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Urupema, SC

17/7/2019 - voltando de São Joaquim para Urubici, onde estávamos hospedados, passamos rapidamente por Urupema. 

Urupema, SC, é a cidade mais fria do Brasil. No morro das torres, a 1726m de altitude, a temperatura fica negativa por alguns dias do inverno. Infelizmente não pegamos muito frio, estava uns 6 graus às 17h, nem vimos a Cachoeira que Congela, outra atração desse lugar. De nome indígena, Urupema atraiu pela grande quantidade de araucárias (Pinheiro-do-Paraná), base da alimentação dos indígenas no período de outono-inverno (e que salvou europeus também). Com apenas 2.500 habitantes, a cidade tem poucas pousadas e infraestrutura. Logo ao chegar, paramos na Praça Manuel Pinto de Arruda, que fica em frente à Igreja Matriz de Sant'Ana, e onde há, no centro da praça, um bom lugar para tomar um chocolate quente cremoso e fazer um lanche.

 Entrada da Praça Manuel Pinto de Arruda e ao fundo o quiosque de lanches.

 Igreja Matriz de Sant'Ana, em frente à Praça Manuel Pinto Arruda.

Termômetro do Morro das Torres, às 18h do dia 17/7/2019.

São Joaquim, SC

No dia 17/7/2019, visitamos São Joaquim, capital da maçã e dos vinhos de altitude. Em 5 de janeiro de 2019, o Diário Oficial da União publicou a Lei Federal nº 13.790, de 3 de janeiro de 2019, que confere ao Município de São Joaquim o título de Capital Nacional da Maçã. Está a uma altitude de 1.360m e sua população é de pouco mais de 26.000 habitantes.

Embora os primeiros estancieiros gaúchos tenham ocupado a região por volta de 1750, a cidade atual comemora a sua fundação a partir da chegada do bandeirante paulista Manoel Joaquim Pinto, após 1866, quando da abertura de estradas ligando o povoado a Lages e a Laguna.

Mais recentemente, a cidade se tornou um excelente produtor de vinhos de altitude, com diversas vinícolas de alta qualidade reconhecidas internacionalmente. Visitamos duas, de famílias italianas, e conhecemos os donos da primeira: a vinícola Leone Di Venezia e a Villa Francioni. Em ambas há degustação e roteiro histórico para conhecer a vinícola. Acabamos, é claro, comprando uma dúzia de garrafas para trazer a São Paulo.

 Portal da cidade.

 Praça João Ribeiro.

 Igreja Matriz, totalmente construída em pedra basalto tirada dos morros próximos e trazidas em carros-de-boi.

Prefeitura Municipal de São Joaquim.

 Entrada da vinícola Leone Di Venezia, São Joaquim, SC.

 Entrada da vinícola Villa Francioni, São Joaquim, SC.

Urubici, SC

Em 16/7/2019 chegamos em Urubici, Santa Catarina, e logo depois da meia-noite fazia três graus centígrados. Hospedamo-nos em uma pousada nova e simples, mas muito limpinha (Pousada Abraço Serrano). Nesse mesmo dia decidimos subir o Morro do Campestre, ponto alto localizado em propriedade privada, na qual foi feita uma infraestrutura básica para se subir a maior parte de carro, com estacionamento. Há uma pequena fila para subir e uma taxa de R$ 10,00 por pessoa, mas vale a pena pela vista e pelas formações rochosas do topo, muito bonitas. Esse morro está a 1.100m de altitude. Infelizmente, o ponto mais alto e mais interessante, o Morro da Igreja (1822m), está interditado pela Aeronáutica para obras de reparo e asfaltamento, sendo a área militar dos radares do Comando Militar do Sul e o ponto mais alto do sul do Brasil.

Urubici tem pouco mais de 10.000 habitantes, está a 915m de altura e registrou, em 29/6/1996, o recorde negativo de temperatura do país (-17,8 graus). Faz parte do chamado Caminho das Neves e localiza-se no Vale do Rio Canoas, sendo considerada a Terra das Hortaliças e provável maior produtor delas no estado. Embora a cidade mais fria, na média, seja Urupema, SC, a uns 50 km de distância, Urubici tem muito mais infraestrutura de hotéis, pousadas e restaurantes. O ano de 1711 é o marco histórico da colonização, quando Dom João V ordena aos jesuítas a ocupação do lugar e a catequização dos índios que viviam no local. A partir de 1903, diversos colonos europeus passaram a ocupar a região.

Como atrativos turísticos, além dos morros citados, visitamos a Cascata do Avencal, queda d'água de uns 100m de altura, junto à qual fizeram um mirante de vidro interessante. Visitamos também as inscrições rupestres, dos tempos das cavernas, com 40 séculos de existência. À noite jantamos na ótima A Taberna Bistrô.

Portal da cidade.

Morro do Campestre.

 Vista do vale da cidade a partir do Morro do Campestre.

 Cascata do Avencal.

Inscrições rupestres.

Blumenau, SC

Em 15/7/2019 chegamos a Blumenau, cidade de colonização alemã do sul do Brasil, estado de Santa Catarina (SC). Era fim de tarde e nos hospedamos no famoso Hotel Glória, muito conhecido pelo excelente café colonial (Cafehaus). O hotel foi todo reformado e está bem conservado, mas os quartos são um pouco pequenos e o estacionamento lotado e com manobrista, embora uma nova área tenha sido adquirida recentemente. O Cafehaus é aberto ao público externo e muitos moradores da cidade o frequentam, principalmente no fim de semana. O café colonial funciona de segunda a sábado.

Blumenau foi fundada em 1850 pelo químico e farmacêutico alemão Hermann Bruno Otto Blumenau, que chegou em um barco pelo rio Itajaí-Açu com outros 17 compatriotas. É sede da maior Oktoberfest brasileira e importante centro industrial de tecidos e outros produtos. É o centro econômico do Vale do Itajaí, sobressaindo-se as indústrias têxtil e informática, com empresas de porte nacional e internacional, como a conhecida Companhia Hering. Ainda hoje, mais da metade da população é descendente de alemães, sendo os italianos o segundo maior grupo, pois estes colonizaram as cidades ao redor de Blumenau.

Blumenau possui alto IDH e em torno de 334 mil habitantes, sendo a terceira mais populosa do estado, atrás de Joinville (583 mil habitantes) e a capital Florianópolis (477 mil habitantes). É importante centro universitário, contando com duas universidades - a FURB, com três campi, e um campus da UFSC - além de diversos centros universitários. Conta também com cinco hospitais.

Dica de comida alemã: Bar da Vila, na Vila Germânica, com 40 bicos de chope regionais, nacionais e importados.

Passeamos pela Vila Germânica, caminhamos pela rua XV de Novembro e pela Av. Pres. Castelo Branco, que margeia o rio Itajaí-Açu.

Buffet do Cafehaus do Hotel Glória.


Rua XV de Novembro.

Rua XV de Novembro.

Rua XV de Novembro.

Castelinho hoje ocupado pela loja da Havan, Av. Pres. Castelo Branco.

Prefeitura Municipal de Blumenau, na Praça Victor Konder.

Praça Victor Konder.

Relógio das Flores, na Praça Victor Konder.

 Teatro Carlos Gomes, rua XV de Novembro.

Parte do Parque Vila Germânica.

Pomerode, SC

Visitamos Pomerode em 15/7/2019, a partir de Blumenau, onde estávamos hospedados.

Pomerode é a cidade mais alemã do Brasil. Os imigrantes da Pomerânia vieram ao Brasil no século XIX. O início da colonização remonta ao ano de 1863, como parte da colônia de Blumenau. Após a 2a. Guerra, a maior parte da Pomerânia foi anexada à Polônia. Durante o século XX, floresceu em Pomerode a indústria de cerâmica (como a porcelana Schmidt), entre outras.

Dentre as atrações turísticas da cidade, destaca-se a Rota Enxaimel, um percurso rural de 16 km com 50 casas originais dos primeiros imigrantes, tombadas pelo Patrimônio Histórico (IPHAN). São no total 220 edificações no estilo enxaimel, sendo uma das maiores quantidades fora da Alemanha. Para saber mais detalhes da cidade e sua programação cultural e turística, vale consultar o site oficial (https://www.vemprapomerode.com.br).


Pórtico do Imigrante “Wolfgang Weege” (Portal Norte).

Souvenir típico.

Casa Siewert, na Rota Enxaimel (rota turística de casas originais da época, tombadas pelo patrimônio histórico).


Centro de Pomerode.

Casa no centro de Pomerode.

Timbó, SC - Ponte da Thapyoka

Em 14/7/2019, deixamos o hotel em Joinville e, após visitar Brusque, paramos também para visitar Timbó, antes de entrar no próximo hotel, em Blumenau.

Em 5/10/2000, em Timbó - SC, foi inaugurada a ponte da Thapyoka sobre o rio Benedito, onde no século XIX foi construída a represa correspondente, além da casa em estilo enxaimel, por imigrantes alemães. Thapyoca é  também o nome do restaurante, na casa em estilo enxaimel, e da boate que fica do outro lado do rio.

Ponte da Thapyoka, represa sobre o Rio Benedito e, ao fundo, a casa em estilo enxaimel que é hoje um restaurante.


Represa sobre o Rio Benedito.


Represa sobre o Rio Benedito.

Brusque, SC

Deixamos o hotel de Joinville em 14/07/2019 rumo a Blumenau, mas antes demos uma parada rápida para conhecer Brusque, atualmente a cidade mais segura do Brasil.

Brusque é uma importante cidade industrial de Santa Catarina, sendo conhecida como a cidade dos tecidos, tendo em vista as importantes tecelagens e malharias presentes. A cidade comemora sua fundação a partir da chegada, em 1860, do Barão Von Schneeburg, nobre austríaco que liderou a expedição de 54 imigrantes alemães provenientes de Baden, sul da Alemanha.


Hotel Monthez
Casa Enxaimel - Polícia Civil de Brusque.
Pavilhão de Eventos Maria Celina Vidotto Imhof
Santuário Nossa Senhora de Azambuja.
 Parque da Esculturas.

 Parque da Esculturas.

Parque da Esculturas.

Igreja Matriz Paróquia São Luís Gonzaga.

Museu do Mar - São Francisco do Sul, SC

O Museu do Mar de São Francisco do Sul, SC, é o mais importante museu do mar da América Latina. Dentre a enorme variedade de embarcações (mais de 200), encontra-se a embarcação utilizada por Amyr Klink na travessia do Atlântico (Namíbia - Salvador, BA). Ao lado do museu estava acontecendo o Festival Gastronômico, com diversos chefs apresentando seu pratos.

 
Barcos dentro do Museu.

Nave de Amyr Klink usada na travessia do Atlântico.

 Mapa da travessia.

 Algumas miniaturas de barcos.

Algumas miniaturas de barcos.


São Francisco do Sul - SC

Em 14/7/2019 visitamos São Francisco do Sul, a partir de Joinville, onde estávamos hospedados.

São Francisco do Sul é a cidade mais antiga de Santa Catarina, onde predomina a influência da arquitetura portuguesa. Localiza-se às margens da Baía da Babitonga, ao norte da Ilha de São Francisco do Sul. Conta-se que seu descobrimento teria ocorrido em 1504, por obra dos franceses saídos do porto de Honfleur. Posteriormente, em 1553, vieram os espanhóis, que lhe deram o nome de São Francisco, mas a colonização mesma se deu em 1641, pelos portugueses. Existem na cidade diversas construções tombadas pelo IPHAN-SC.


Construções tombadas ao longo da Rua Babitonga, ao lado do Mercado Municipal, região portuária.

 Barco que faz passeios turísticos na região portuária.

 Mercado Municipal (ao fundo).

 Restaurante onde foi feito o Festival Gastronômico, na região portuária.

Localiza-se às margens da Baía da Babitonga, ao norte da Ilha de São Francisco do Sul.

Igreja Matriz.

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