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Viagem à Itália na Primavera


Um dia em Salerno (Campagna)
Dessa vez a viagem foi toda de trem. Chegamos de Paola às 12h30 na estação de trem de Salerno, localizada à  Piazza V. Veneto, bem próxima a uma das principais atrações turísticas da cidade: a Corso Vittorio Emanuele. Essa é a rua da “badalação”, sobretudo no sábado à noite, pois nela há muitas boutiques, restaurantes, cafés, sorveterias, joalherias, lojas de souvenirs e, além disso, através dela, chega-se a vários locais históricos, como a Duomo, a Chiesa dell´Annunziata, a Chiesa di S. Lucia, o Giardino della Minerva. A Lungomare Trieste, com suas belas alamedas, é outra atração imperdível. 

Marina, próxima à Lugomare Trieste, em Salerno

Viajando de trem e com malas, o melhor é reservar um hotel o mais próximo possível da estação. O escolhido foi o Montestella, um bom hotel três estrelas, modernamente decorado, muito bem localizado, com ar condicionado e café da manhã. Depois do check-in, um passeio pela Lungomare, pela Corso Vittorio Emanuele, cujas lojas fecham das 14h às 17h. Esse é o  horário em que o comércio fecha para o almoço (ora di pranzo). Paramos para almoçar na Salumeria del Corso (Vittorio Emanuele, 64), onde se servem deliciosos “tagliere e calice”, ou seja, tábuas de queijo e embutidos e bebidas, além de massa e pratos veganos e vegetarianos. A comida é ótima, e o preço, bem acessível. De sobremesa, recomendamos a panacota que é feita pela própria dona do estabelecimento. Embora haja várias atrações turísticas em Salerno, como ficaríamos menos de 24 horas, não pudemos conhecê-las. Por isso, não fomos ao Teatro Verdi nem aos museos e à pinacoteca. Mas, a título de informação, deixamos, aqui, os nomes, horários de funcionamento e preços dos ingressos desses museus: Museo Archeologico Provinciale di Salerno (aberto de terça  a domingo, das 9h às 19h30; sendo 4 euros para adultos e 2 euros para jovens de 18 a 25 anos); Museo Diocesano San Matteo (fechado às quartas; nos demais dias da semana, aberto das 9h às 13h e das 15h às 19h; sendo 2 euros para adultos e 1 euro para crianças e estudantes) e Pinacoteca Provinciale (gratuita e aberta de terça a domingo, das 9h às 19h45). Além da passearmos pela Corso Vittorio Emanuele e pela Lungomare, seguimos uma longa procissão religiosa até a Duomo. Essa procissão era formada de fiéis de várias igrejas católicas, cada qual com sua indumentária e estandartes. A Duomo de Salerno foi construída no século XI. É dedicada à Virgem Maria e ao Apóstolo São Mateus, padroeiro da cidade que se encontra sepultado sob a construção da catedral. 

Procissão em direção à Duomo de Salerno

Duomo, de Salerno

Por falta de tempo, infelizmente também não pudemos conhecer o Castello di Arechi, localizado fora da cidade, o que, a julgar pelas fotos, foi uma pena. Como queríamos comer peixe, ao final do dia, jantamos na Osteria di Crudo, próxima à Vittorio Emanuele, onde o serviço é muito bom e a comida, excelente! Experimente o atum com crosta de avelã (tonno con crosta di nocciola) e a massa com feijão e mexilhões (pasta con fagioli e cozze), acompanhados do vinho branco da casa (Falanghina) que custa apenas 8 euros a garrafa e é ótimo. Dica de presente para mulheres (regalo per donna): por 10 euros, você pode comprar um par de brincos artesanais da Happy & Glam (Via Duomo, 40).    

Pasta con Fagioli e Cozze, na Osteria di Crudo, Salerno

Três dias em Bolonha (Emilia Romagna)       
Duas coisas que se devem saber sobre os trens italianos: nem sempre são pontuais - o nosso para Bolonha, por exemplo, chegou a Salerno com 20 minutos de atraso, mas tirou o atraso no caminho a Bolonha (atingiu 298 km/h) -, e os números do trem mudam conforme o trajeto. Por isso, é mais importante estar atento ao painel da plataforma de embarque (“binario”) do que ao número do trem indicado no painel digital da porta do vagão (“carrozza”). Também é importante ser rápido ao embarcar e desembarcar, pois, geralmente, o tempo de parada varia entre 30 segundos e 5 minutos. É, você entendeu direito: 30 segundos em cidades pequenas.
Bolonha é uma cidade lindíssima. Caminhar por suas ruas é voltar à Idade Média e ao Renascimento. A arquitetura de Bolonha reúne várias cidades em uma só: as torres de San Gimignano; as arcadas de Turim; as janelas de Veneza; e até uma torre inclinada como a de Pizza (Torri Garisenda). Ficamos no Hotel Allegroitalia, um três estrelas com café da manhã, modernamente decorado e localizado a 350 metros da estação de trem e a 1,4 km da famosa Piazza Maggiore, o que nos permitiu conhecer todo o centro a pé. Como a cidade é plana e tem ciclovias, também se pode conhecer a cidade de bicicleta, gratuitamente. O símbolo de Bolonha é Le Due Torri (Asinelli e Garisenda): a Torri Asinelli é a única em que se pode subir para tirar uma foto panorâmica da cidade. O ingresso custa 5 euros para adulto e 3 euros para crianças e pode ser comprado pela internet (“su internet”, como dizem os italianos) ou no Bureau de Turismo da Piazza Maggiore. Só tem um problema: para se chegar ao topo “della Torri Asinelli” são 498 degraus! Já à Torri Garisenda, que é inclinada como a Torri di Pizza, não se pode subir. 

Le Due Torri (Garisenda, à esquerda, e Asinelli, à direita), em Bolonha
 
A história da Torri Garisenda, a inclinada, é interessante. Ela foi construída no final do século XI e início do século XII. Originalmente, tinha cerca de 60 metros de altura, mas, na segunda metade do século XIV, sua altura foi reduzida a 48 metros, devido ao medo de colapso. Durante sua construção, o terreno cedeu, por isso, apresenta uma inclinação de 3,22 metros. Em 1871, a pequena igreja construída contra ela foi demolida. Seu porão, em selenito, remonta à restauração de 1889. Nos três dias de estada, visitamos as principais atrações da cidade, começando pelo Parco della Montagnola que ficava entre o hotel e o centro histórico. Depois, atravessamos a Piazza dell´8 Agosto (ou Piazza VIII Agosto) em direção à bela Via dell´Independenza que desemboca na Piazza Maggiore. É na Piazza Maggiore que se encontram muitas das atrações de Bolonha: a Piazza del Nettuno, Palazzo d´Accursio, Palazzi Podestà, Re Enzo e, a cereja do bolo, La Basilica di San Petronio. Essa Basilica tem um terraço bem mais baixo do que a Torri Asinelli do qual se pode tirar uma foto panorâmica da cidade, mas ao qual não subimos porque estava fechado para reforma. Outro local imperdível é a Università di Bologna, a mais antiga do Ocidente, fundada em 1088. A primeira edificação da Università di Bologna é o Archiginnasio, constituído da Biblioteca dell´Archiginnasio - Teatro Anatomico (Via Archiginnasio, 7), bem próximo à Piazza Maggiore. O ingresso custa 3 euros por pessoa, mas vale cada centavo. A enorme biblioteca pode ser consultada somente por alunos; o turista pode visitar apenas duas salas, no entando, de uma delas se pode enxergar as dez salas com suas prateleiras de madeira cheias de livros milenares. 

Biblioteca Comunale dell´Archiginnasio dell'Università di Bologna 
Interior Biblioteca Comunale dell´Archiginnasio dell'Università di Bologna

Outro ponto de interesse é a vista ao Canale di Reno, localizado na Via Cuglielmo Oberdan, bem perto do cruzamento desta com Via delle Moline. A placa sobre o canal explica que, daquele ponto em diante, o canal passou a se chamar “delle Moline” devido aos moinhos de trigo distribuídos ao longo de seu curso o qual continua através das Vie Alessandrini e Capo di Lucca. 


Canale di Reno, Bolonha

Na segunda noite de nossa estada, assistimos a um concerto de piano de Jan Lisiecki e da Orchestra Filarmonica di Bologna, regida por Andris Poga, no Teatro Manzoni. O Teatro é lindo! Localiza-se na Via de Monari, próxima à Via dell´Independenza. Seu interior é moderno, todo em madeira clara, como a Sala São Paulo, com assentos forrados em veludo vermelho, muito confortáveis. 

Teatro Manzoni, em Bolonha

Dicas gastronômicas: La Prosciutteria Bologna (Via Oberdan, 19/A), uma salumeria fundada em 1925, onde se servem tábuas de frios (pequenas, médias ou grandes) com presunto de Parma, mortadela, salame, queijos variados, pães com sardela e patês, azeitonas, cebola refogada e alface. O preço é ótimo, e o ambiente é jovem e descontraído, e os pedidos devem ser feitos diretamente no balcão. Os copos, pratos e talheres são descartáveis e também devem ser pegos pelos clientes. Outra dica é a Osteria dell´Orso (Via Mentana 1/F), onde a comida e o preço são bons e o ambiente é jovem e informal. Há poucas mesas individuais e não se aceitam reservas, por isso, é bom chegar antes das 20h. Nas mesas cabem seis pessoas que podem ou não estar juntas, e isso permite que os clientes, na maioria jovens e/ou turistas, conversem entre si, se assim o desejarem. Não deixe de experimentar a “carne salada in letto di misticanza con ceci al profumo di rosmarino e prezzemolo”, que é um carpaccio de carne de vaca com salada de grão de bico, alecrim, salsa e verduras diversas. É uma delícia! Quanto à sobremesa, prove o delicioso “gelato” da Antica Gelateria Artigianale Pellegrino (Via Oberdan, 15) que existe desde 1936, e o “gelato” da Cremeria Funivia (Pizza Cavour, 1/D-E), que fica próxima ao Teatro Anatomico. Se for à Cremeria Funivia, não deixe de provar os sabores “Alice” e “Condessa”. São divinos! Para os amantes de vinho, o Signorvino (Piazza Maggiore, 1, de frente à Basilica di San Petronio) é uma boa opção. É um “wine bar” onde os vinhos saem pelo preço de custo. O telefone para reserva (“prenotazione”) é: + 39 051 261344.




Três dias em Verona (Vêneto)
Verona é a cidade do amor. É linda, bem cuidada, banhada pelo caudaloso rio Adige (“Fiume Adige”) e, na primavera, a cidade exala o perfume das flores de suas lindas praças. Ficamos no Hotel Martini, um três estrelas, com café da manhã, localizado a 500 metros da estação de trem (Stazione Verona Porta Nuova) e a 1,2 km do Castel Vecchio, que fica próximo ao Centro Storico. 

Muralhas de Verona

Ponte di Pietra (século I a.C.), em Verona

Tal como Bolonha, Verona é plana e tem ciclovias, favorecendo o uso de bicicletas tanto pelos locais quanto pelos turistas. O símbolo de Verona é a Casa di Giulietta (Via Cappello, 23), imortalizada na peça de William Shakespeare. O ingresso para conhecer os quatro andares da casa e tirar uma foto na famosa sacada da qual Giulietta namorava Romeo custa 6 euros por pessoa. Embora não seja tão famosa quanto a de Giulietta, talvez por não estar aberta à visitação, a casa de Romeo fica bem próxima à de sua amada, na Via Arche Scaligere, 2. 


Casa di Giulietta, em Verona

Além da casa dos trágicos amantes, Verona guarda muitas outras riquezas, a maioria das quais bem próximas à Piazza Erbe ou à Piazza Bra, onde se localiza o belíssimo Anfiteatro Arena (10 euros o ingresso), palco do Festival de Ópera de Verona.

Anfiteatro Arena, em Verona

Entre as principais atrações da cidade, podem-se citar: a Via Mazzini, na qual há muitas lojas de grife; a linda Piazza Erbe, onde há restaurantes e tendas de souvenirs; a Galleria d´Arte Moderna e a Torre dei Lamberti (Via della Costa, 1), esta última construída no século XII e à qual se pode subir por elevador e mais 46 degraus (8 euros); a Chiesa di S. Maria Antica; a Chiesa di Santa Anastasia; a Duomo; a Ponte di Pietra; o Museo Archeologico al Teatro Romano (4,50 euros); o Castel San Pietro. Aliás, a Ponte di Pietra, o Museo Archeologico al Teatro Romano e o Castel San Pietro ficam bem próximos uns dos outros. Com um ingresso, pode-se visitar o museo, as ruínas do Teatro Romano e uma das igrejas que compõem a Verona Minor Hierusalem: a Chiesa Santi Siro e Libera (século X) cujo altar apresenta uma linda simbologia toda em madrepérola. Nela, Santo Siro celebrou uma missa, após ter ressuscitado o filho de uma viúva. 

Chiesa Santi Siro e Libera (século X), em Verona

Essa e outras seis igrejas – Chiesa Santa Maria in Organo, Chiesa San Giovanni in Valle, Chiesa Santa Maria di Nazaret, Chiesa San Giorgio in Braida, Chiesa Santo Stefano, Chiesa Santa Maria in Betlemme - compõem o roteiro dos peregrinos católicos que vinham a Verona por não terem condições financeiras de irem até à Terra Santa. Daí receberem o nome de Verona Minor Hierusalem. Ao visitar uma dessas igrejas, o visitante recebe um folheto de peregrino que pode ser carimbado (“timbro”) em cada uma dessas sete igrejas, comprovando sua peregrinação. Ao Castel San Pietro (século XIX) pode-se subir de duas formas: a pé ou pelo Funicolare (2 euros), e a vista que se tem de lá de cima só perde para a vista da Torre dei Lamberti de cima da qual se pode avistar a deslumbrante Verona. 


Altar, com simbologia em madrepérola, da Chiesa Santi Siro e Libera (século X), em Verona

Vista do Torre dei Lamberti

Outros locais imperdíveis são o Complesso del Duomo (3 euros) e a Chiesa di Santa Anastasia (3 euros). A Chiesa di Santa Anastasia é um esplêndido exemplo de gótico italiano. Foi construída a partir de 1290 com a contribuição da família que governava a cidade, os Scaligeri, e de outras famílias veroneses. Sua construção foi concluída em 1500. Seu teto é todo em afresco e, em seu interior, há 12 colunas do mármore vermelho de Verona, além de muitas obras de arte, como o célebre afresco de Pisanello: S. Jorge e a Princesa. A catedral (Duomo) é dedicada à S. Maria Assunta. Mais do que um único edifício, é um complexo arquitetônico do qual fazem parte S. Giovanni in Fonte, S. Elena, o claustro dos canônicos, a Biblioteca Capitular, o Museu Canonical e o Bispado. Mas se podem visitar apenas o Batistério (ou San Giovanni in Fonte), a Chiesa di S. Elena e o interior da catedral. O Batistério foi reconstruído por volta de 1123. Nele, há uma bela pia batismal octagonal toda esculpida em um único bloco de mármore pelo escultor Brioloto (séc. XII e XIII). A Chiesa di S. Elena foi construída no século IX e restaurada após o terremoto de 1117; em seu centro encontra-se um mosaico da primeira basílica paleocristã da segunda metade do século IV. A parte interna da catedral é bem suntuosa, tem dezoito capelas, dois grandes órgãos e muitos afrescos de artistas famosos, alguns dos quais do século XV. 

Afrescos da Chiesa di Santa Anastasia, em Verona

Batistério (ou San Giovanni in Fonte), no
Complesso del Duomo

A maioria dos restaurantes de Verona, em particular, e da Itália, em geral, exigem reserva (“prenotazione”), por isso, se desejar ir um restaurante específico, não deixe de reservar. Se não tiver reserva, recomenda-se chegar entre 19h e 19h30, pois as reservas são, em sua maioria, para depois das 20h. Dicas gastronômicas: Trattoria al Pompiere (V.lo Regina d´Ungheria, 5); Parma a Tavola (Corso Santa Anastasia, 20; aberto para almoço até às 16h); e Osteria al Duca (Via Arche Scaligere, 2). da Na Trattoria al Pompiere, experimente o Prosciutto Crudo Soave. Também não deixe de provar o “gelato” da Gelateria Pretto, próxima à Pizza Brà. Você não se arrependerá! Os sabores “cioccolato extra noir” e “fior di latte vaniglia” são deliciosos!

Pasta da Parma a Tavola, em Verona

Três dias em Gênova (Ligúria)
Gênova (ou Zena, em dialeto genovês), cidade de Cristóvão Colombo, é a terceira em número de habitantes das cidades do Norte da Itália, contando com uma população de cerca de 740.000 habitantes. Ficamos no hotel da cadeia B&B localizado bem em frente à estação ferroviária Genova Piazza Principe, mas no qual o café da manhã (“colazione”) é pago à parte (7,20 euros por pessoa). É preciso ter cuidado para não desembarcar na estação errada, pois, em Gênova, há duas estações: a Genova Piazza Principe e a Genova Brignole. Gênova é a cidade portuária da qual saíram a maioria dos emigrantes que, no século XIX, foram viver no Brasil, na Argentina e nos EUA. A cidade conta com muitas atrações turísticas diferenciadas, mas as vielas (“vicoli”) e as edificações de seu centro histórico estão um pouco degradadas. A revitalização da região portuária foi realizada pelo Município (“comune”) em 1995 e é nela que se localizam o Acquario di Genova (26 euros para adultos), o Galata Museo del Mare (12 euros para adultos), o Eataly e o Bigo (4 euros para adultos). O Bigo é um ascensor panorâmico que gira 360 graus, permitindo uma bela vista de todo o centro histórico, bem como do porto. Apresentando o ingresso do Acquario di Genova, economiza-se 0,50 de euro no Bigo. 

Ascensore Bigo, em Gênova
Vista de Gênova do Ascensore Bigo
O Acquario di Genova é um passeio fantástico para adultos e crianças. O “percorso di visita” inclui 39 atrações, mas as principais são: Laguna Tropicale (lagoa tropical); Costa dei delfini (costa dos golfinhos, plano superior e inferior); Area Blu Safari; Baia degli squali (baía dos tubarões); Isola delle foche (ilha das focas). O Acquario conta ainda com um restaurante, uma lanchonete de “fast food”, uma loja de presentes e um estacionamento (“parcheggio”) aberto 24h, sendo 2,20 euros/hora, das 7h às 24h, e 1,10 euros/hora, das 24h às 7h. 

Acquario di Genova

O Galata Museo del Mare é imperdível principalmente para descendentes de italianos. É enorme, com quatro andares e um terraço do qual se avista o centro histórico e o porto da cidade. As exposições que mais nos chamaram a atenção foram as do quarto e terceiro andares e do térreo. No quarto piso, há fotos, informações e utensílios do Andrea Doria, um transatlântico italiano muito luxuoso e com capacidade para 1650 passageiros que, de 1951 a 1956, fez a rota Gênova-Nova Iorque. Esse belo navio foi palco de uma das maiores tragédias da navegação italiana: em 05 de agosto de 1956, às 15h15, afundou, deixando 46 vítimas, na maioria mulheres (71%) e crianças (21%), depois de ter sido abalroado por um barco sueco (Stockholm) que estava fora de sua rota, o que ocasionou um buraco em seu casco de 15 x 17 metros. O número de vítimas só não foi maior porque o próprio Stockholm salvou 533; o Ile de France, 760; o PL. W, H, Thomas, 158; e o Cape Ann, 135. 

Galata Museo del Mare, em Gênova

Notícia sobre o naufrágio do Andrea Doria, no Galata Museo del Mare, em Gênova


No terceiro andar do Galata Museo del Mare, o visitante tem contato com toda a história dos 900.000 italianos que, atraídos por falsas promessas de prosperidade, emigraram, com suas numerosas famílias e poucos pertences,  para Brasil, Argentina e EUA, entre os anos de 1887 e 1902, embora essa emigração tenha-se iniciado em 1861, logo após a declaração de unificação da Itália. No que tange ao Brasil, após a libertação dos escravos, em 1888, muitos desses emigrantes tiveram sua viagem financiada pelos barões do café que precisavam de mão de obra para substituir a dos escravos libertos. Há reprodução da parte interna dos navios, sobretudo da terceira classe onde viajavam a maioria dos emigrantes; há, inclusive, vídeos simulando a saída da Itália e a chegada do emigrante ao novo país. No térreo, é contada a história do genovês Cristóvão Colombo, bem como de sua viagem de descoberta da América. Por tudo isso, o Galata Museu del Mare é parada obrigatória aos descendentes de italianos! Outra coisa boa de se fazer em Gênova é passear de barco. Além de passeios para a bela região de Cinque Terre, há passeios de barco até Genova Pegli onde ficam as praias frequentadas pelos genoveses. Custa 6 euros por pessoa e tem duração de 70 minutos. Quanto às atrações do centro histórico, são tantas que, para conhecer as 243 indicadas no mapa da cidade, seriam necessários muito mais do que os três dias de que dispúnhamos. Fomos à Chiesa SS. Annunziata del Vastato (séc. XIII/XVI/XIX); à Duomo ou Cattedrale di San Lorenzo (séc. XII/XVI, Via di San Lorenzo); ao Palazzo Ducale (séc. XIV/XVIII), onde, aos domingos, há uma grande feira de antiguidades (Piazza Matteotti); à Via Roma, onde ficam as lojas de grife; à Casa di Cristoforo Colombo (séc. XVII); ao Mura del Barbarossa (séc. XIII); a Piazza de Ferrari, com sua linda fonte. Dicas gastronômicas: Locanda Tortuga (Via di Ravecca, 13R), onde se come uma deliciosa “focaccia al formaggio”; Trattoria Vegia Zena (Vico del Serriglio, 15R), cuja especialidade é peixes e frutos do mar. Agora, se quiser experimentar o melhor custo-benefício de Gênova, vá à Casalinga da Mario (Salita S. Paolo, 28), restaurante simples, de comida caseira, frequentado por trabalhadores, moradores locais e turistas. Não se esqueça de reservar (“prenotare”), exceto no Casalinga que não aceita reservas.          

Duomo ou Cattedrale di San Lorenzo (séc. XII/XVI), em Gênova

Casa di Cristoforo Colombo (séc. XVII), Gênova

Viagem ao Sul da Itália


1° Dia – Roma (Lazio)- Sorrento (Campania)
A primeira coisa a fazer chegando ao aeroporto de Roma foi comprar um plano de dados para o celular. Na TIM, por 35 euros, é possível adquirir um plano com dados e 100 minutos de ligações locais e internacionais para qualquer país. Em seguida, alugar um carro no próprio Aeroporto de Fiumicino, que fica bem próximo a Roma (40 min. de carro). A vantagem de se viajar no inverno europeu é que os preços são bem mais baixos: conseguimos um ótimo carro automático, a díesel, por 230 euros, pelo período de 27 dias. Na Itália, o preço do diesel varia muito de um posto para outro. Encontramos de 1,33 (na Puglia, próximo a Lecce) a 1,62 euro o litro. No inverno, é obrigatório que o motorista mantenha no porta-malas do carro correntes (catene) a serem usadas nos pneus comuns, já que os carros alugados não vêm com pneus próprios para neve. Se o motorista não portar a corrente e for parado pela polícia, será multado. Os únicos inconvenientes de se viajar para a Europa no inverno sâo: comércio e restaurantes fechados, nas cidades que só vivem do turismo; chuva e neve, sobretudo nas cidades do norte do país; e, nos hotéis, temperatura do aquecimento interno muito alta, pois o europeu adora um calor! Saindo de Fiumicino, partimos pela Autoestrade A1/E45 em direção a Sorrento. De Roma a Sorrento, são 280 km ou 3h30min de viagem. O hotel de Sorrento era muito bom, bem localizado (Corso Italia) e todo reformado, com café da manhã incluso (67 euros a diária já com IVA incluso) e garagem à parte (16,50 euros por noite). Sorrento é uma linda cidade, lotada mesmo no inverno. As ruas e praças ainda mantinham os enfeites e as luzes de Natal. Há muitas lojas, restaurantes e pizzarias, embora metade deles, sobretudo os mais recomendados, estivessem fechados durante o inverno. No Sul da Itália costuma-se jantar a partir das 19h00 ou 19h30, ou seja, mais tarde do que no Norte do país.

Sorrento, terra do Limoncello


Vista da marina de Sorrento

Sorrento




2º Dia – Sorrento-Positano-Minori-Amalfi-Salerno (Campania)-Cosenza (Calabria)
Antes de nossa próxima parada em Cosenza, na Calabria, fomos visitar as principais cidades da Costa Amalfitana (Costiera Amalfitana): Positano, Minori, Amalfi e Salerno. Positano fica a apenas 8,2 km de distância de Sorrento. As estradas são sinuosas, movimentadas, estreitas  (sem acostamentos) e com vários túneis. Da estrada, a vista que se tem dessas cidades, com suas casas coloridas, construídas nas encostas rochosas e de frente para o mar, é verdadeiramente deslumbrante! Há pontos onde se pode parar para tirar fotos da paisagem. Salerno, cidade portuária, é a maior e mais pujante de todas. Saímos de Salerno pela Autoestrade A3 e depois pela E45 em direção à Calábria, passando pelas regiões de Campania e Basilicata. De Salerno a Cosenza são 226 km ou 2h20min de viagem. A Autoestrade é excelente e, ao tempo de nossa viagem (inverno de 2018), de Salerno em direção ao Sul ainda não havia pedágios; no entanto, até se chegar a Salerno já os havia. Há inúmeras pontes altíssimas e túneis longos, e a velocidade permitida varia entre 80 e 130 km/h, embora quase não haja placas informando a velocidade local, o que deixa o turista bastante inseguro em relação à velocidade permitida. Também há vários controles eletrônicos para aferir a velocidade média, e, na maioria dos trechos, a velocidade média é 110 km/h. No entanto, fomos informados por moradores locais que as multas ocorrem apenas quando se ultrapassam os 130 km/h. Após o check-in em um hotel localizado próximo a Cosenza, fomos a Cosenza passear na Corso Mazzini onde há várias lojas de grife, charmosos cafés, restaurantes e cervejarias (birreria). Pode-se parar o carro no estacionamento público (parcheggio) subterrâneo que fica sob a Piazza Bilotti, por 1,20 euro a hora. Dica gastronômica em Cosenza: Birreria Il Moro, tradicional cervejaria local onde a comida, incluindo a pizza, é ótima. Aliás, as pizzas da região Sul da Itália são muito melhores do que as do Norte, o que pudemos comprovar tanto em Sorrento quanto em Cosenza. 

Costiera Amalfitana
Amalfi
3º Dia – Cosenza-Tropea-Pizzo, Província de Vibo Valentia (Calabria)
Dia de conhecer Tropea e Pizzo (Pizzo Calabro), duas lindas cidades medievais da Calábria. De Cosenza a Tropea são 150 km ou 2h00 de viagem. Tropea é muito bonita, pois a cidade foi toda construída sobre rochas altíssimas situadas bem de frente para o mar. Como fomos no inverno, o comércio e todos os restaurantes estavam fechados, pois os italianos, como a maioria dos europeus, fecham seus estabelecimentos durante o inverno, época de pouco turismo, e os abrem no restante do ano. O lado bom disso é que, nos poucos locais abertos, o turista de inverno, não raro, recebe um atendimento exclusivo. Em Tropea, o único estabelecimento que encontramos aberto foi um café  localizado na praça, onde, para não morrermos de fome, tomamos um delicioso café vienense. Na Itália, todas modalidades de café são deliciosas! O cappuccino italiano, tal como o sorvete (gelato), é o melhor do mundo! Depois de fotografarmos a cidade a partir da marina e da bela Blanca Beach, fomos a Pizzo, outra linda cidade medieval. Em Pizzo, havia várias sorveterias (gelaterias) em que se produz o famoso “tartufo”, que, nada mais é do que um sorvete em formato de bola e recheado com calda. Cuidado para não confurdir o tartufo sorvete com o tartufo consumido na região de Perugia! O tartufo de Perugia é uma modalidade de trufa, de gosto bem acentuado, que fica simplesmente divino nos molhos de massas! Mas, voltando ao "tour"do dia, Pizzo é uma cidade linda! Foi em Pizzo que, após a queda de Napoleão Bonaparte, seu cunhado, o Marechal Joaquim Murat, foi morto, em 13 de outubro de 1815. Aliás, gostamos mais de Pizzo do que de Tropea talvez porque em Pizo houvesse mais vida. Logo à esquerda de quem entra na cidade há um forte todo iluminado e muito bem conservado. Estacionamos em um “parcheggio” público que fica a 250 metros do portal de entrada, na rua principal. No próprio “parcheggio” há uma máquina em que se pode comprar o bilhete de 1 euro/hora. Dica gastronômica em Pizzo: restaurante Pepe Nero, o único que estava aberto na cidade. Jantamos maravilhosamente bem, e o restaurante é muito charmoso. Os proprietários do restaurante foram muito gentis e nos ofereceram como cortesia um delicioso prosecco e um licor (Amaro Del Capo) produzidos na Calábria. Comemos peixe fresco, que é o ponto alto da região: atum fresco com cebola calabresa caramelizada; e peixes (atum e peixe-espada), camarões e lula grelhados. Tudo isso por 35 euros, com taxa de serviço inclusa! A cebola da Calábria (Cipolla Rossa di Tropea Calabria-ICP) é muito famosa. Ela é avermelhada e, para obter o registro do ICP, a cebola precisa ser cultivada na área geográfica identificada. Seu gosto é suave e adocicado, o que permite que seja consumida em maior quantidade do que a cebola normal. Depois desse lauto jantar e de percorrermos mais 86 km, finalmente chegamos ao nosso hotel, na região de Cosenza.  

 
Tropea
    
Marina dell'Isola, em Tropea
 
4º Dia  - Conhecendo Cosenza durante o dia (Calabria)
Como até então só conhecêramos Cosenza à noite, fomos conhecê-la de dia, e, à noite, fomos jantar na pizzaria N´ata Cosa,  que fica em Rende, cidade próxima a Cosenza (direção Cosenza Nord, na Autoestrade A3). Lá, experimentamos a verdeira pizza napolitana. Pedimos pizza frita de entrada, uma pizza cada um de presunto cru (prosciutto crudo) com mussarela de búfala e, de sobremesa, uma pizza de ricota, com castanhas, chocolate e calda de morango. Na Itália, as pizzas são individuais e do tamanho das pizzas médias brasileiras, por isso, quando se está em duas pessoas, o melhor é dividir uma pizza e uma  salada. As saladas italianas, além de deliciosas, geralmente são bem servidas e  acompanhadas de pão italiano. Aliás, todo restaurante serve uma cestinha de pão italiano que custa entre 1,50 a 2,50 euros (coperto). Como a água mineral italiana é excelente e barata (mais ou menos 2 euros uma garrafa de 1 litro), enquanto estiver na Itália, aproveite para beber bastante água mineral sem flúor.

Pizza frita do N´ata Cosa, em Rende

Pizza do N´ata Cosa, em Rende

5º Dia – Cosenza-Palmi-Scilla (Calabria)
Saímos de Consenza, pela Autoestrade A3, em direção a Scilla. Uma dica: se for parar na estrada, escolha os postos ("stazione di servizio" ou "stazione di benzina") Agip, que têm bons banheiros, lojas de conveniência e lanchonetes, onde se podem tomar  um delicioso “cappuccino“ por 1,20 euro e, se não tiver muita fome, comer um sanduíche (panino) de pão de batata recheado com presunto de Parma e muçarela de búfala por apenas 3,90 euros. - Aliás, usar banheiros em postos de Autoestrade é um problema, pois, geralmente, só podem ser usados mediante consumo. Encontrar banheiros públicos em locais turísticos é outro problema:  quando os há, são pagos. Por isso, tenha sempre moedas à mão. - Cerca de 20 Km antes de chegarmos a Scilla, paramos para conhecer a cidade de Palmi. Em Scilla, nos hospedamos no Hotel  Scilla que é muito bom e bem localizado, com café da manhã e uma pequena garagem onde se pode deixar o carro. Como a garagem é pequena, se o hóspede preferir, pode deixar o carro em um pequeno “parcheggio” localizado na praça que fica em frente ao hotel. No período de inverno, as diárias variavam entre 48 euros, sem vista para o mar, e 63 euros, com terraço e vista para o mar. Scilla é um presépio de tão linda! É considerada a Veneza do Sul da Itália, pois as casas do bairro de Chianalea ficam dentro do mar, tal como as de Veneza. Como as ruas do bairro são bem estreitas, o melhor é deixar o carro no “parcheggio” localizado no Porto di Scilla. Depois do check-in, fomos caminhar pela Via Grotte e Via Annunziata, que são as principais ruas do bairro de Chianalea, onde jantamos. Ao caminhar pelas principais ruas de Chianalea, é preciso ter cuidado com os carros dos habitantes locais que transitam pelas ruas estreitas, não raro, a uma velocidade superior a que seria recomendada. Além de Chianalea, os pontos altos de Scilla são o imponente Castello Ruffo e Via Cristoforo Colombo, onde se localiza a Spiaggia Marina Grande, com suas belas praias. Dica gastronômica em Scilla: restaurante Il Pirata, onde comemos muito bem (peixe-espada grelhado, espaguete com vongole, uma garrafa de vinho branco e um tartuffo de avelã com chocolate de sobremesa) por 45 euros. Na Itália, felizmente, o serviço vem sempre incluído nos preços. 

Chianalea  - a Veneza do Sul - vista do Catello Ruffo, em Scilla
 

6º Dia – Scilla-Reggio Calabria-Scilla (Calabria)
De Scilla a Reggio Calabria são apenas 18 km pela Autoestrade. Reggio Calabria é uma cidade bem bonita, cheia de árvores de bergamota que, à época, estavam cheias de frutos. Nossa primeira parada foi no Museo Nazionale da Magna Grécia onde estão as duas famosas estátuas em bronze que fazem parte do acervo permanente. A entrada custa 8 euros para adultos ou 5 euros para quem tem até 18 anos de idade. Cada uma dessas estátuas de bronze tem 2m de altura, com incrustração de cobre nos cílios, mamilos e lábios, com dentes de marfim e olhos de vidro. Antes de se entrar na sala das estátuas, deve-se passar por um processo de desinfecção que dura dois minutos, para que o bronze não seja contaminado. Além do acervo permanente, havia uma exposição temporária, cujo tema era Dionísio. Os objetos e utensílios exibidos nessa exposição temporária eram belíssimos. No Museo Nazionale da Magna Grécia havia vários adolescentes à disposição dos visitantes que desejassem esclarecimentos sobre o acervo. Soubemos que, a partir dos 16 anos de idade, entre a High School e a faculdade, os adolescentes italianos precisam fazer uma espécie de estágio. Por isso, havia tantos deles no museu. Depois do Museo Nazionale, fomos conhecer a Catedral, chamada de Duomo ou Basilica Cattedrale di Reggio Calabria. Antes, porém, paramos para um “gelato”, muito consumido pelos italianos também no inverno. Uma curiosidade gastronômica de Reggio Calabria: os habitantes locais costumam comer brioche recheado com sorvete (brioche con gelato). Mas, voltando ao “city tour”, a Cattedrale di Reggio Calabria, cuja fachada é muito bonita, foi reconstruída depois do terremoto de 1908. Também fomos ao Castelo Aragonês, mas ambos (catedral e castelo) estavam fechados. Voltamos à principal avenida da cidade (Lungomare) para visitarmos as ruínas das Termas Romana, que são bem pequenas, e o Anfiteatro Sen. Ciccio Franco, do qual se avista o Estreito e a cidade de Messina, na Sicília. Antes de retornarmos a Scilla, tentamos chegar ao Fortino di Pentimele, que fica no alto de um morro, a 10 Km do centro de Reggio Calabria, mas, como a estrada de acesso estava fechada, tivemos de desistir. De volta a Scilla, fomos visitar o Catello Ruffo, que está situado no alto de uma rocha e fica aberto até às 18h00. Originalmente, o Castello Ruffo era um mosteiro do século IX que foi transformado em forte pela família Ruffo em 1255. A entrada custa 2 euros por pessoa. Embora várias partes do castelo tenham sido reconstruídas, descaracterizando-o, do alto de suas muralhas pode-se avistar e tirar belas fotos do Estreito de Messina e do bairro (burgo) de Chianalea. Em seguida, fomos à Piccole Grote, à Igreja Adorazione Eucaristica Perpetua, situada em frente à Piccole Grote, e, depois, ao bairro de San Giorgio onde se localizam a prefeitura, a Chiesa San Rocco e a Piazza San Rocco da qual se tem uma linda vista da praia de Scilla. Como a esmagadora maioria dos restaurante estava fechado até a primavera, voltamos à Chianalea para jantar, desta vez no restaurante Il Casato, onde o serviço e a comida são sofisticados, e os preços são-lhes equivalentes..   

Anfiteatro Sen. Ciccio Franco, Reggio Calabria

Estátua em bronze, no Museo Nazionale da Magna Grécia

Vista do Belvedere di Piazza San Rocco, em Scilla

7º Dia – Scilla (Calabria)-Taormina-Catania (Sicilia)
Para se chegar a Sicília, deve-se pegar o "ferryboat", que sai da Villa San Giovanni, localizada entre Scilla e Reggio Calabria. Se estiver de carro, basta programar o Waze para “Traghetto Villa San Giovanni-Messina”. Para a travessia até Messina, pode-se escolher entre o "ferryboat" privado ou o estatal, embora seja preferível o privado que sai de meia em meia hora. Compre o bilhete antes de chegar ao local de embarque, ou seja, antes de entrar no porto, pois se deixar para comprá-lo no porto, pagará 8 euros mais caro, e não perca o bilhete, ao menos até a volta ao continente. O preço do bilhete de ida e volta (andata-ritorno), com estada na ilha por até 3 dias, é de 44 euros, para um carro com capacidade para cinco pessoas; o bilhete de ida e volta, com estada na ilha superior a 3 dias, custa 75 euros; e o bilhete só de ida (andata) custa 38 euros. Se comprar o bilhete para 3 dias, mas depois decidir prolongar a estada na Sicília, pagará mais 38 euros, que é o valor correspondente a um bilhete apenas de ida. Messina, onde chega o ferryboat, não nos pareceu bonita, mas não pudemos conhecê-la bem devido à chuva. De Messina a Catania são 85 km, e a estrada é pedagiada. No caminho, paramos em Taormina, que fica a 40 km de Catania, para conhecê-la, pagando 2 euros de pedágio, ao entrar na cidade. Taormina parece um presépio de tão linda! Donaldo Trump esteve lá, em 2017, para participar da reunião do G7. Deixamos o carro em um “parcheggio” com três andares que fica logo na entrada da cidade, pois não se pode transitar na parte histórica de carro. Foram 5 euros por 4 horas (o mais comum é custar até 1 euro por hora). Dica: se for comprar o bilhete em moedas na máquina do “parcheggio”, coloque a placa do carro e, em seguida, aperte o botão de + antes de colocar cada moeda. Próximo ao portal de entrada, comemos um delicioso canolo siciliano, que é uma das maravilhas da gastronomia siciliana. A outra maravilha é o babà! O canolo é um doce cuja massa, frita e crocante, é recheada com creme de ricota, com passas (gotas de chocolate ou pistache) e cascas de bergamota caramelizadas por cima. Aliás, na região Sul da Itália, come-se muito, muito bem mesmo! Horas depois, antes de deixarmos Taormina, provamos outra iguaria da região, no Rusti & Co.: o “arancino”, que é um bolinho de arroz (riso) frito, com recheios variados. Os recheados de quatro queijos, de abobrinha com camarão e de parmegiana são deliciosos! Por fora, o arancino assemelha-se à coxinha brasileira. É delicioso, sobretudo se acompanhado de uma “birra” (cerveja)! Além de Taormina, há Rusti & Co. em Tropea, Gallipoli e Roma. Voltamos a Autoestrade e, depois de 40 Km e 1,70 euros de pedágio, chegamos a Catania. No check-in, descobrimos que a cidade estava lotada de turistas devido à Festa de Santa Ágata, considerada o evento cultural mais importante de Catania. Como mal dava para caminhar pelas ruas do centro, tamanha a quantidade de pessoas, voltamos ao local onde deixáramos o carro e, no caminho, descobrimos um Wine Bar, chamado Etna Rosso (Via Etnea 256), onde havia boa música, boa comida, ótimo serviço, ótimos vinhos e, o principal, onde não havia aquela aglomeração insuportável. O horário de fechamento do Wine Bar é à 0h00.   


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Arancino, do Rusti & Co., em Taormina

8º Dia – Catania-Siracusa-Parco Nazionale Dell´Etna-Catania (Sicilia)
Dia de conhecer Siracusa e o Parque Nacional do Etna. De Catania a Siracusa são 67 km, em uma Autoestrade não pedagiada. Siracusa é linda e, embora fosse inverno, pegamos um belíssimo dia de sol. As principais atrações históricas ficam no Bairro de Ortigia, onde se localiza a catedral (Duomo). As ruas principais de Ortigia – centro histórico de Siracusa - são bem cuidadas, mas a maioria das vielas transversais está bem degradada. O Bairro de Ortigia é uma pequena ilha ligada à cidade por três pontes. Como não se pode circular de carro pelo centro de Ortigia, deve-se deixar o carro em “parcheggios” pagos, tendo cuidado para não estacionar nos “parcheggios” reservados aos residentes locais ou em áreas de tráfego limitado, para não tomar uma multa. Aliás, esse cuidado deve ser observado em toda a Itália! Em Siracusa, aos sábados e domingos, o pagamento do “parcheggio” é liberado, mas em compensação precisa-se dar dinheiro aos malditos “flanelinhas” que ficam no local. As principais atrações situadas no centro histórico são: o Templo de Apolo; a Piazza Duomo; a Catedral (Duomo); a Igreja de Santa Lucia – em cujo altar está o famoso quadro do pintor barroco Caravaggio “Il Seppellimento di Santa Lucia (O sepultamento de Santa Lucia) -; a Fonte de Diana; a Fonte Aretusa; o Castelo Maniace, além de muitos bares e restaurantes. Aos domingos, o Castelo Maniace e o Teatro Grego, distante do "Centro Storico", ficam abertos apenas das 8h30 às 13h45, mas os ingressos são vendidos somente até às 12h30. Como fomos depois desse horário, não conseguimos visitá-los, o que foi uma pena, pois, pelas fotos, o Teatro Greco teria valido a pena. O almoço foi no restaurante Al Vecchio Lavatoio, situado próximo ao Castelo Maniace e de frente para o mar, onde se servem pizzas, massas e saladas. A salada (insalata) Siracusa é uma ótima opção, servida com anchova, azeitonas pretas, bergamota, alface, tomate seco e cebola siciliana. De Siracusa, fomos em direção a Nicolosi, pela SP92, para visitar o Parco Nazionale Dell´Etna. Chegamos o mais próximo possível que se pode chegar do vulcão de carro, ficando a 2.200 metros de altitude, com uma temperatura de -1º Celsius. Lá, há hotéis, restaurantes, lojas de souvenir e uma cratera silvestre que pode ser visitada a pé. O contraste entre o negro da terra vulcânica e o branco da neve é belíssimo! Como havia muita névoa, não conseguimos ver a fumaça expelida pelo Etna, que, além de ser o mais alto vulcão da Europa, está em constante atividade. Em março de 2017, as rochas de lava expelidas por ele feriram dez pessoas.    

Siracusa, Sicilia
Lava misturada à neve no Parco Nazionale Dell´Etna

9º Dia – Catania-Palermo-Catania (Sicilia)
Dia de conhecer Palermo, maior cidade da Sicília,  a 208km de Catania. Pode-se ir a Palermo pela A19, que é uma excelente Autoestrade não pedagiada. Se estiver de carro, é importante lembrar-se de acender os faróis antes de entrar na estrada e de programar no Waze a rota com ou sem pedágio, esta, não raro, mais longa e mais movimentada. Das cidades visitadas na Sicília, Palermo foi a mais decepcionante. Seu trânsito é caótico; seu centro histórico está muito degradado e cheio de imigrantes; e a cidade apresenta os mesmos problemas vivenciados no Brasil: “flanelinhas” nos “parcheggios” das ruas, “rodinhos” nos semáforos, pedintes, moradores de rua. No entanto, a sensação de segurança é total, mesmo porque a polícia e o exército estão em toda parte. Estacionamos na avenida à beira-mar (lungomare) onde o “parcheggio” era gratuito; porém, com vários “flanelinhas” que já tinham “loteado” entre si a região. Como o centro histórico de Palermo é muito grande, as principais atrações estão bem espalhadas, obrigando o turista a caminhar bastante. As atrações que mais valeram a pena foram: as quatro fontes da Fontana Pretoria, situada nos Quattro Canti da Corso Vittorio Emanuele; o Palazzo Delle Aquille, que pode ser visitado gratuitamente e em cuja frente há uma belíssima fonte; Le Cattedrali di Cefalu e Monreale, no bairro Arabo-Normanna; e, a mais linda de todas, o Teatro Massimo. O Teatro dispõe de visita guiada e de um mirante do qual se avista a cidade. Em Palermo, não deixe de provar o canolo siciliano da doceria Ruvolo (Via Maqueda). Na volta a Catania, paramos no Sicilla Outlet Village, que fica no quilômetro 137 da A19, em Dittaino. Ele é como os Outlets de Miami, plano e com muitas lojas de grife como: Armani, Gucci, Prada, Dolce Gabbana, Michael Kors e muitas outras. De segunda a sexta, abre das 10h00 às 20h00, e de sábado e domingo, das 10h00 às 21h00. Chegando a Catania, fomos jantar em um Wine Bar chamado Il Cantiniere, onde se servem refeições ou aperitivos (antipasti). As porções de burrata, de muçarela de búfala e de presunto de Parma são deliciosas. Para acompanhar, um vinho siciliano bom e barato indicado pelo Somelier do local: Salom. Chamou nossa atenção o fato de que, ao indicar o vinho que melhor se harmonizava à comida, o Somelier não indicou o mais caro, mas sim aquele que julgava ser o melhor.   

Teatro Massimo, Palermo
Mussarela de Búfala do Wine Bar Il Cantiniere

10º Dia – Catania (Sicilia)-Cosenza (Calabria)
Devido à distância entre Catania e Matera, decidimos fazer uma parada em Cosenza, mas, antes de deixarmos Catania, passamos na melhor doceria da cidade, Pasticceria Quaranta (Piazza Mancini Battaglia, 17/20), para comprarmos os famosos canolos de pistache e babàs para a viagem. O Babà é um doce napolitano em forma de cone (pequeno, médio e grande) e embebido em rum. Pode vir ou não coberto com um creme delicioso e pedaços de frutas frescas da estação (morango, kiwi). É delicioso! A volta pela balsa foi menos organizada do que a ida, pois, na volta os carros, ônibus e caminhões não ficavam em diferentes filas como na ida. À noite, fomos jantar com amigos em um restaurante situado em Montalto Uffugo, que fica a 35 minutos de Cosenza, chamado “Il Martin Pescatore”, onde se comem peixes e frutos do mar frescos e se bebe um bom vinho (Tredicesimaluna), por um preço muito bom. 

Catania, Sicilia
 
Canolo Siciliano da Pasticceria Quaranta, em Catania


Babà acompanhado de cappuccino

11º Dia – Cosenza (Calabria) -Matera (Basilicata)-Lecce (Puglia, Península Salentina)   
Entre Cosenza e Lecce paramos em Matera, situada na região de Basilicata. De Cosenza a Matera são 200 km de distância, mas a viagem é demorada devido aos muitos radares de controle de velocidade média. Além disso, o limite de velocidade é baixo, ficando entre 70 e 90 km/h, embora os motoristas italianos parecessem não estar nada preocupados com isso. Matera é o tipo de cidade que deixa o turista boquiaberto de tão linda. Lá, foram filmados os dois filmes sobre a Paixão de Cristo, o de Pier Paolo Pasolini e o de Mel Gibson. É chamada “a cidade de pedra” (La città dei sassi). É uma das cidades mais antigas do mundo, pois suas origens remontam à Idade da Pedra. O interior de sua Duomo é belíssimo, um verdadeiro museu onde se encontram várias obras de arte. No canto de uma de suas paredes internas, podem-se admirar o que restou de dois belos afrescos: San Pietro, San Giuliano e la Madonna com il Bambino,  do século XVII, e, abaixo deste, “Le Allegorie dell´Inferno e del Purgatorio”, do século XIV, ambos de artista desconhecido. Há também um belíssimo Cristo in Croce (Cristo na Cruz). Além da cidade de pedra, pode-se fazer uma visita guiada pela Matera Subterrânea constituída das galerias de água de uma antiga cisterna. No entanto, é preciso agendar a visita guiada, cuja duração é de 25 minutos, pelo telefone +39 339 3638332. O preço do ingresso da visita guiada à cisterna é 3 euros por pessoa. Mas, como estávamos de passagem, não pudemos agendá-la. Terminamos a noite jantando em Lecce, na Osteria Degli Siriti, onde o serviço e a comida são sofisticados, e os preços são-lhes equivalentes.

Matera, La Città dei Sassi (a cidade de pedra)



12º Dia – Conhecendo Lecce
Lecce é uma cidade lindíssima que reúne, de um lado, a antiga arquitetura barroca e, de outro, a arquitetura moderna, com suas lojas luxuosas, muitas das quais da moda de Milão. Seu centro histórico, incluindo suas vielas, é lindo e está muito bem conservado. Pode-se conhecer todo o centro histórico a pé. As atrações do centro histórico são muitas, mas aqui citaremos as principais. Uma delas é a Piazza Sant´Oronzo - onde há uma estátua de bronze do padroeiro Santo Oronzo sobre uma altíssima coluna. Essa coluna era um dos marcadores finais da Via Appia dos romanos. Na Piazza Sant'Oronzo localiza-se o belo Anfiteatro Romano da época do Imperador Adriano. Também se localizam no "Centro Storico" de Lecce o Teatro Romano; a Igreja de Santa Clara; a Igreja de Santa Irene; a Catedral (Duomo) - construída por volta de 1100, mas cuja aparência atual data do século XVII, com desenho de Giuseppe Zimbalo -; o Seminário e Palácio do Bispo - que também ficam na Piazza del Duomo -; a Porta de Napoli; a Porta de Rudiae; a Porta San Biagio; e o Palazzo di Giustizia. Não deixe de experimentar o “Cicere e Tria”, que é um prato típico da região feito com tagliatelle fresco, tagliatelle frito, grão de bico e azeite. É delicioso! Outra dica gastronômica de Lecce: a Trattoria e Pizzeria La Magiàda (Corso V. Emanuele, 48), que é um bom lugar para comer e beber bem, por bom preço. Para acompanhar o “Cicere e Tria”, uma ótima opção é o vinho Masseria Ludovico (Mottola), da uva Primitivo, conhecida como Zinfandel, nos EUA. Outra especialidade da região é o Pasticciotto, delicioso bolinho em forma de navete com recheio de creme.

Anfiteatro Romano da época do Imperador Adriano, em Lecce
Cicere e Tria, da Trattoria e Pizzeria La Magiàda

13º Dia – Lecce – Otranto - Torre dell´Orso - Roca Vecchia - San Foca - San Cataldo - Lecce
De Lecce a Otrano são apenas 47 km e 35 min. de viagem. Otranto é outra cidade de tirar o fôlego, o que justifica a expressão “Oh!Tranto!”. De segunda a sábado, não se paga “parcheggio”; porém, nos domingos e dias festivos, o “parcheggio” é pago, sendo 1,50 euros por hora. As ruas do centro histórico de Otranto são impecavelmente limpas e muito bem conservadas. O centro histórico fica dentro das muralhas do Castello Aragonese, com suas torres fabulosas. A Cattedrale Annunziata, erguida em 1088 e que, à época de nossa viagem, estava sendo restaurada, é parada obrigatória. Em seu piso, há belíssimos mosaicos datados do século XII e, ao fundo de suas paredes laterais, ainda restam dois afrescos. Seu teto recém-restaurado também é muito bonito: todo entalhado em madeira. Do lado de fora das muralhas do Castello Aragonese, há um calçadão à beira-mar (lungomare) em que há uma estátua de bronze em homenagem aos 800 mártires da invasão turca de 1480. No calçadão, há cafés, restaurantes, lojas, tudo de frente para o azul-turquesa do Mar Adriático. Dica gastronômica, em Otranto: tome um delicioso cappuccino no Caffè Quartá; e, no almoço ou no jantar, experimente o atum grelhado por fora e cru por dentro, com salada (tonno con insalata), ou o peixe-espada grelhado, com salada (pesce spada con insalata), acompanhado de um vinho rosê (rosato) Duca Carlo Guarini, no “La Cucina Di Nonna Tina”. O ponto alto da gastronomia da região é o azeite de oliva, já que a Puglia é considerada a região onde se produz o melhor azeite da Itália. Na volta a Lecce, viemos pela SP366 (roteiro cicloturístico), passando por Torre dell´Orso, Roca Vecchia, San Foca e San Cataldo, todas pequenas cidades de varaneio da Península Salentina que, no inverno, transformam-se em verdadeiras cidades-fantasmas.

Castello Aragonese, Otranto
Peixe-espada grelhado com salada, do “La Cucina Di Nonna Tina”

14º Dia – Lecce – Locorotondo – Alberobello – Bari (Puglia)
Muita chuva e frio: 7º Celcius. A chuva atrapalhou bastante o passeio do dia, mas, ainda assim, conhecemos Locorotondo e Alberobello, na região dos "trulli" da Puglia. Os "trulli" são pequenas casas cilíndricas, caiadas de branco e feitas de pedra calcária. Os mais antigos "trulli", surgidos no século XVI, eram construídos sem argamassa, usando-se uma antiga técnica. Os telhados são cônicos, mas podem ser abobadados ou piramidais, com pináculos de ardósia. De Lecce a Locorotondo são 108 Km e, indo-se pela SS172, a alguns quilômetros de Locorotondo, já se podem avistar vários "trulli" espalhados pela região. Locorotondo é muito bonita, com um “parcheggio” coberto bem na entrada de seu centro histórico, mas Alberobello – conhecida como a capital dos "trulli" - é simplesmente linda, devido à maior concentração de "trulli" em seu centro histórico, sobretudo no bairro de Rione Monte onde está a bela Igreja de Santo Antônio de Pádua. A igreja, tombada pela UNESCO, também é um "trullo". Dentro da Igreja de Santo Antônio de Pádua, na parede lateral esquerda, há uma estátua do Santo dando esmolas a um mendigo. Dicas gastronômicas em Locorotondo: experimente o doce Zeppola de San Giuseppe, da Pasticceria Campanella; e, em Bari, o vinho tinto Rupicolo-2015 (DOC), de Castel Del Monte.

Alberobello
Igreja trullo de Santo Antônio de Pádua, em Alberobello

15º  Dia – Conhecendo Bari (Puglia)
Bari tem cerca de 325 mil habitantes e é muito, muito bonita! Fazia 11º Celsius, mas a sensação térmica era de menos graus porque ventava muito. Aos sábados e domingos, os “parcheggios” são gratuitos, mas há “flanelinhas”. Há um “parcheggio” bem em frente ao Teatro Piccinni, na Corso Vittorio Emanuele II, avenida próxima ao centro histórico e aos demais pontos turísticos de interesse. Dentre as principais atrações do centro histórico podem-se citar: o Castello Normanno Svevo; a Cattedrale Di San Sabino; a Basilica Di San Nicola; a Chiesa Santa Maria Degli Angeli; o Palazzo Calò Carducci, do século XVII; a Chiesa Di Gesù onde, aos domingos, há missa às 11h30. A Chiesa Di Gesù, que é da Ordem dos Cavaleiros do Santo Sepúlcro, fica no Vico Gesuiti, 17. A visita ao Castello Normanno Svevo custa 3 euros, para adultos, e 1,50 euro para quem tem até 18 anos. Antes de iniciar a visita, assista ao filme sobre a história do castelo, para melhor entender as exposições espalhadas por suas salas. Fora do centro histórico também há muito o que ver, como, por exemplo, o Teatro Margherita, a Piazza Del Ferrarese, onde acontecia uma feira de chocolate de dar água na boca, o belo Teatro Petruzzelli, a Via Melo da Bari e a Via Sparano da Bari – duas ruas indicadas para quem desejar fazer compras. Há também as belíssimas Lungomares: a Lungomare Imperatore Augusto, a Lungomare Di Crollanza e a Lungomare Nazario Sauro. No Largo Luigi Giannella, havia uma grande roda gigante (com bancos cobertos) cujo ingresso custava 9 euros e que prometia uma bela vista da cidade. Dica gastronômica em Bari: na Piazza Mercantile, há várias opções de bares, pizzarias e restaurantes. 

Lungomare Di Crollanza, em Bari

16º Dia – Bari-Polignano a Mare (Puglia) – Melfi (Basilicata)
Antes de sairmos da Puglia, fomos conhecer Polignano a Mare, que fica a apenas 37 km de Bari. Polignano a Mare é mais uma cidade de tirar o fôlego. Não confundir Polignano a Mare com Polignano D´Arco, que fica na região de Campanha, a 20 Km de Napoli. Tal como Tropea, em Polignano a Mare as casas de seu centro histórico foram construídas sobre altíssimas rochas de frente para o mar, mas em Polignano a Mare há vida, mesmo durante o inverno. Além de seu belo centro histórico, os principais locais turísticos da cidade são o “lungomare”, do qual se tem uma bela vista das casas sobre as rochas, e a pequena baía que fica sob a Ponte Borbonico di Lama Monachile (ou Ponte Polignano a Mare), próxima à entrada do centro histórico. No verão, essa pequena baía fica lotada de banhistas, embora a praia seja constituída de pedras em vez de areia. Dica gastronômica: em Polignano a Mare, há um bar e gelateria - “Il Super Mago Del Gelo” - que existe desde 1935 e está localizado em frente ao portal de entrada do centro histórico. Em seguida, fomos a Melfi, distante 174 km de Polignano a Mare. Embora tenha sido escolhida por ficar no meio do caminho entre Bari e Napoli, parar em Melfi valeu a pena. Melfi fica próxima a uma zona industrial onde há várias indústrias, dentre as quais a fábrica da Barilla e a da Fiat na qual se produzem os Jeeps Renegades. Na região também há muita produção agrícola. O pedágio até Melfi foi bem caro: 6,30 euros para percorrer 126 dos 174 Km. Como já estava escurecendo, nesse dia visitamos apenas a principal atração de Melfi: o Castello Normanno Svevo, do século XI. Dentro desse castelo há um museo em que se podem ver joias, utensílios e armas encontrados em tumbas de várias regiões da Basilicata (Lavello, Potenza, Melfi) povoadas pelos antigos romanos, durante os séculos V, a. C. até o século III d.C. O ingresso custa 2,50 euros e fica aberto até às 20h00. Dica gastronômica em Melfi: Ristorante e Pizzeria Da Mario que tem um bom preço e ótimas massas e pizzas. Dica de hospedagem próximo a Melfi: Hotel-Ristorante Farese, que fica em Foggianello (SP401, Km. 7) a apenas 7,5 km de Melfi, em uma bela região montanhosa (a 400 m) e com muito verde no entorno. 

Polignano a Mare
Castello Normanno Svevo, Melfi

17º Dia – Foggianello (Puglia) -Ercolano-Napoli (Campania)
Amanheceu com neblina e 4,5º Celsius. De Foggianello a Ercolano são 167 km, pela Autoestrade A16, pedagiada e indicada pelo Waze como o percurso mais rápido. Ao sair da estrada em direção a Ercolano, tendo percorrido 141 km e estando a 26 km de Napoli, pagamos 11,20 euros de pedágio. E mais 2,10 euros de pedágio na entrada para Ercolano (a cerca de 4,5 Km da cidade). Para visitar o Parco Archeologico di Ercolano, deve-se seguir a placa “Scavi di Ercolano”. Pouco antes do parque arqueológico há um “parcheggio” onde se deve parar o carro e cujo preço é 2 euros por hora, não admitindo pagamento de hora fracionada. O preço do ingresso do Parco Archiologico di Ercolano é 11 euros por pessoa, mas vale cada centavo. Tal como Pompeia, Ercolano foi soterrada pela erupção do Vesúvio em 24 de agosto de 79 d.C. Era uma cidade cinco vezes menor do que Pompeia, com 4 mil habitantes (Pompeia tinha 20 mil). Por isso, não é tão imponente como Pompeia, mas sua visitação é imperdível. Já em Napoli, após o check-in no hotel, fomos de metrô (1,30 euro pelo bilhete de 90 minutos) conhecer o centro histórico. Em Napoli, há três linhas de interesse, sendo duas de Metrô (Linea 2, da Trenitalia, e Linea 1, da ANM) e uma de trem metropolitano (Circumvesuviana); porém, como as linhas são administradas por empresas diferentes, a passagem não é unificada. Isso obriga o passageiro a comprar outra passagem sempre que tiver de mudar da linha de uma empresa para a linha de outra. Como as máquinas não dão troco, o melhor é comprar a passagem nos cafés ou nas tabacarias (Tabachi) que estão por toda parte. Na estação Gianturco, pode-se comprar no Caffè Fermata. Há dois tipos de passagem: de uma viagem (corso  singola, em até 90 minutos) e de 24 horas. À primeira vista, o centro histórico, tornado patrimônio histórico da humanidade em 1995, pareceu-nos bem degradado e sujo, muito diferente das cidades encantadoras até então visitadas. Nas maioria das ruas é permitido o tráfego de veículos e motos; por isso, é preciso ficar atento, pois as ruas são estreitas, e os motoristas dirigem a uma velocidade absurdamente alta. Atravessar as avenidas que ficam fora do centro histórico, sobretudo em horário de pico, também não é tarefa fácil, mesmo quando se atravessa na faixa de pedestres. Dica gastronômica em Napoli: experimente a “sfogliatella” e o “babà”, do Scaturchio (Piazza San Domenico Maggiore, 19), e a pizza, da Solopizza (Via Medina, 55/57). Dica de hotel em Napoli: Magri´s. Embora o entorno do hotel seja feio e sujo, ele tem garagem (compartilhada com o Hotel Tiempo) e café da manhã incluídos e fica próximo à Stazione Metro Gianturco - Linea 2 (650 metros). Além disso, tem serviço de Shuttle (Late Evening Shuttle Service) todos os dias, exceto aos domingos. Os horários da van que faz o Shuttle Service são os seguintes: do Hotel Magri´s para a Piazza Municipio, chegando em frente ao Hotel Mercure: às 20h, 21, 22h e 23. Da Piazza Municipio, saindo da frente do Hotel Mercure: às 20h30, 21h30, 22h30 e 23h30. A estação de metrô mais próxima do centro histórico é a Cavour.  

Parco Archiologico di Ercolano, com o Vesúvio ao fundo

Esqueletos do Parco Archeologico di Ercolano
 
18º Dia – Conhecendo Napoli
Amanheceu frio e chovendo muito, por isso, fomos ao Museo Archeologico Nazionale Di Napoli, cujo acervo é excepcional. Há quatro pisos a visitar: o subsolo, onde ficam a Coleção Egípcia e os Epígrafes; o térreo, onde ficam as Jóias Farnese e Esculturas Farnese e as Esculturas da Campania; o primeiro piso (primo piano), onde ficam os Mosaicos e Numismática, que estavam fechados; o segundo piso (secondi piano) onde fica o Salão da Meridiana (Sala dei Maridiana) que é belíssimo. Embora o ingresso custasse 12 euros por pessoa, por ser Dia dos Namorados, casais pagavam apenas um ingresso. No Salão da Meridiana (segundo e último piso), encontram-se os afrescos de Pompeia (Pompei) e as esculturas de Pompeia e Ercolano, incluindo duas maquetes – uma do Templo de Ísis, em Pompei, e outra da própria cidade de Pompei. No mesmo salão, havia uma belíssima exposição de fotos intitulada “Fotografare il Tempo – Pompei e Dintorni”, do fotógrafo Claudio Sabatino. A maioria das fotos era das ruínas de Pompei, mas havia também fotos de ruínas romanas nas cidades circunvizinhas (Napoli, Satabia, Bacoli, Pozzuoli). As fotos das cidades de Napoli, Satabia, Bacoli e Pozzuoli mostravam as ruínas em meio às edificações atuais. Saindo do Museo, fomos experimentar a “sfogliatella” e o babà de outra famosa Pasticceria da cidade, a Poppela (Via Arena Alla Sanità, 24), que fica próxima ao Palazzo San Giacomo (Piazza Municipio) em frente do qual há uma linda fonte. Na Itália, geralmente, serve-se almoço (pranzo), no máximo, até às 15h00; depois desse horário, só restam as “pasticcerias” até o horário do jantar, que começa a partir das 19h00. Da “pasticceria”, fomos conhecer a Galleria Umberto I, semelhante à Galleria Vittorio Emanuele II, de Milão; porém, menor e um pouco decadente. Dica gastronômica em Napoli: I Dduje Sugnizzi Trattoria Pizzeria (Via Santa Brigida, 49/50).

Centro Storico di Napoli

Teto da Sala dei Maridiana, no Museo Archeologico Nazionale Di Napoli 



19º Dia – Conhecendo Napoli
Iniciamos o dia com um passeio de carro à região da Piazza della Repubblica, que é muito bonita, com belas praças, calçadões, e uma linda vista do Vesúvio e do Castello dell´Ovo; porém, diante da dificuldade de se encontrar uma vaga para estacionar (em frente do Tennis Club Napoli havia carros estacionados em fila tripla), voltamos ao hotel para deixamos o carro. Do hotel, caminhamos 1,5 km até a estação Central, pegamos o metrô (Linea 2) para o centro histórico, descendo na estação Dante. A primeira visita do dia foi à Chiesa del Gesù Nuovo em frente da qual fica o obelisco Guglia dell´Immacolata, do século XVIII. A fachada da Chiesa del Gesù Nuovo é do século XV, e seu interior barroco é do século XVI. A peculiaridade de seu exterior não revela o quão bela ela é por dentro. Seu interior é magnífico! A próxima visita foi ao “Complesso Monumentale del Santa Chiara”, cuja igreja começou a ser construída no século XIV. O preço do ingresso é 6 euros, para visitar o belo jardim, com suas colunas e bancos de cerâmica pintada, seus corredores internos decorados com afrescos, suas ruínas arqueológicas, seu pequeno museu, cujo acervo é constituído de santos, fragmentos da igreja original e paramentos, e, já na saída, seu belíssimo presépio napolitano. Em seguida, fomos à Cappella di San Severo, que é uma capela-museo com belíssimas estátuas barrocas do século XVIII. Dentro da Cappella di San Severo não se podem tirar fotos, o que é uma pena dada a impressionante perfeição das esculturas que lá estão: a “Pudicizia”, de Antonio Corradini (de 1752); o “Disinganno”, de Francesco Queirolo (de 1743-54);  a "Deposizione", no Altare maggiore, de Francesco Celebrano e Paolo Persico (dos anos 60 do século XVIII); a “Pietà”, de artista desconhecido (da segunda metada do século XVI); e o “Cristo Velato”, de Giuseppe Sanmartin (de 1753).  Embora todas sejam lindíssimas, a beleza e a perfeição do “Cristo Velato” é indescritível. Simplesmente não se consegue deixar de contemplá-la. É como se um ímã nos mantivesse a seu lado. O ingresso custa 7 euros por pessoa, mas vale cada centavo! Depois fomos à Pio Monte della Misericordia. Preço do ingresso: 7 euros, 5 para visitar a igreja, e 2 euros, para visitar o museu. No entanto, o  que vale mesmo a pena é a visita à igreja onde existem sete quadros de importantes artistas barrocos, um dos quais de Caravaggio. As pinturas expostas na Pio Monte della Misericordia são: “San Pietro liberato dal carcere”, de Battistello; “Deposizione”, de Giordano; “San Pietro resuscita Tabithà” e “Cristo ospitato in casa di Marta e Maria”, de Santafede; “Buon Samaritano”, de Forli; “San Paolino libera lo schiavo”, de Azzolino; e a mais importante de todas - “Le opere di Misericordia”, de Caravaggio. A última igreja visitada antes do passeio à “Napoli Sotterranea” foi a “Duomo”, cuja fachada, toda em mármore, é magnífica! Internamente, a Duomo é linda e grandiosa. Não deixe de visitar a cripta de San Genaro, que fica sob o altar principal. O passeio à Napoli Sotterranea (Piazza San Gaetano, 68) é daqueles de que jamais se esquece. Custa 10 euros por pessoa e dura cerca de 1h15min. Os horários são: de segunda-feira a domingo, às 10h, 12h, 14h, 16h e 18h, e às quintas-feiras, às 21h. Pode-se escolher entre visitas guiadas em italiano ou inglês. O passeio é realizado a 30 metros de profundidade, passando-se por corredores que, de tão apertados, precisam ser atravessados de lado. Durante o passeio, o guia explicou que as primeiras escavações começaram há 5 mil anos, no final do Período Pré-Histórico. No século IV a.C., os gregos construíram as muralhas de Napoli; na Período Romano, mais precisamente na Era do Imperador Augusto, os romanos construíram 400 km de aquedutos; no século XVII, foi preciso aumentar o aqueduto, por isso, em 1629, um nobre napolitano construiu um novo aqueduto; em 1984, o aqueduto foi definitivamente fechado devido a uma epidemia de cólera; e, na Segunda Guerra Mundial, quando 60% da cidade foi bombardeada, os napolitanos usaram o aqueduto como abrigo antiaéreo. Terminada a visita ao aqueduto, fomos levados a uma residência próxima à Piazza San Gaetano sob a qual foram encontradas as ruínas de um antigo Teatro Romano, dos séculos I-II. O guia explicou, ainda, que, durante a Antiguidade, não se podia construir fora das muralhas, por isso, a cidade de Napoli tem sete camadas de edificações, umas contruídas sobre as outras. Como muitas das edificações atuais, além de serem habitadas, também  têm séculos de existência, não se podem destruí-las para escavar as ruínas da Antiguidade Greco-Romana. Depois de subir e descer centenas de degraus para visitar a Napoli Sotterranea, fomos jantar para repor as calorias gastas. Se, na chegada à cidade, achamos seu centro histórico feio, ao final, rendemo-nos aos encantos que Napoli esconde atrás de suas paredes. Napoli é, de fato, surpreendente e apaixonante! 
 

Chiesa del Gesù Nuovo, Napoli
20º Dia – Napoli-Coserta (Campania)
Parada de um dia em Caserta para conhecer o Reggia di Caserta, que é a versão italiana do Palácio de Versailles. O estilo é barroco e foi encomendado ao arquiteto Luigi Vanvitelli  pelo rei Carlos VII. Preço do ingresso: 12 euros por pessoa, para conhecer as três principais atrações do palácio: “Appartamenti Storici, Parco e Giardino Inglese”. Para saber os horários de visitação a cada uma das atrações, acesse o site www.reggiadicaserta.beniculturali.it, pois os horários variam ao longo do ano. O palácio é deslumbrante e muito bem conservado. Os mosaicos em mármores coloridos de seus pisos, as pinturas e os altos relevos em ouro de seus tetos e paredes, os enormes lustres em cristal de Murano de suas salas, os móveis - incluindo a cama de casal do Marechal Joaquim Murat, cunhado de Napoleão morto em 13 de outubro de 1815 em Pizzo -, tudo é de encher os olhos. Ao final do percurso, passa-se por um enorme presépio napolitano cuja perfeição das figuras e riqueza de detalhes é absolutamente impressionante. Como o percurso do palácio até o “Giardino Inglese” é muito longo (6 km, considerando ida e volta), há duas opções de transporte para quem não deseja caminhar tanto: uma van  (“navetta”), cuja passagem de ida e volta custa 2,50 por pessoa (mantenha o bilhete consigo até a volta), o as charretes. Para quem quiser fazer compras, a 13,8 km (17 minutos) de Caserta, há um Outlet (La Reggia Designer Outlet, Strada Provinciale 336 Sannitica), no estilo dos de Miami, com mais de 200 marcas, além de bares e restaurantes. Dica gastronômica em Caserta: Tre Farine, um “ristorante e pizzeria” onde a comida e o serviço são excelentes, e o preço é justo. Dica de hotel em Caserta: Hotel Golden Tulip cuja diária inclui café da manhã e estacionamento.

Interior do Palácio Reggia di Caserta


Sala do Trono, no Reggia di Caserta
Giardino Inglese, do Reggia di Caserta

21º Dia – Caserta (Campania)-Narni-Perugia (Umbria)
De Caserta a Perugia, terra do chocolate Perugina, são 282 Km pela Autoestrade A1, pedagiada. Preço do pedágio na saída para Orte, a 98 Km de Perugia: 17,80 euros. No caminho, paramos em Narni, cidade medieval que fica a 85 km de Perugia, para conhecer seu castelo (Rocca Albornoz), do século XIV. A Narni medieval fica a 4 km da Narni Scalo, que é a parte nova da cidade. As placas indicavam que havia uma Narni Sotterranea que não visitamos para não atrasar a viagem a Perugia onde chegamos com garoa e ao final da tarde. Depois do check-in, fomos conhecer o centro histórico. Os dois “parcheggios” mais próximos do centro histórico são: o da Piazza Partigiani, cuja escada rolante dá acesso à Via Masi e fica próximo à Piazza Italia, e o da Vialle Pellini, com dois lances de escadas rolantes que dão acesso à Via dei Priori. Saindo do “parcheggio” da Vialle Pellini em direção ao lado esquerdo, chega-se à Chiesa di San Bernardino e, em direção ao lado direito, chega-se à Corso Vannucci, que desemboca na Piazza Italia onde há um belvedere do qual se tem uma linda vista da cidade. Na Corso Vannucci ou próximo a ela se encontram as principais atrações turísticas do centro histórico. Passear pelo centro histórico de Perugia é como voltar à Idade Média. Embora todo ele seja lindo, o ponto alto é a Cattedrale di San Lorenzo (Duomo), iniciada em 1345, e a Fontana Maggiore, finalizada em 1278 - ambas situadas na Piazza IV Novembre. Também ficam na Corso Vannucci: o Palazzo dei Priori; e a Galleria Nazionale dell´Umbria. Na Corso Vannucci há, ainda, muitos bares, restaurantes e lojas sofisticadas. Dica gastronômica em Perugia: Osteria Dei Priori (Via dei Priori, 39) onde se fazem risotos (risoto al baccalà) e massas deliciosos que ficam ótimos com um vinho da Umbria (Delsero rosso, Montefalco). Dica de hotel em Perugia: Hotel Giò Jazz Area e Wine Area (Via R. D´Andreotto, 19) inteiro decorado com motivos de vinho e jazz, com garagem e café da manhã incluídos na diária e internet excelente. O restaurante do hotel é um dos indicados como bons, e, de fato, o é. 

Centro Storico de Perugia

Perugia vista do Belvedere da Piazza Italia



22º Dia – Perugia-Spoleto-Assisi-Perugia (Umbria)
Como amanheceu chovendo muito, fomos conhecer Spoleto e Assisi nas quais, segundo a previsão do tempo, pararia de chover no meio da tarde, o que, de fato, aconteceu. Ambas são medievais e magníficas. De Perugia a Spoleto são 63 km e de Spoleto a Assisi, 45 Km. Spoleto é a sede do Festival de Dois Mundos (hoje Festival de Spoleto), criado em 1958, que é um festival de 17 dias de duração, com exibição de ópera, teatro, exposição de arte e balé. O centro histórico de Spoleto fica no alto do morro. Para se chegar lá, há oito lances de escadas rolantes, com cerca de 30 metros cada, além de um elevador que dá acesso ao castelo (Rocca Albornoz). Como é proibido transitar de carro pelo centro histórico, exceto para residentes, há um “parcheggio” bem próximo às escadas rolantes. Para acessá-las, devem-se seguir as placas que indicam “Corso Meccanizzato – Ponte Ponzianina”. As escadas rolantes levam a quatro paradas que dão acesso a Quartiere Ponzianina, Duomo (catedral), Giro Rocca e Rocca, onde fica o castelo. Há banheiros no início das escadas rolantes (Ponzianina) e na parada “Giro Rocca”. Os principais locais turísticos de interesse são: Rocca Albornoz (aberto de terça a domingo, das 9h30 às 18h00; e fechado às segundas-feiras; ingressos vendidos até 45 minutos antes do horário de fechamento); Duomo; Museo Archeologico e Teatro Romano do séc. I a.C. (aberto das 8h30 às 19h30) ao lado do qual fica o Palazzo Ancaiani (do séc. XVII); Chiesa di San Filippo (do arquiteto Loreto Scelli e construída em 1640); Piazza Campello; Piazza Del Mercato; Piazza Pianciani; Teatro Nuovo; Piazza Torre Dell´Olio; Via Fonte Pescaia; Nouve Piazze; Ex-Monastero San Giovanni Battista; Posterna. A próxima parada foi Assisi (Assis). Se estiver de carro, há um “parcheggio” bem na entrada do centro histórico (Parcheggio Matteotti). A parte histórica de Assisi é um encanto, e a Basilica di San Francesco (Piazza Inferiore di S. Francesco, 2) é linda e grandiosa. Os afrescos de suas paredes internas são lindos. O túmulo de San Francesco (São Francisco) fica no interior da Cripta, ao fundo, no meio de quatro fileiras de bancos dispostas em cruz. A Basilica di San Francesco situa-se bem no final do centro histórico, por isso, prepare-se para uma longa caminhada de ida e volta (3,1 km da Cattedrale di San Rufino até a Basilica di San Francesco, pela Viale Umberto). No entanto, essa caminhada mal será sentida, pois, durante o percurso, há muitas outras igrejas e coisas bonitas para se ver. As igrejas e principais atrações do centro histórico de Assisi são: Santa Chiara, San Rufino, San Stefano, San Pietro, Santa Maria Maggiore, Chiesa Nuova, Tempio di Minerva (antigo templo transformado em capela), Foro Romano, Fonte Marcella. De volta a Perugia, jantamos no restaurante do hotel.

Basilica di San Francesco
Interior da Basilica di San Francesco
     
23º Dia – Perugia-Orvieto-Perugia (Umbria)
Nesse dia, estacionamos no “parcheggio” da Piazza Partigiani, que é mais moderno e bem localizado do que o da Vialle Pellini, pois, além de estar próximo à Piazza Italia, suas escadas rolantes dão acesso ao Mercato Scoperto (Mercado Descoberto), que fica à esquerda de quem sobe e onde há banheiro, e à Rocca Paolina (castelo do século XVI). A intenção era visitar a a Galleria Nazionale dell´Umbria, mas, como era segunda-feira, estava fechada. Fazia muito frio (7º graus Celsius, com sensação térmica de 3º), então, experimentamos o chocolate quente da Pasticceria Sandri (Corso Vannucci, 32), que existe desde 1860, e pegamos a estrada em direção a Orvieto, que fica a 78 km de Perugia, entre Roma e Firenze. Já na chegada ao centro histórico há um “parcheggio” (comodidades da Europa!) – o Via Roma – onde se pode estacionar, pagando no caixa automático (cassa) à saída. No “parcheggio” Via Roma, também há toilettes e mapas do centro histórico. Em Orvieto, há muito o que se ver. As principais atrações do centro histórico de Orvieto são: Orvieto Sotterranea; Torre del Moro (séc. XIII); Quartiere Medievale; Palazzo del Popolo; Pozzo di San Patrizio; Tempio Etrusco del Belvedere; Fortezza Albornoz. No entanto, a mais impressionante de todas, sem dúvida alguma, é a Duomo, cuja beleza rivaliza com a beleza da Duomo de Firenze. A facahada gótica da Duomo de Orvieto é simplesmente deslumbrante! Não é à toa que é chamada de “Le meraviglie del Duomo di Orvieto”. Os adornos da fachada e do exterior da Duomo datam do século XII ao século XX: baixos-relevos (sécs. XIII-XIV); esculturas da majestade e anjos (cópia do original do séc. XIV); esculturas em bronze (séc. XIV); roseta (séc. XIV); mosaicos (sécs. XIV-XIX); pináculos (séc. XV); portas de bronze (séc. XX); lado esquerdo (sécs. XV e XIX); lado direito (sécs. XIV e XVI). Em seu interior não há bancos, exceto nas capelas à direita e à esquerda do altar, e as missas são rezadas na capela da esquerda de quem entra. O ingresso custa 4 euros por pessoa só para visitar a catedral ou 5 euros por pessoa para visitar a catedral e o museo. Os horários de visita variam de acordo com os meses do ano. Para visitar a catedral, os horários são os seguintes: das 9h30 às 10h e das 14h30 às 17h (novembro a fevereiro); das 9h30 às 18h (março a outubro); das 9h30 às 19h (abril a setembro). Aos domingos e dias festivos, os horários de visitas à catedral são: das 14h30 às 16h30 (novembro a fevereiro); e das 13h às 17h30 (março a outubro). Já para visitar o museo, os horários são os seguintes: das 10h às 16h30 (novembro a fevereiro); das 10h às 17h30 (março a outubro); e das 9h30 às 19h (abril a setembro). Orvieto é imperdível!


Fachada da Duomo de Orvieto

24º Dia – Perugia (Umbria)-Roma (Lazio)
São 171 km de Perugia a Roma, última cidade a ser visitada. A 57 km de Roma, paramos em Nepi para fotografar seu belo aqueduto romano. Bastou meio dia em Roma, para nos lembrarmos do quão horrível é transitar de carro pela cidade: os “parcheggios” são lotados, caros e cada região da cidade tem horários e tarifas diferentes. Por isso, se estiver de carro, deixe-o na garagem do hotel, e use o transporte público, assim evitará muito estresse. E cuidado para não cair no golpe do vagabundo que, muito solícito, vende um bilhete que, supostamente, vale por quatro dias, pode ser usado em “parcheggios” e transporte público e custa 10 euros cada. Esse bilhete simplesmente não existe! É golpe! Nesse dia, fomos a Terrazza del Gianicolo, da qual se tem uma linda vista de Roma, e, depois, jantar nas proximidades da Lungotevere com o firme propósito de, no dia seguinte, explorar Roma de ônibus e/ou metrô, já que táxi, uber e Mytaxi (concorrente do Uber) são caros.

Terrazza del Gianicolo, em Roma

25º Dia – Revisitando Roma (Lazio)
Em Roma, o valor da “city tax” cobrada pelos  hotéis é de 6 euros por pessoa. Primeira ação do dia: comprar o bilhete de 72 horas em alguma tabacci. Na Itália, as tabacci são essenciais, pois nelas podem-se comprar até selos. Mas nem foi preciso encontrar uma tabacaria, pois a 100 metros do hotel havia um local, o Roma Camping in Town, que vendia os diversos tipos de passagem de transporte coletivo. Dentre as modalidades mais interessantes (www.atac.roma.it), podem-se citar: a) o bilhete integrato (Bit) válido por 100 minutos da primeira marcação e pode ser usado em  autobus, metrô e tran, sendo que no metrô é válido enquanto não se sair dele, mesmo que se mude de linha (preço 1,50 euro); b) Roma 24 que permite viagens ilimitadas em autobus, metrô e tram, dentro da capital, por 24 horas a partir da primeira marcação (preço 7 euros); c) 48 horas que permite viagens ilimitadas em autobus, metrô e tran, dentro da capital, por 48 horas a partir da primeira marcação (preço 12,50 euros); d) 72 horas que permite viagens ilimitadas em autobus, metrô e tran, dentro da capital, por 72 horas a partir da primeira marcação (preço 18 euros); e) o CIS que é o bilhete de 7 dias (preço 24 euros). Há outras modalidades, por isso, para maiores informações, acesse o site da ATAC no endereço eletrônico www.atac.roma.it É uma verdadeira libertação do automóvel! Como nosso hotel ficava a 6 km do centro, foi preciso tomar dois ônibus até a Piazza Venezia: o autobus 247, até a parada Cornelia/Aurelia, e o autobus 916, até a Piazza Venezia, na qual fica o grandioso Monumento a Vittorio Emanuele II. Para saber os itinerários das linhas de ônibus de Roma, basta consultar o Google Maps que é integrado à ATAC, empresa que administra os transportes públicos em Roma. No ônibus, o bilhete deve ser marcado apenas na primeira viagem  (posicione o furinho para baixo e do lado direito), depois, basta mantê-lo no bolso para o caso de haver fiscalização. No metrô, precisa, obviamente, ser inserido na catraca para ingressas na estação. Chegando a Piazza Venezia, fizemos o seguinte roteiro a pé, já que os locais de interesse ficam a poucos metros de distância uns dos outros: Monumento a Vitorio Emanuele II; Chiesa del Crocifisso Miracoloso, onde, no dia seguinte, às 20h, haveria um concerto gratuito; Fontana di Trevi (Piazza di Trevi); Camera di Commercio (Piazza di Pietra); Chiesa di San Ignazio di Loyola; Chiesa di San Macuto (séc. XIII-XVI); Palazzo Gabrielli (séc. XVI); Palazzo Serlupi Crescenzi (séc. XVI); Pantheon - também chamado Basilica di Santa Maria Ad Martyres -, dentro do qual está o túmulo de Vittorio Emanuele II (Piazza della Rotonda); Chiesa San Luigi dei Francesi (1598-1601), dentro da qual há três belíssimas printuras de Caravaggio. Essas pinturas estão em uma das capelas laterais da igreja – a Capella di San Matteo: à direita, “La vocazione di San Matteo”; ao centro, “San Matteo e l´Angelo”; à esquerda, “Il Martirio di San Matteo”. É um verdadeiro privilégio encontrar três pinturas de Caravaggio reunidas em uma mesma igreja! Saindo da Chiesa San Luigi dei Francesi, passamos pelo Palazzo Madama (séc. XVI), onde fica a atual sede do Senado da República Italiana, e fomos a Piazza Navona. Na Corso di Rinascimento, onde se localiza o Palazzo Madama, há várias lojas de cristais de Murano; ou seja, é um ótimo lugar para se comprar lembrancinhas ou mesmo presentes genuinamente italianos. Na Piazza Navona, com suas três belíssimas fontes barrocas – Fontana dei Quatto Fiumi (ao centro), Fontana dei Moro (ao sul da praça) e Fontana del Nettuno (ao norte da praça) -, fica a luxuosa embaixada do Brasil e a Chiesa di Sant´Agnese em cuja cripta Santa Agnese foi martirizada. No interior da igreja, a estátua da Santa, sendo coroada por dois anjos enquanto seus pés são consumidos pelas chamas, fica à direita de quem entra, tal como a estátua da irmã de Santa Agnese – Santa Emerenziana – que também foi martirizada (decaptada) pelos pagãos. Depois da Piazza Navona, pegamos o ônibus 87 para irmos ao Coliseu (Colosseo). Justamente por passar ao lado do Coliseu, o ônibus estava lotado. O ingresso para o Colosseo, Palatino e Foro Romano custa 12 euros, e o horário de visita é das 8h30 às 16h, de segunda-feira a domingo. Dica gastronômica em Roma: Ristorante Gustosando (Largo Alessandro Caravillani, 3) onde a comida é boa, e os pratos são bem servidos.

Fontana di Trevi, Roma
Colosseo, Roma

Interior do Pantheon ou Basilica di Santa Maria Ad Martyres, Roma
 
26º Dia – Roma em dia de chuva
Amanheceu chovendo e a previsão do tempo para os próximos dias não era nada promissora. Nesse dia, mesmo debaixo de chuva, fomos rever a linda Piazza San Pietro (ônibus 247 + metrô Cornelia, descendo na estação Ottaviano-Barberini). A estação Barberini é a mais próxima à Fontana di Trevi. Como a fila estava imensa, e a chuva, forte, tanto para entar na Basilica di San Pietro quanto no Museo del Vaticano, e como já os visitáramos em 2010, desistimos e pesquisamos opções de passeios em lugares fechados. Fomos conhecer a Galleria Rinascente (Via del Tritone, 61) e depois a Galleria Alberto Sordi (Piazza Colonna, 187), menor (um único piso) e mais antiga do que a Rinascente, mas seus pisos em mosaico e seu teto em vitral a tornam bem mais charmosa.  A Rinascente é uma grande e moderna galeria, com sete pisos de lojas de grife, no estilo da Galerie Lafayette de Paris, sendo o último o piso gourmet, onde, além de pizzaria, restaurante e enoteca, podem-se comprar chocolates italianos dos mais variados e deliciosos. A próxima parada foi na Chiesa di San Marcello al Corso (ou Chiesa del Crocifisso Miracoloso), situada na Piazza di San Marcello, 5, onde, às 20h, haveria um concerto gratuito, com uma soprano (Giulia Fontana) e um barítono (Fabeio Ignazio). O concerto foi lindíssimo! Os artistas cantaram, em solo ou em dueto, árias de doze compositores clássicos. Após o concerto, antes de enfrentarmos a epopeia de metrô e dos ônibus 246 ou 247 para voltarmos ao hotel, jantamos na Trattoria Galleria Sciarra (Piazza dell’Oratorio, 75, que fica próximo à  Chiesa di San Marcello e à Fontana di Trevi. O penne al salmone da Trattoria é muito bom!

Sapato de chocolate, em tamanho real, da Galleria Rinascente

Altar lateral da Chiesa di San Marcello al Corso
27º Dia – Roma em mais um dia de chuva
Mais um dia de muita chuva. Depois da frustrante visita ao Nuovo Mercato - que, nada mais é, do que uma enorme feira onde se podem comprar frutas, verduras, legumes, carnes, peixes, especiarias, temperos etc. -, fomos ao Mercato Centrale di Roma da estação Termini, que é uma enorme estação de trens (regionais e internacionais), metrô e ônibus dentro da qual há, além do Mercato Centralle, um shopping center. Felizmente, o Mercato Centralle di Roma (cujo slogan é “La bontà è elementare”) era exatamente o que buscávamos: um lugar bonito e charmoso, com banheiros limpos e ótimas opções de comida e bebida para todos os gostos e bolsos. Funciona todos os dias, das 8h às 24h. É um ótimo lugar para tomar um Spritz, uma birra (cerveja) ou um vinho e comer uma pasta a carbonara, sobretudo em um dia de muita chuva. Lá, descobrimos que Roma tem o seu próprio "arancino" (bolinho de arroz recheado e frito típico do sul da Itália), só que o de Roma chama-se supplì. Segundo os romanos, a diferença entre ambos é que o "supplì", ao contrário do arantino, não leva tomate. De qualquer modo, os dois são muito bons! No Mercato Centralle, a bebida é servida na mesa e paga imediatamente após o pedido, mas a comida não é servida na mesa. Por isso, pedimos duas bebidas e, para não perdermos a mesa, somente um de nós foi comprar as comidas. Devido ao mal tempo, esse foi o único programa do dia digno de registro. 

Mercato Centrale di Roma, na estação Termini
28º Dia – Último dia em Roma 
Como o voo só sairia às 22h, depois do check-out, fomos a Castel Gandolfo, que fica a 24 km de Roma, e depois a Ostia Antica, já que esta fica a apenas 8 km do Aeroporto de Fiumicino, onde devolveríamos o carro e embarcaríamos para o Brasil. Castel Gandolfo é onde fica a residência do Papa. A cidade é bonita e arborizada e tem um belo lago (Via Sppagia del Lago) que mal pudemos ver devido à névoa e à forte chuva que caía. Em Ostia Antica, tivemos mais sorte, porque a chuva deu uma trégua. Ostia Antica é um deslumbramento! A cidade é um grande sítio arqueológico. A entrada de seu Parco Archeologico fica logo na entrada da cidade, à esquerda, de frente para o Castello di Julio II, que fica à direita. Ostia Antica foi um importante centro comercial e portuário, e, atualmente, é conhecida pelo excelente estado de preservação de seu Parco Archeologico, com seus edifícios, afrescos e mosaicos, que datam do século VII a.C. Preço do ingresso: 10 euros por pessoa. A visita ao Parco Archeologico di Ostia Antica fechou nossa viagem com chave. Dica gastronômica em Ostia Antica: Sora Margherita-Trattoria Tipica (Via del Forno, 11), localizado no Borgo Medievale (bairro medieval), a poucos passos do Castello di Julio II. O horário de funcionamento é das 12h30 às 15h30 e das 19h às 23h, e tem Menu Bambini, ou seja, menu para crianças. O Spaghetti a Carbonara e a Lombata di vitella ai ferri (bife de vitela grelhado) são deliciosos, tal como a torta de ricota de sobremesa. “E cosi abbiamo salutato la bella Italia!” 

Parco Archeologico di Ostia Antica

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