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Conhecendo Mykonos



01-08-2016
CONHECENDO MYKONOS
Segundo dia, já um pouco mais pobre, dados os altos preços da ilha, decidimos que não faríamos uma maratona turística louca, mas escolheríamos uma praia para passar o dia. Após um belo café da manhã, tomamos o ônibus rumo ao centro. O ônibus para a Old City passou com 15 minutos de atraso. Em Myconos, perde-se muito tempo em paradas de ônibus, pois, além dos 30 minutos de intervalo entre um ônibus e outro, deve-se computar o atraso. Ao chegarmos a Old City, inicialmente pensamos em ir à praia de Elia, ou à praia Super Paradise, mas descobrimos que o ônibus para essas praias saía do Old Port, não da Fabrika, onde nos deixara o ônibus anterior. Seria uma boa caminhada e uma boa espera, então, decidimos tomar o ônibus que sairia em 5 minutos para a praia Paradise Beach, a qual acabou sendo uma ótima escolha, pois é linda e com boa infraestrutura, sendo também ótima para banho de mar, com areias bem “caminháveis” com os pés descalços. 
Paradise Beach, na Ilha de Mykonos
As mais famosas praias da ilha são: Elia, Ornos (a mais familiar e sem vento), Paraga (localizada à direita de Paradise Beach, a dez minutos de caminhada), Agrari, Paradise e Super Paradise (situada à esquerda de Paradise Beach). Segundo soubemos, uma parte da Elia Beach é destinada ao naturismo, mas não fomos conferir. Algumas praias são mais familiares do que outras, por isso, se estiver com crianças, melhor informar-se sobre as características das praias às quais deseja ir. 

Placa ao lado do guichê do Public Bus Stop, na Fabrika
 Chegando a Paradise Beach, notamos que havia um mercado no ponto final do ônibus e um grande estacionamento gratuito que dava na praia, a qual estava cheia de espreguiçadeiras com guarda-sóis de palha, bonitos e harmoniosos com a paisagem natural. Não tivemos dúvida: escolhemos um guarda-sol e nos instalamos, ao que um sujeito dotado de uma maquininha imprimiu nosso ticket sem nada perguntar. Foram 20 euros (10 euros por pessoa) pelo direito de uso, sem drinques nem nada, apenas do vento e do sol! Após o pagamento, recebemos um ticket com preço, dia e horário. E mesmo por esse preço, é bom não chegar muito tarde, senão não encontrará mais lugar. 

Paradise Beach, com guarda-sóis de palha e espreguiçadeiras
Na praia, não se é incomodado por ninguém. Também se podem deixar as coisas no guarda-sol sem correr o risco de serem furtadas, bem diferente do que ocorre nas praias brasileiras. Se quiser pagar mais barato por bebidas, traga-as da cidade ou compre-as no mercado que há no ponto final do ônibus. E assim passamos o dia, entre um banho de sol e de mar, uma cerveja Mythos, com aquela paisagem gratificante e gente bonita e dourada passando para lá e para cá! Voltamos ao hotel (com baldeação no centro, claro), tomamos banho, descansamos e nos arrumamos para a noite. Em Mykonos, as pessoas vão ao centro (Chora, a capital) muito bem produzidas e, como prevalecem os turistas italianos, campeões mundiais da moda, tivemos que ter certo cuidado nas vestes, para não passar vergonha. De tanto ver italianos, a ilha acabou adotando a culinária deles, e nós também: por recomendação de turistas que avaliam restaurantes no Google, fomos ao D'Angelo, famoso por excelentes pizzas, as quais eram realmente boas, não horríveis como as que se vê nos lugares turísticos de Florença. Terminado o nosso jantar, saímos a caminhar e explorar as imediações, encerrando a noite a apreciar a brisa e a vista do nosso hotel. No dia seguinte, pegaríamos o barco de volta a Atenas. A diferença entre Myconos e Santorini é a seguinte: nesta, a cidade é maior e mais bonita; naquela, as praias são mais bonitas e muito melhores para o banho de mar.

Viagem da Ilha de Santorini à Ilha de Myconos



31-07-2016
VIAGEM DA ILHA DE SANTORINI À ILHA DE MYCONOS
Dia de embarcar para Myconos, passando por Naxos (14h30). Transfer pontualíssimo, como sempre. Mas o barco atrasou 35 minutos. Enquanto esperávamos, experimentamos o Greek Coffee, que é muito forte, por ser servido com a borra do pó de café. Ironia do destino: no percurso para Myconos, a TV exibiu um documentário da National Geographic sobre o afundamento do Titanic, algo que, por motivos óbvios, não gostaríamos de lembrar naquele momento. Foram 50 minutos de Naxos a Myconos, chegando às 15h30. Chegamos a Mykonos, que significa “ilha branca”. Na mitologia grega, Mykonos é filho de Apolo, deus da luz e do sol. Descoberta por um grupo de playboys ricos que só queria se divertir, a ilha de belas praias de areias brancas ganhou grande fama, em grande parte, à Jackeline Onassis. Depois, a partir de 1980, foi a vez dos homossexuais descobrirem o paraíso descontraído dessas paragens. Hoje, o ambiente é eclético, cosmopolita e elegante, com muitos jovens, normalmente ricos, a desfrutar de festas, liberdades e praias paradisíacas, mas sem deixar de ter espaço para os que buscam sossego. A ilha já foi ocupada pelos jônicos, macedônios, fenícios, atenienses, romanos, vienenses, gregos e alemães. Sua arquitetura é a herança dessa mistura, notadamente as ocupações a partir do século XV, como constatamos ao admirar os cinco moinhos construídos pelos venezianos, no século XVI, e que se avistam do barco na chegada à ilha. A vida noturna acontece principalmente em Chora, capital da ilha, cujo bairro Little Venice é notável pelas suas casas penduradas sobre o mar e, por incrível que pareça, ainda de pé, após séculos de vento e água salgada. Nosso transfer, uma minivan, nos levou ao belo Apollonia Hotel e Resort, que se debruça sobre o morro quase em frente à praia de Agios Ioannis, famosa pelo filme Shirley Valentine, dos anos 80. Do hotel, tem-se uma vista deslumbrante! 

Vista que se tem da Praia Agios Ioannis do Apollonia Hotel 
Já no transfer que nos levou ao hotel, recebemos várias dicas do motorista, tais como: levar uma jaqueta ao sair à noite; só beber água mineral, porque a água das ilhas, além de meio salobra, não é potável; tomar cuidado com os veículos ao caminhar pelas ruas porque a maioria delas não tem calçadas nem acostamentos. Também soubemos que os ônibus e o comércio funcionavam até bem tarde. Nas praias mais badaladas, como Paradise Beach, por exemplo, há ônibus até às 4h00 da manhã. Myconos é menor e mais badalada do que Santorini. Suas praias têm areias brancas, e as casas da ilha, igualmente brancas, não podem ter mais do que dois andares. As propriedades são separadas entre si por baixos muros de pedra, como, também, em Santorini. Pode-se conhecer toda a ilha de ônibus público, já que os táxis são caríssimos. E o esquema e o preço dos ônibus públicos é o mesmo de Santorini – todos saem do centro (ou Fabrika) de Chora (também conhecida como Old City) para as demais regiões da ilha. Mas os ônibus não respeitam muito o horário afixado nos pontos, atrasando até uns 15 minutos. Isso provavelmente ocorre porque o trânsito da ilha é absolutamente caótico. Imagine uma ilha cheia de ATVs, motos, carros, ônibus e pedestres transitando em todas as direções, em ruas estreitas, tortuosas, sem acostamento nem calçadas. É uma loucura! Após o check-in no hotel e um delicioso drink de boas-vindas, passamos a tarde a tirar fotografias e aproveitar a bela praia de Agios Ioannis de cujas areias não gostamos, pois as pedrinhas misturadas à areia machucam os pés de quem, como nós, está acostumado às areias finas das praias brasileiras, aos sapatos confortáveis e aos famosos chinelos Havaianas brasileiros que, por sinal, estão por toda parte, fazendo sucesso na Grécia e mundo afora. 


Praia de Agios Ioannis, na Ilha de Myconos
Ao cair da noite, banhados e com roupas limpas, tomamos o ônibus do serviço público de transportes da ilha, cuja parada ficava em frente ao hotel, com destino à capital, de onde também partem ônibus para todas as outras praias e localidades da ilha. Não há ônibus entre localidades, de forma que sempre há que se deslocar ao centro e tomar outro ônibus (pagando de novo). Podem-se comprar as passagens no próprio ônibus, quando em trânsito, ou no guichê do Public Bus Stop, que fica na Fabrika. Como a ilha estava lotada de turistas, o ônibus já passou lotado e tivemos de fazer a viagem em pé. Lá no centro, procuramos por um restaurante que nos foi recomendado (Aglio e Olio), mas jantamos em outro, ao lado (Mediterrâneo), que parecia mais barato, mas também bom. Após o jantar, nos divertimos observando o intenso movimento e a arquitetura peculiar, com ruas estreitas e tortuosas de pedras grandes com suas bordas pintadas de branco, casinhas brancas e lojinhas de souvenirs para turistas por todo lado. Um clima descontraído e pacífico pairava sobre o povo jovem, alegre e eclético que desfilava pelas vielas apertadas da ilha. Venta bastante à noite, o que torna a temperatura bem agradável, quiçá um pouco fria. 
Fabrika (Old City), na Ilha de Myconos
À medida que as horas passavam, os casais maduros, como nós, iam batendo em retirada, enquanto a juventude, cheia de energia e ávida por diversão, ficava e agitava o lugar. Foi quando tomamos o nosso ônibus rumo ao conforto de nossos aposentos cinco estrelas! Em Myconos, tudo é bem mais caro, pois a ilha é frequentada por milionários e celebridades. O preço do litro da gasolina em Myconos também é mais alto, chegando a ser 30% mais caro do que em Atenas.

Conhecendo Santorini


30-07-2016
CONHECENDO SANTORINI
O aluguel de um carro custa em torno de 55 euros, mas optamos por usar o sistema de ônibus público e evitar responsabilidades. Tomamos o ônibus para Fira, centro de Santorini, de onde saem ônibus públicos para todas as regiões da ilha. A passagem custa entre 1,40 e 2,40, dependendo da distância ao local. O intervalo entre os ônibus variava conforme o horário, mas girava em torno de 30 minutos entre um e outro. Os ônibus são como os nossos intermunicipais, com assentos confortáveis e ar condicionado, uns mais novos, outros nem tanto. E não se preocupe com o troco, pois o cobrador tem. Ele só não tem muito bom humor. Andamos cerca de 2 Km a pé para conhecermos Fira, chegando até Imerivigli. Quanto mais se anda pela ilha, mais linda ficam as paisagens urbana e natural. As casinhas são todas pintadas de branco com tetos arredondados e janelas azuis, e as igrejinhas ortodoxas são brancas com cúpulas azuis. 

Vista das casas de Oia, na Ilha de Santorini

Igrejinha ortodoxa em Oia, na Ilha de Santorini
Voltamos de ônibus ao centro de Fira para pegarmos outro ônibus para a Red Beach, este por 2 euros devido à distância ser maior. O ônibus foi pela rota do vinho, passando pela vinícola Santo Wines e por Akrotiri, sítio arqueológico que os gregos dizem ser a Pompeia de Santorini. No ponto final, pegamos um barquinho que, por 5 euros por pessoa, levou-nos às praias vermelha, branca e preta, todas igualmente pedregosas. A areia da praia preta, chamada Perissa, é idêntica à de Kamari, a única diferença entre ambas é que em Perissa há uma falésia preta atrás da praia. O nome das praias se deve à cor de suas falésias. À praia vermelha e preta pode-se chegar a pé, de moto, carro, ônibus ou barco. Já à praia branca, pode-se chegar e sair apenas de barco. Por ser a mais isolada das três, a White Beach é a única onde as banhistas ainda fazem o topless. Depois de conhecer as praias, voltamos ao centro de Fira para pegarmos o ônibus a Oia, região onde as casas e as igrejinhas ortodoxas são ainda mais lindas do que as de Fira. Total gasto nos ônibus: 22,40 euros, menos da metade do que gastaríamos no aluguel de um carro. O dia terminou com um jantar em uma das muitas tavernas de Kamari e, depois, um drink no restaurante de outro hotel, ao som de boa música. Tudo muito tranquilo, seguro e sem aborrecimento de qualquer espécie, nem pedintes, nem vendedores ambulantes, ou seja, ninguém perturbando a liberdade e a paz dos turistas.


White Beach, na Ilha de Santorini

Red Beach, na Ilha de Santorini


Viagem a Santorini


29-07-2016
VIAGEM À SANTORINI
O transfer nos pegou no hotel, pontualmente, às 5h30, para o embarque no navio rápido Champion Jet 2, da Seajet. O destino final era Santorini, parando antes em Mykonos (10h00) e Naxos (11h00). O barco também leva motos e carros, sendo que a ordem do embarque/desembarque é: primeiro as motos, depois os carros e, por último, as pessoas. O bagageiro varia de acordo com o local de desembarque do passageiro. O fato de não termos recebido nenhum ticket das bagagens nos deixou um pouco apreensivos, mas deu tudo certo, pois ninguém pega a mala de ninguém. Quando se trata de turismo, os gregos são muito organizados e profissionais, afinal, o turismo corresponde à primeira atividade econômica do país. Os bancos do barco são numerados, por isso, não se preocupe se houver uma multidão para embarcar à sua frente. A maioria dos bancos têm a mesma configuração dos bancos de aviões, mas há alguns poucos cuja configuração se assemelha à dos trens, um virado para o outro com uma mesinha entre eles. Há dois andares, com ar condicionado, lanchonetes, banheiros, televisores e, o mais importante, salava-vidas sob o assento de cada banco. Só sentimos falta de tomadas para carregarmos os eletrônicos. Tém até um pequeno espaço para as crianças brincarem. Há três classes, a primeira (Platinum), que fica na parte de trás do barco; a segunda (Club Class), que fica no segundo piso; e a terceira, que fica no primeiro piso. Podem-se levar animais de estimação (havia vários cachorros no barco). O embarque foi rápido, e a viagem até Santorini levou cinco horas e quinze minutos, chegando à ilha às 12h15. O preço da lanchonete do barco é bem honesto: café 1,80; croissant 3,00 e garrafa de 500 ml de água 0,35, mais barata do que em Atenas onde custa 0,50. O barco balança um pouco em alguns trechos mais agitados do mar, por isso, quem enjoa deve levar um remedinho consigo. Ao desembarcar, seja rápido, pois a parada é muito, muito rápida.

 
Interior do Champion Jet 2, da Seajet
Nosso transfer para Kamari, onde ficava nosso hotel de mesmo nome, não foi uma boa experiência: a van foi lotada, e o motorista até ensaiou levar alguns passageiros em pé, mas, felizmente, na última hora, eles foram remanejados para outra van. Chegamos ao hotel às 13h30 e fomos à praia e depois à piscina. 

Praia de Kamari, na Ilha de Santorini
O mar de Santorini é azul safira, com areia vulcânica, toda ela consituída de pedrinhas negras que machucam os pés. Por isso, não se esqueça dos chinelos Havaianas. Para entrar no mar sem machucar os pés, uma boa opção é comprar uma sapatilha de neoprene ou silicone à venda na maioria das lojas de souvenir e moda praia. Na ilha, há também uma praia de areia vermelha (Red Beach), onde não se pode construir nada por ter sido tombada pela Unesco, e outra de areia branca (White Beach). No almoço, mais uma salada grega, cujos ingredientes, geralmente, são tomate, pepino, pimentão, cebola, alcaparra e queijo feta, espécie de ricota mais consistente do que a brasileira e um poco mais salgada. A rua à beira mar de Kamari é um charme, com vários hotéis, restaurantes, tavernas, sorveterias, lojas de arte e de souvernir e casas noturnas onde se pode ouvir uma boa música até quase o dia amanhecer. Um ótimo lugar para terminar a noite! Uma peculiaridade do local é o artesanato e as bijuterias confeccionados com rochas vulcânicas preta, vermelha ou branca.

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