. Do ônibus, avistamos as Colinas de Golan sob as quais há uma grande quantidade de água. Atrás delas, a menos de 70 quilômetros de onde estávamos, ficava o local da Síria onde estavam ocorrendo os conflitos. Até 1967, as Colinas de Golan pertenceram a Síria, por isso não haverá paz entre os dois países enquanto Israel não devê-las aos sírios. No entanto, por questões estratégicas, é pouco provável que isso ocorra. O almoço em Yadernit foi muito bom: sopa, saladas, prato principal (peixe de São Pedro, assado com batatas ou filé de peixe empanado). De sobremesa, deliciosas tâmaras frescas e café. Preço do almoço: US$20 ou 80 shekels por pessoa. Depois do almoço, fomos às margens do rio Jordão onde o padre colombiano que estava em nosso grupo disse lindas palavras e aspergiu sobre cada um de nós a água do rio para simbolizar a renovação do batismo. Foi comovente. Saímos às 14h15 para uma parada em Jericó, situada na zona palestina e a duas horas do rio Jordão.
Rio Jordão onde alguns de nós molharam os pés
Na ida a Jericó, avistamos a fronteira de Israel com a Jordânia. O acordo de paz entre esses dois países foi firmado em 1993 e, a partir de então, o afluxo de turistas a Jordânia aumentou. A Jordânia foi o único país a dar passaportes aos palestinos que para lá foram fugidos de Israel em 1948 e 1967. Para ir a Jericó, passamos por um check-point ao entrarmos na zona palestina. Notamos algo curioso: ao entrar nas zonas palestinas, o motorista do nosso ônibus não foi parado, mas os que transitavam no sentido contrário estavam sendo parados. Vimos campos com minas colocadas pela Jordânia na guerra dos seis dias de 1967, e kibutz israelenses (assentamentos) nas zonas palestinas, o que, segundo a resolução da ONU, é ilegal. Havia muito lixo constituído de lonas plásticas usadas na agricultura às margens da estrada. Israel, responsável pela coleta naquela região, não a faz só porque a zona é palestina. Jericó, que fica no deserto da Judeia, existe há mil anos, desde o Período Neolítico. É a cidade mais antiga e baixa do mundo (300 metros abaixo do nível do mar). Fica na zona "A". Hoje, os palestinos vivem em três zonas: a zona B tem a segurança contratada por Israel e todo o resto controlado pelos palestinos; a zona A é toda controlada pelos palestinos; e a zona C, onde fica Jerusalém, é toda controlada por Israel. O salário é de apenas US$300 por mês. Em Jericó, avistamos de longe o Monte das Tentações onde Jesus jejuou por 40 dias e 40 noites e foi tentado pelo diabo três vezes. O mosteiro construído sobre o Morro é de cristãos gregos ortodoxos. As ruínas da colina do sultão (Tell es-Sultan) foram as únicas que sobraram da cidade antiga. Passamos, ainda, pela zona B antes de entrarmos na zona C onde fica Jerusalém. Essas zonas foram definidas no acordo de Oslo, mas mesmo nelas há "assentamentos" e kibutz israelenses. Durante a viagem, o guia ainda nos falou que, como os árabes descendem de Ismael, e os judeus, de Isaac, ambos são "primos".

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