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Região do Mar da Galileia-Safed-Nazaré-Monte Tabor



21-12-2016
Dia frio, com temperatura de 7 a 14 graus Celsius. Saímos do hotel às 7h50 em direção à Cidade Antiga de Safed para uma visita à Sinagoga de Abuhav, reconstruída no século XVIII, já que a do século XVI fora destruída por um terremoto. Antes de entrar na sinagoga, os homens precisam pôr o quipá; já as mulheres não precisam cobrir a cabeça, mas ficam separadas dos homens. Na sinagoga, há três armários que representam Abraão, Isaac e Jacó. Nesses armários são guardados os livros sagrados escritos em pergaminhos que só podem ser tocados com dedais de bronze. Há também quatro pilares representando Sara, Raquel, Lea e Rebecca.  

Safed é a cidade da Cabala, uma vertente mística do judaísmo. A cidade de Safed é habitada por judeus muito religiosos, os chamados judeus ortodoxos. As mulheres casadas cobrem os próprios cabelos com peruca ou toucas, porque os cabelos estão relacionados à sedução; já as solteiras não precisam cobrir suas cabeças. O sexo, para eles, é só para a procriação. Quando o marido deseja fazer sexo, ele deixa seu chapéu sobre a cama e, caso a mulher não queira, basta devolver-lhe o chapéu. Como a mulher não pode ficar nua perante o marido e vice-versa, as camisolas têm um buraco para permitir o ato sexual. Quanto à comida, os judeus não comem animais mortos, carne acompanhada de queijo, carne de porco, camarão e peixes sem escama os quais chamam de "peixe de gato". O queijo não pode ser comido com a carne porque é feito do leite que amamenta. Saindo da cidade de Safed, vimos um grande hospital privado. O guia nos informou que todos os hospitais eram privados, e as escolas, públicas. Nestas, as crianças aprendem três idiomas: hebraico, árabe e inglês. Os judeus pagam 40% de impostos, mas têm serviços de qualidade, incluindo plano de saúde.

Armário da Sinagoga de Safed dentro do qual está guardado o pergaminho da Torá
No caminho para Nazaré, atravessamos Caná onde Jesus, a pedido da Virgem Maria, fez seu primeiro milagre, transformando a água em vinho. Essa história ficou conhecida como as bodas de Caná. Passamos em frente a uma igreja onde, supostamente, ocorreram as bodas, mas a verdade é que ninguém sabe onde o milagre aconteceu. Os habitantes de Nazaré são árabes, e seus casamentos são arranjados pelas famílias, com a noiva devendo manter-se virgem até o dia da cerimônia, exatamente como ocorre nas famílias judias muito religiosas. Nazaré já foi visitada pelos Papas Paulo VI, João Paulo II, Bento XVI e Francisco. Em Nazaré, visitamos a Igreja da Anunciação em cujo subsolo está a gruta onde a Virgem Maria morava quando recebeu a visita do Anjo Gabriel anunciando-lhe que ficaria grávida de Jesus. A Igreja foi construída pelos cruzados, já que a anterior fora destruída em 614 d.C. 

Fachada da Igreja da Anunciação
Gruta onde morava a Virgem Maria quando recebeu a visita do Anjo Gabriel anunciando-lhe que ficaria grávia de Jesus, na  Igreja da Anunciação
Ainda em Nazaré, visitamos a Igreja de São José, em cujo subsolo está a casa e a carpintaria do pai do menino Jesus. 

Carpintaria de São José, pai de Jesus, localizada no subsolo da Igreja de mesmo nome
No pátio da Igreja da Anunciação, podem-se ver as ruínas da Nazaré do tempo em que Jesus lá morou. Todo o complexo pertence à Ordem dos Franciscanos. Depois, paramos em uma loja de souvenirs para comprar rosários de madeira de oliveiras e fomos em direção ao Monte Tabor, parando no caminho para o almoço, já que, das 12h00 às 14h00, as Igrejas ficam fechadas. Não gostamos nem do lugar, nem da comida, nem dos preços. O cardápio era churrasco grego de peru e legumes variados (servidos no prato, por 15 dólares cada, ou no pão sírio, por 12 dólares cada) mais um refrigerante por pessoa. Depois do almoço, fomos ao Monte Tabor onde ocorreu a Transfiguração de Jesus Cristo. Na ida, vimos o Morro do qual os rabinos quiseram atirar Jesus Cristo. Também avistamos a cidade de Nein, onde Jesus ressuscitou o filho morto de uma viúva. Para subir ao topo do Monte Tabor, é necessário trocar o ônibus por uma van, já que os ônibus não podem subir. A boa notícia é que o preço da passagem das vans estava incluído no pacote. 
A Igreja da Transfiguração fica no topo do Monte Tabor e suas torres foram construídas em forma de tendas pelos padres da Ordem dos Franciscanos sobre as ruínas da igreja dos cruzados, do século XII, que, por sua vez, foi construída sobre a Igreja Bizantina que lá existiu entre os séculos IV e VI. Os Franciscanos a concluíram em 1924. Do lado direto de quem entra na igreja, há uma capela com um afresco do Profeta Elias fazendo sua oferenda a Deus. O mosaico do piso dessa capela é do século IV, e as ruínas que ficam do lado de fora da igreja, são do século XII. Do lado esquerdo de quem entra na igreja, há outra capela com um afresco de Moisés. O mosaico piso também é do século IV d.C. 

Igreja da Transfiguração, no Monte Tabor
Os Profetas Moisés e Elias apareceram a Jesus durante sua Transfiguração no Monte Tabor. Assim é contada a Transfiguração na Bíblia:

“Seis dias depois, tomou Jesus consigo a Pedro e aos irmãos Tiago e João e os levou, em particular, a um alto monte. E foi transfigurado diante deles; o seu rosto resplandecia como o sol, e as suas vestes tornaram-se brancas como a luz. E eis que lhes apareceram Moisés e Elias, falando com ele. Então disse Pedro a Jesus: Senhor, bom é estarmos aqui; se queres, farei aqui três tendas; uma será tua, outra para Moisés, outra para Elias. Falava ele ainda, quando uma nuvem luminosa os envolveu; e eis, vindo da nuvem, uma voz que dizia: Este é o meu Filho amado, em quem me comprazo; a ele ouvi. Ouvindo-a os discípulos, caíram de bruços, tomados de grande medo. Aproximando-se deles, tocou- lhes Jesus, dizendo: Erguei-vos e não temais! Então, eles, levantando os olhos, a ninguém viram, senão Jesus."

A Ordem dos Franciscanos conseguiu permissão do Sultão Turco Abdel Hamid para cuidar dos locais da Terra Santa, no período em que os turcos ocuparam Israel. A Ordem dos Beneditinos Alemães também é responsável por alguns locais da Terra Santa.
Nesse dia, chegamos ao hotel muito cedo, às 15h00, quando poderíamos ter feito os passeios e as compras em Nazaré com mais calma e retornado pelas 17h00, ao escurecer.
Um problema dos pacotes turísticos é o horário de saída e de chegada aos hotéis que é sempre muito cedo. Aliás, na Jordânia, o horário de saída do hotel passou de 7h50 para 7h30. A correria dos passeios também é estressante, pois não há tempo para ouvir a explicação do guia e tirar fotos. Para estas, o tempo que nos dão é, geralmente, pequeno. Outro problema é que não se tem tempo para escolher onde comprar souvenirs e almoçar, pois os locais são previamente escolhidos pelos guias. A consequência é que se compra e se almoça nos lugares mais caros, e nem sempre a comida vale o que custa. Normalmente, os almoços, com refrigerante ou água incluída, variam de 15 e 20 dólares por pessoa, o que é bem caro, dependendo do tipo e da qualidade da comida. Como ainda estava claro, aproveitamos para fazer um passeio pelo kibbutz, a fim de conhecê-lo e tirar algumas fotos, embora houvesse um tour pelo kibutz agendado para 18h15 ao qual não fomos porque estava muito frio.

Jardim da casa de um morador do kibutz

Conhecendo Tel-Aviv-Cesareia Marítima-Haifa-Acre


20-12-2016
Antes de sairmos de Tel-Aviv, fomos ao Bairro de Hope ou Jaffa (Tel-Aviv Jaffa) fundado pelos cananeus na Idade do Bronze. Nesse bairro, fica a Igreja de São Pedro em cujo altar há uma pintura de Deus falando a Pedro, que estava faminto, para que sacrificasse e comesse a carne dos animais. A região foi conquistada por Ramsés II, Cleópatra e Napoleão Bonaparte. Foi em Jaffa que a baleia cuspiu o Profeta Jonas. Na saída de Tel-Aviv, passamos pelo Bairro de Hertsliya, onde fica a Microsoft e a estátua de Theodor Herzl, criador do sionismo cujo corpo está enterrado em Jerusalém. Passamos ao largo de Netanya, que significa "um presente de Deus para o povo escolhido". Em seguida, fomos para Cesareia Marítima, que fica a 56 km de Tel-Aviv. Cesareia levou 12 anos para ser construída por Herodes, O Grande, que a chamou assim para homenagear o imperador romano Cesar Augusto. Na cidade, havia um grande porto, um estádio para corrida de cavalos e para lutas entre cristãos, um templo e um aqueduto que trazia água doce do monte Carmelo, utilizando a gravidade. Depois da morte de Herodes, O Grande, que reinou de 37 a 4 a.C., Cesareia foi ocupada pelos romanos. Após a queda do Império Romano, foi ocupada pelo Império Bizantino, depois pelos muçulmanos até que, em 1099, foi tomada pelos cruzados que nela ficaram até 1265, quando foram destruídos pelos muçulmanos, liderados por Saladino. Assim, o templo construído por Herodes foi substituído por uma igreja cristã bizantina, uma mesquita e outra igreja cristã que foi totalmente destruída pelas tropas de Saladino. Era o lugar de residência dos governadores romanos, incluindo Pôncio Pilatos. Em 1250, já na época dos cruzados, Cesareia foi visitada pelo rei Luís, de França. 

Anfiteatro de Cesareia Marítima
Depois de Cesareia, fomos a Haifa que, atualmente, é uma cidade moderna e rica, a única do país com campo de golfe. Em Haifa, vivem judeus, árabes e drusos que também são muçulmanos. Haifa é a terceira cidade mais importante do país. Foi fundada pelos cananeus, e seu porto é o mais importante de Israel. É por ele que os japoneses exportam seus produtos, a fim de pagarem menos tributos do que pagariam se usassem o Canal de Suez. Na década de 1990, vieram muitos judeus russos e etíopes para a cidade. Embora a região tenha muita vegetação, as florestas do país não são naturais, pois foram plantadas e têm irrigação permanente. 
Em Haifa, fomos a Igreja Stella Maris, no Monte Carmelo, dentro da qual há uma grupa onde viveu o Profeta Elias. A Bíblioa conta que Deus aceitou a oferenda de Elias, mas não aceitou a dos 450 falsos profetas de Baal que acabaram por ser mortos. Em 1799, Napoleão transformou a igreja em um hospital para seus soldados, vinte e cinco dos quais estão enterrados sob um pequeno obelisco localizado bem na entrada da igreja. A igreja do Monte Carmelo deu origem à Ordem das Carmelitas, porque, no século XIII, a Virgem de Carmen apareceu ao inglês Simão Stock e lhe entregou o escapulário como símbolo de sua proteção. Simão Stock, então, fundou a Ordem das Carmelitas, sendo seu primeiro Prior Geral. De lá, fomos aos jardins persas de Bahá'i onde há um templo dessa seita dentro do qual está enterrado seu fundador. Bahá'i foi fundada por Bahá'u'lláh que se dizia deus. Há dezenove jardins porque ele tinha dezenove discípulos. A seita Bahá'i surgiu no século XIX e crê na unidade de todas as religiões. 

Jardins do Templo de Bahá'i, com o porto de Haifa ao fundo
Saindo de Haifa, fomos a Acre (Akko, em hebraico). Para ir a Acre, passamos sob um túnel cujo pedágio custou 25,60 shekels. Nas autopistas de Israel, não há cabines de pedágio porque a cobrança é feita por câmeras, e a cobrança é enviada ao endereço do proprietário do veículo. A cidade de Qerayot, onde Judas Iscariotes nasceu, fica próxima a Acre. No caminho, paramos no restaurante Mobarsham para o almoço self-service, com saladas, prato principal, sobremesa, água e café incluídos, por 17 dólares por pessoa. Esse almoço estava muito bom. Aliás, geralmente, o preço das refeições não incluídas no pacote varia entre US$15 e US$20. Acre, que significa dunas de areia, tem 150 mil habitantes dos quais 99% são árabes, mas não há qualquer perigo para o turista, uma vez que os conflitos se concentram na Faixa de Gaza. Acre foi a última fortaleza dos cruzados que lá chegaram em 1099, ficando até 1250, quando foram expulsos pelos mamluks que eram soldados turcos escravizados pelos muçulmanos egípcios. Os mamluks expulsaram os últimos cruzados pondo fim à Era das Cruzadas. As muralhas construídas ao redor da fortaleza de Acre impediram que Napoleão a invadisse quando esteve na região. Os cruzados fugiram dos mamluks por túneis subterrâneos que davam no Porto, túneis esses pelos quais nós também passamos. 

Mesquita dentro da Fortaleza de Acre (Akko)

Fortaleza de Acre (Akko), último bastião dos Cruzados
Saindo de Acre, fomos ao Kubbutz Lavi-Hot Wing, na Galileia, onde ficaríamos hospedados por duas noites. Lavi em hebraico significa leão.

Deserto da Judeia - Massada - Mar Morto



19-12-2016
Tel-Aviv significa Colina da Primavera. A cidade existe desde 1909 e tem 650 mil habitantes (Israel tem 8,2 milhões de habitantes, e a Palestina, 4 milhões). O território de Israel tem 500 km de extensão por 130 km de largura. De 1917 a 1948, Tel-Aviv pertenceu aos ingleses. Já a Palestina é a região que pertenceu ao Império Turco Otomano por 400 anos. Todas as embaixadas e o Ministério de Defesa estão em Tel-Aviv, e os consulados e os demais Ministérios estão na capital Jerusalém. 
Nesse dia, saímos da frente do hotel Dan Panorama. Esse hotel fica em frente a um belo calçadão de uma bonita praia. Pegamos a estrada em direção ao deserto da Judeia que fica 800 km acima do mar, enquanto o Mar Morto fica a 400 km abaixo do mar. No deserto da Judeia ainda vivem beduínos (há 186 mil no país). É um deserto diferente porque em vez de areia é formado por pedras. Os pergaminhos do Mar Morto foram achados nas cavernas do deserto habitadas pelos essênios. Acredita-se que, nos cerca de dezoito anos em que Jesus desapareceu, teria vivido entre os essênios, pois os pergaminhos falavam do Velho Testamento e antecipavam coisas do Novo Testamento. Por isso, para os estudiosos, a origem do Cristianismo é a seita dos essênios que viviam ao lado do Morto. 
Durante o passeio, o guia contou a história da guerra da Independência de Israel, conhecida como a Guerra dos Seis Dias, quando, em 1967, 600 mil judeus lutaram e venceram seis estados árabes que se recusaram a aceitar o acordo da divisão do país entre árabes e judeus sugerido pelo brasileiro Oswaldo Aranha. 93% das terras do país são do governo, e as construções recebem uma permissão (espécie de leasing) de 99 anos. Essa lei é da época dos turcos. Israel não tem energia nuclear, mas apenas um centro de pesquisa em Dimona. Sua energia é comprada do Iran, México, Venezuela e Egito, mas, recentemente, foi descoberto gás no Mar Mediterrâneo. Por isso, a gasolina é bem cara, custando o equivalente a sete reais o litro. A economia do país é constituída de segurança, para defender o Estado, além de diamantes extraídos da África, do turismo e da agricultura. As árvores frutíferas mais comuns são figueiras, laranjeiras, tamareiras, mangueiras, árvores de romãs  e oliveiras. Israel desenvolve tecnologia de ponta. O Waze, por exemplo, foi desenvolvido no país e vendido ao Google por 3 milhões de dólares. 
No ida a Massada, passamos pela cidade de Modehin, em construção desde 1998, por determinação de Yitzhak Rabin, e projetada para ter 200 mil habitantes, dos quais 85 mil já moram lá. A cidade é toda planejada. Os fios são subterrâneos para que a cidade se pareça às cidades antigas. Também passamos pela Cisjordânia e atravessamos a cidade de Beit Hanina cujas habitações eram muito semelhantes às de Modehin. Ao longo da estrada, havia um muro com câmeras para impedir a entrada de imigrantes palestinos os quais, entre 2000 e 2005, trabalhavam em Israel, mas agora não mais. Passamos por Ramallah, cidade de José de Arimateia que cedeu seu túmulo para que Jesus pudesse nele ser sepultado. Também passamos pela cidade de Jericó, a mais antiga do mundo e onde fica o Monte das Tentações que, infelizmente, nesse dia, só avistamos da estrada. Lá, foi construído um mosteiro por cristãos gregos ortodoxos. O Mar Morto, assim chamado porque tem 34% de salinidade contra 3% nos demais, evapora 1 km por ano. Na verdade, não é um mar, mas sim um lago de 60 x 20 km, com 400 metros de profundidade. Por isso, existe um projeto para regenerá-lo interligando-o ao Mar Mediterrâneo e ao Mar Vermelho. O projeto, porém, não é implementado porque isso prejudicaria as indústrias que se utilizam de seus minerais, sobretudo de seu magnézio, como a indústria de fertilizantes.
Antes de chegarmos a Massada, vimos vários Ibeks, animal típico da região, e paramos 30 minutos em uma fábrica de cosmético feitos com a água, os minerais e a lama do Mar Morto. A fábrica se chama Ahava, que em hebraico significa amor. A empresa exporta seus produtos para o mundo todo e fatura 198 milhões de dálares por ano. Passamos, ainda, por um kibbutz chamado En Gedi onde antes ficava um oásis de Herodes no qual se fazia um perfume muito cobiçado pela rainha egípcia Cleópatra. 

Ibeks que vivem na região do Mar Morto
A Fortaleza de Massada foi uma fortaleza construída por Herodes, O Grande, que nunca chegou a usá-la. É chamado O Grande porque foi um grande construtor. Herodes reinou por 33 anos, de 37 a 4 a.C. Massada tinha 37 torres de guarda e foi tomada por 8000 soldados romanos em 62 a.C. Mas, na noite anterior à invasão dos soldados romanos, os homens da cidade se reuniram na sinagoga da fortaleza e decidiram que o melhor seria degolar suas famílias e se suicidarem em seguida para não serem escravizados pelos romanos que já estavam prontos para invadir o local na manhã seguinte. As ruínas têm uma peculiaridade interessante: apresentam uma linha preta que separa o que é original do que foi restaurado, como se vê nesta foto:

Ruínas a Sinagoga de Massada onde os homens da cidade tomaram a trágica resolução
Ruínas da Biblioteca do Palácio de Herodes, em Massada
Depois da visita à fortaleza, à qual se sobe por meio de um teleférico, semelhante ao que leva ao Morro do Pão de Açúcar, almoçamos em um restaurante self-service que fica à direita de quem entra em Massada. Saindo de Massada, à direita, avistamos o morro de Sodoma no qual não encontraram qualquer objeto que indicasse ter existido alguma civilização ali. Na volta, paramos na praia de Neve Midbar Beach para um banho no mar morto. 

Rampa que dá acesso à Neve Midbar Beach
No entanto, antes de chegarmos à praia, o guia nos deu três recomendações: que não usássemos prata no mar para não escurecê-las; que não deixássemos entrar água nos olhos nem na boca e que, ao boiar, não virássemos de barriga para baixo, pois, devido à alta concentração de minerais, nem sempre o banhista consegue desvirar seu corpo com facilidade, podendo vir a se afogar. Para os banhistas, há duchas na praia e nos banheiros. Como era inverno, a praia não estava bonita, e as águas do mar estavam muito frias. Mesmo assim, alguns se aventuraram a nadar e a passar a lama pelo corpo. Retornamos às 16h30 para Tel-Aviv.

Cairo - Istambul - Tel-Aviv


18-12-2016
Dia perdido em aviões e conexão. O voo do Cairo a Istambul levou apenas duas horas, mas a conexão no aeroporto internacional de Istambul foi de quatro horas. Tivemos de acordar às 5h00 porque, no aeroporto do Cairo, é preciso passar pelo detetor de metais e pela revista antes do check-in e, novamente, antes de entrar no avião. Em Istambul, passamos por outro detetor de metais e outra revista para ingressar na área de embarque internacional. Aliás, em Istambul, há uma hora a mais do que no Cairo e, em Tel-Aviv, o fuso é o mesmo do Egito. Como a conexão era de quatro horas, fomos ao guichê da Turkish Airlines para pegar os vouchers de almoço com os quais se podem comer algumas coisas na praça de alimentação do Duty Free. E, pasmem, antes de entrar no avião que nos levaria a Tel-Aviv, outro detetor de metais e mais uma revista, pela quarta vez no dia. Na chegada à Tel-Aviv, o guia nos aguardava para nos levar ao hotel onde o jantar estava incluído. O aeroporto Ben Gurion é muito bonito. Foi projetado por um arquiteto argentino e, durante o dia, sua iluminação é natural. De suas belas colunas, saem ar quente, no inverno, e ar frio, no verão. Após o check-in no Hotel Grand Beach (pertencente à mesma cadeia do Grand Court, onde nos hospedaríamos em Jerusalém), jantamos no próprio hotel e fomos descansar.

Aeroporto Ben Gurion, em Tel-Aviv

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