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Moscou, Rússia




Teatro Bolshoi

Shopping Gum

Igreja de São Basílio

Igreja ortodoxa localizada no Kremlin

Museu Histórico do Estado

20/07/2014 – Chegada a Moscou, Rússia

No check-out do hotel, precisamos pagar 200 rublos por pessoa referentes à taxa de registro de turista na cidade (é lei!). Essa taxa é paga para o hotel, e eles se encarregam do registro junto às autoridades. Mas, em Moscou, não precisamos pagá-la. Pegamos a linha vermelha do metrô, às 6h20, e fomos até o entroncamento com a linha verde, estação Ploshad Vosstania, ao lado da estação Moskovsky Vokzal, de onde sai o trem rápido Sapsan. O trem 753 saiu pontualmente às 7h00 em direção a Moscou onde chegaria às 11h00. Embora o trem fosse confortável, com vagão-restaurante, banheiro, bagageiro, bancos como os de avião com mesinhas atrás, quatro canais de áudio (dois de rádio, um de musica instrumental e outro de áudiobook) e serviço de bordo, na segunda classe não havia tomadas, e o Wi-Fi era pago. Também era possível solicitar o táxi durante a jornada. Preço de um café: 150 rublos. Além disso, quando compramos a passagem, pela internet e em russo, não foi possível visualizar a posição dos bancos, razão pela qual tivemos de viajar de costas. No nosso vagão, havia três fileiras de bancos virados para a traseira. A viagem levou apenas 4 horas. Em Moscou, o preço do bilhete do metrô é 40 rublos. Ao contrário de São Petersburgo, as placas das estações de metrô de Moscou não são bilíngues, ou seja, não estão traduzidas para o inglês. Outra diferença em relação às estações de metrô de São Petersburgo é que, nas de Moscou, há pelo menos dois lances de escada antes de se chegar às escadas rolantes. Para quem está com mala, isso é um problema. Com raras exceções, os trens são tão antigos, barulhentos e assustadores como os de São Petersburgo, e também andam em alta velocidade. Há 12 linhas de metrô: linha 1-vermelha (Socolhnitcheskaia (em russo: Сокольническая), inaugurada em 1935); linha 2-verde-escura (Zamoskvoretskaia (em russo: Замоскворецкая), inaugurada em 1938); linha 3-azul-escura (Arbatsko-Pokrovskaia (em russo: Арбатско-Покровская), inaugurada em 1938; linha 2-azul-clara (Filiovskaia (em russo: Филёвская), inaugurada em 1958); linha 5-marrom ou anel (Kolhtsevaia (em russo: Кольцевая), inaugurada 1950); linha 6-laranja (Kalujsko-Rijskaia (em russo: Калужско-Рижская), inaugurada em 1958; linha 7-roxa (Tagansko-Krasnopresnenskaia (em russo: Таганско-Краснопресненская), inaugurada em 1966; linha 8-amarela (Kalininskaia (em russo: Калининская), inaugurada em 1979); linha 9-cinza (Kalininskaia (em russo: Калининская), inaugurada em 1983; linha 10-verde-clara (Liublinsko-Dmitrovskaia (em russo: Люблинско-Дмитровская), inaugurada em 1995; linha 11-azul-clara (Kakhovskaia (em russo: Каховская), inaugurada em 1995; linha 12-cinza-clara (Butovskaia (em russo: Бутовская), inaugurada em 2003). Chegamos ao hotel às 12h30. No check-in, também precisamos apresentar o passaporte e o papel da imigração que preenchêramos no trem de Helsinque à Rússia. Ficamos no Holiday Inn Simonovsky Moscow, que fica a uns 200 metros da estação Proletarskaya da linha 7-roxa. O hotel era excelente: quarto amplo, Wi-Fi, TV, frigobar, chaleira elétrica com sachês de chá, café, açúcar e creme, cofre, tábua e ferro de passar roupa e secador de cabelo, mas sem o café da manhã incluído na diária. Como o café custava 1100 rublos, usamos o mesmo esquema de São Petersburgo: as comprinhas no supermercado. As ruas de Moscou são muito largas, e, em muitas delas, há passagens subterrâneas para a travessia em vez de faixas de pedestres. Os temporizadores que marcam o tempo da travessia são bem mais realistas do que os de São Petersburgo, dando mais tempo para o pedestre atravessar. Saímos do hotel às 14h10 em direção à Praça Vermelha, que recebeu esse nome porque “vermelho” significa formoso. No caminho, almoçamos em um restaurante japonês do shopping Podium Concept Store. Comemos dois temakis, dois sushis de caviar, uma cerveja japonesa e um refrigerante por 1800 rublos. Depois do almoço, fomos à Praça Vermelha e à Igreja de São Basílio. A Igreja de São Basílio foi construída em meados do século XVI em homenagem a Ivan, o Terrível, que mandou cegar os arquitetos que a projetaram para que nunca mais fizessem outra igual a ela. Para conhecer a Igreja internamente pagamos 250 rublos cada, e, durante a visita, descobrimos que ela é muito mais bonita por fora do que por dentro. Para nossa decepção, ela foi desmontada e  transformada em um museu, com seus retábulos deslocados de seus locais originais e distribuídos pelos vários compartimentos da igreja. Os afrescos das paredes também precisam de uma restauração. A Igreja do Sangue Derramado, de São Petersburgo, é incomparavelmente mais bonita! Saímos da Igreja e fomos conhecer o Shopping Gum, construído entre 1890 e 1893, verdadeiro templo do consumo de luxo, com várias lojas de grife. Tomamos um picolé, bem semelhante ao eskibon, de um famoso empório do shopping, que nos custou 50 rublos cada. Tal como ocorre nas estações de metrô de São Petersburgo e de Moscou, nos corredores do Shopping Gum quase não há bancos para se sentar. Parece que os russos não gostam muito de bancos. Nas igrejas ortodoxas, também não há bancos, pois os fiéis costumam fazer suas orações ou assistir às missas em pé. Além do Shopping Gum, há o Tsum Moscou, centro comercial mais caro e luxuoso da Rússia, localizado ao lado do Teatro Bolshoi. No final do dia, jantamos em um English Pub próximo à Praça Vermelha. Embora o ambiente fosse bem semelhante ao dos pubs ingleses, a porção de fish and chips era infinitamente menor. Valor da conta: 1072 rublos por uma água, uma cerveja e uma porção de fish and chips. Muitos rublos para pouca comida! No caminho para o hotel, às 20h30, encontramos uma feira livre na qual compramos algumas frutas. Ao atravessarmos a passagem subterrânea que levava ao hotel, notamos que nela não havia uma única luz queimada, nem sujeira no chão, nem pedintes, marginais ou drogados. Aliás, nos seis dias que passamos na Rússia, não presenciamos nada que nos fizesse sentir inseguros. As mulheres russas costumam usar joias, o que revela a falta de preocupação com roubos e a segurança das ruas. Quanto à limpeza, é uma espécie de obsessão: há sempre alguém limpando banheiros, ruas, escadarias, igrejas, enfim, as cidades são muito limpas.

São Petersburgo, Rússia





Fortaleza de São Pedro e São Paulo
Interior da Fortaleza de São Pedro e São Paulo

Estação Finlândia onde Lênin desembarcou com os bolcheviques em abril e outubro de 1917
Estátua de Lênin na praça em frente à Estação Finlândia
Locomotiva que levou Lênin a São Petersburgo em abril e outubro de 1917

19/07/2014 – Terceiro dia em São Petersburgo 

Saímos do hotel mais tarde, às 13h00, porque, na noite anterior, ficáramos acordados até tarde procurando hotel em Moscou, nossa próxima parada. Aliás, em Moscou, os hotéis ou são muito distantes do centro, ou muito caros. No caminho para o metrô, embora fosse um sábado, às 13h20, encontrarmos uma casa de câmbio aberta e aproveitamos para trocar 50 euros por 2330 rublos. Em São Petersburgo e Moscou, é muito fácil encontrar casas de câmbio. Nesse dia, lanchamos no Burger King, próximo à Fortaleza de São Pedro e São Paulo, pois já era tarde e não queríamos perder tempo. Preço de dois combos, um de hambúrguer e outro de frango: 528 rublos. Fomos à Fortaleza de São Pedro e São Paulo, cujo ingresso, somente para visita à catedral, foi 250 rublos cada. Na bilheteria, um autofalante avisava aos visitantes que tomassem cuidado com batedores de carteira. A Fortaleza é deslumbrante, com altares laterais e central, bem como o púlpito, totalmente revestidos em ouro. Saímos da Fortaleza e fomos a pé à Estação Finlândia, estação de trens (e hoje também de metrô) na qual Lênin desembarcou com os Bolcheviques para fazer a Revolução em outubro de 1917, depois de sua primeira tentativa malsucedida, em 16 de abril do mesmo ano. Na verdade, a Estação atual foi erguida sobre a original em 1970. Do café da estação, onde paramos para tomar uma cerveja local e uma água, vimos e fotogramos a locomotiva que trouxe Lênin e os Bolcheviques à cidade em abril e em outubro de 1917. Só não pudemos nos aproximar mais dela, porque ela ficava dentro da área de embarque da estação. Uma curiosidade: nas duas ocasiões, a locomotiva foi dirigida pelo mesmo maquinista. No caminho para a Estação Finlândia, passamos em frente ao lindo parque do Palácio de Verão, o Summer Garden, cuja entrada era franca por ser sábado. Em frente à estação, há uma linda praça com várias fontes e a estátua de Lênin fazendo um inflamado discurso ao povo, que foi erguida em 1926. Às 19h00, voltamos à Nevsky Prospekt e paramos no Starbucks que fica ao lado do Almirantado para lanchar, descansar e usar o Wi-Fi. Preço de dois chás quentes, dois croissants de queijo e dois muffins de blueberry: 770 rublos. O atendente falava inglês, mas o menu era escrito em russo. Depois do lanche, fomos tirar algumas fotos do segundo andar do Gostinyy Dvor, de onde se tem uma bela vista da avenida, e voltamos ao hotel, pois, no dia seguinte, precisaríamos acordar muito cedo para pegarmos o trem rápido que nos levaria a Moscou.

São Petersburgo, Rússia




Três fotos da Igreja do Sangue Derramado
Almirantado

18/07/2014 – Segundo dia em São Petersburgo

A primeira visita do dia foi à estátua de Catarina, a Grande, que fica na Nevsky Prospekt. É a única estátua dela na cidade. Os russos ainda têm muito o que aprender em relação a marketing: nos locais turísticos, sempre há pessoas, geralmente mulheres, anunciando algum passeio ou atração com megafones e/ou microfones, mas sempre em russo, o que, para turistas estrangeiros, não adianta absolutamente nada. Aliás, vimos uma quantidade enorme de turistas russos viajando por São Petersburgo e Moscou, o que talvez explique a pouca preocupação com o aprendizado da língua inglesa para atender a turistas estrangeiros. Depois da estátua de Catarina, a Grande, ainda na Nevsky Prospekt, passamos pelo Gostinyy Dvor, shopping com mais de 300 lojas abrigadas em um belíssimo prédio de dois pisos e com lindas arcadas. O Gostinyy Dvor é o principal centro de compras da cidade desde meados do século XVIII. Depois do Gostinyy Dvor, fomos à Igreja do Sangue Derramado, uma das maravilhas de São Petersburgo. A Igreja do Sangue Derramado tem um estilo russo, diferentemente da maioria das edificações da cidade cujo estilo é Barroco ou Neoclássico. É chamada também de Igreja da Ressurreição. Foi construída em 1881, no local em que Alexandre II fora assassinado, para servir-lhe de memorial. Sua restauração durou 20 anos, e suas portas foram reabertas ao público em 1997. Preço do ingresso: 250 rublos cada. Ainda que custasse dez vezes mais, valeria a pena, pois a Igreja é de tirar o fôlego, muito mais bonita do que a moscovita Igreja de São Basílio, que fica na Praça Vermelha. Em uma das lojas próximas à Igreja, compramos nossa Matrioshka e descobrimos que há dois tipos: as pintadas à mão e as pintadas à máquina, bem mais baratas do que as anteriores. Nesse dia, para ganharmos tempo, fizemos um rápido lanche em um dos muitos cafés da Nevsky Prospekt no qual comemos panqueca de caviar (cujo preço na Rússia é bem baixo), croissant com presunto de Parma, capuccino e Pepsi Light, por 820 rublos. Depois do lanche, fomos ao Museu Hermitage. Como já eram 15h00, e o museu fechava às 17h30, compramos ingressos apenas para a exposição principal. Os ingressos custaram 800 rublos, 400 cada. No Hermitage, para tirar foto sem flash, pagam-se mais 200 rublos por pessoa. É proibido tirar fotos das exposições temporárias, mas não das permanentes; também são proibidas bolsas ou mochilas, casacos compridos, sombrinha, sapato de salto e bebida. Cansados da visita ao Hermitage, dentro do qual se caminha muito, voltamos ao hotel para um banho antes do jantar. Fomos jantar em uma pizzaria chamada Da Vinci, que fica nas proximidades da Catedral de São Isaac. Pedimos uma vodka muito boa: a Russian Standard PYCCKИИ CTAHДAPT, e eu tomei uma taça de vinho branco da Geórgia. Quanto à comida, era gostosa, como todas as que provamos na Rússia, mas a pizza de pepperoni tinha pouco recheio, e a quantidade do meu penne a quatro queijos era bem pequena. Valor da conta: 1590 rublos. Aliás, na Rússia, a quantidade de comida geralmente é pequena, e eles não têm o hábito de servir o couvert. Em algumas lanchonetes ou restaurantes, há dois preços, um para russo e outro para turista, o que nos deixou bastante indignados, já que, no Brasil, a Constituição Federal proíbe qualquer tipo de discriminação. Em uma cafeteria, que ficava próxima ao hotel, a diferença entre os dois preços chegava a 65%, mas obviamente recusamo-nos a comer nesses lugares. Antes de voltarmos ao hotel, passamos no supermercado 24h para comprar água e não fomos muito bem tratados pela caixa que não sabia uma única palavra em inglês. Aliás, nem todos os comerciantes têm paciência com o turista que não fala a língua deles, embora o povo seja muito paciente e educado, sobretudo no transporte público.

São Petersburgo, Rússia




Igreja ortodoxa próxima ao hotel

Catedral de São Isaac
Vista da Fortaleza São Pedro e São Paulo do alto da torre da Catedral de São Isaac
Praça do Museu Hermitage

17/07/2014 – Chegada a São Petersburgo, Rússia

Dia da viagem à Rússia. Fizemos o check-out e pegamos o bonde 2 para a estação central. Embarcamos às 9h45 na segunda classe do Allegro, trem rápido da marca Alston, que nos levaria a São Petersburgo, na Rússia. O trem saiu pontualmente, às 10h00, com chegada prevista para as 14h36, com fuso de uma hora a mais em relação a Helsinque e sete horas a mais em relação ao Brasil. Estávamos ficando cada vez mais “confusos”... Mais cansados, certamente, estávamos. Quanto ao câmbio, 1 real equivalia a 15,66 rublos. O trem é sensacional: confortável, espaçoso, silencioso, bancos com mesinhas como os de avião, banheiros, bebedouro, Wi-Fi, tomadas, serviço de bordo para quem quisesse comprar alguma bebida ou comida, vagão-restaurante (número 4), venda de tickets de táxi e câmbio para rublos. Embora o trem atingisse a velocidade máxima de 220 Km/h, a velocidade máxima atingida em alguns momentos da viagem foi de 218 Km/h. Ao longo da viagem, precisamos preencher dois formulários (uma  declaração de bagagem e outro de entrada e permanência no país), mostrar os passaportes duas vezes (uma logo depois do embarque e outra na saída da Finlândia, quando, finalmente, nossos passaportes foram carimbados, já que, até então, tínhamos recebido apenas um carimbo: o da entrada na Alemanha). Na fronteira com a Rússia, o trem parou para outra fiscalização: dessa vez, os guardas estavam com um cachorro preto que, repentinamente, apareceu correndo pelos corredores, provavelmente um farejador de drogas. Imagine o susto que levamos! Assim que cruzamos a fronteira da Finlândia com a Rússia, ficamos sem internet, e a paisagem mudou: agora as casinhas ao longo da linha do trem não eram mais bonitinhas como as da Finlândia. O trem também começou a buzinar, o que até então não vinha fazendo, talvez devido aos vários cruzamentos com a linha do trem. Em Vyborg, parada e outra fiscalização, pedido de passaporte e outro carimbo, agora de entrada na Rússia. Aliás, a policial comparou nossa fisionomia com a da foto com bastante atenção. Fomos informados por um guarda que não precisaríamos preencher a declaração de bagagem, se não tivéssemos nada a declarar. E, de fato, não tínhamos. Às 13h07, trouxemos do vagão-restaurante um café, dois biscoitinhos à Maria Antonieta (macarrom) e uma cerveja russa Baltika 3 Classic, tudo delicioso, mas por 12,40 euros, precinho bem indigesto. Durante a viagem, vimos muita coisa feia e degradada ao lado de outras novas, recém-construídas, típico de um país que está-se reconstruindo. Ficamos hospedados no Sokos Olympia Garden, localizado atrás do jardim de mesmo nome. O valor de três diárias foi 299,34 euros, sem café da manhã. Aliás, na Rússia, geralmente, a diária não inclui café da manhã, o qual, nos hotéis, costuma ser absurdamente caro. Como no país as roupas são caras, mas a comida é barata, a melhor opção é tomar o café da manhã em uma cafeteria próxima ao hotel ou fazer uma comprinha no supermercado e tomá-lo no quarto do hotel que, não raro, tem sachês de café, chá, açúcar e creme e chaleira elétrica para aquecer a água. Mas não se esqueça de verificar se o frigobar tem sensor, pois, se tiver e você retirar algum produto para colocar suas compras, pagará pelo produto retirado mesmo sem  tê-lo consumido. O Olympia Garden é muito bom: todo reformado, cama king size, internet aberta, ar condicionado, frigobar, ferro e tábua de passar roupa, secador de cabelo, tomadas como as da Escandinávia e fica a apenas uns 200 metros da estação do metrô Tekhnologichesky Instituti. A Tekhnologichesky Instituti fica no entroncamento das linhas azul e vermelha do metrô. Ao sairmos da estação de trem Finlandsky Vozdal (onde chegam os trens provenientes da Finlândia), andamos em direção à esquerda e, virando a esquina, encontramos a estação de metrô Ploshad Lenina, na qual comprarmos as passagens de metrô. Importante: em São Petersburgo, não há City Pass 24h; pode-se optar pela passagem individual ou pelo bilhete de 20 viagens que é mais barato. Há cinco linhas de metrô: linha 1-vermelha (Devyatkino Prospekt Veteranov, inaugurada em 1955); linha 2-azul (Parnas Cúptchino, inaugurada em 1960); linha 3-verde (Primorskaia Rybatskoie, inaugurada em 1967) ; linha 4-laranja (Spasskaia Ulitsa Dybenko, inaugurada em 1985); linha 5-violeta (Komendantskii Prospekt Volkovskaia, inaugurada em 2008). E elas funcionam das 5h45 às 24h. São as mais fundas do mundo, com túneis das escadas rolantes chegando a 120 metros de profundidade. Atualmente, há obras de ampliação em curso, com término previsto para 2025 e túneis que terão mais de 150 m de profundidade. As portas das estações do metrô ficam sempre entreabertas e são muito pesadas. Os russos sempre seguram a porta para a pessoa que vem atrás, e os que entram caminham pela direita, enquanto os que saem, pela esquerda. Desse modo, não há confusão. Como algumas escadas rolantes estão em reforma, e os túneis são muito fundos, não há empurra-empurra, para evitar acidentes. Tal como na Escandinávia (e no mundo todo), as pessoas esperam o último sair para somente depois entrar no vagão. Na portaria do hotel, precisamos apresentar o passaporte e o papel da imigração que tínhamos preenchido no trem de Helsinque à Rússia. O papel da imigração deve ser mantido dentro do passaporte até que se deixe o país, quando ele será retido pelas autoridades russas. Aliás, na Rússia, é preciso andar com o passaporte para o caso de ser abordado por algum policial. Embora isso não tenha ocorrido conosco, presenciamos isso em uma estação do metrô na qual dois rapazes foram abordados por policiais. Próxima ao hotel, havia uma linda igreja ortodoxa com cúpulas pintadas de azul com estrelas douradas que visitamos assim que saímos do hotel. Felizmente, eu tinha um véu na mochila, pois, para entrar nas igrejas ortodoxas, as mulheres precisam cobrir a cabeça com véu e não podem estar de bermuda nem minissaias; e os homens não podem entrar de bermuda. Saindo da igreja, fomos andando em direção ao rio Neva, para conhecer a Catedral de São Isaac. No caminho, entramos em um supermercado local 24h para conhecer. As vodkas são muito baratas; uma Stolishnaya custa apenas 329,90 rublos, o que equivale a 21 reais. Para fazer a conversão, basta dividir por 15,66 reais. Em São Petersburgo, o trânsito de veículos é intenso e bastante perigoso: os motoristas dirigem em alta velocidade, fazem fila dupla para fazer conversão, e não vimos placas com limite de velocidade nem alguém sendo multado. Atravessar na faixa de pedestres também requer um certo cuidado, pois as ruas são largas (como também em Moscou), e há vários cruzamentos sem semáforos para carros ou pedestres. O tempo marcado pelos temporizadores geralmente é insuficiente para a travessia, ao contrário de Moscou onde o tempo exibido pelo temporizador é suficiente para a travessia. Em São Petersburgo, a localização é fácil, pois todas as esquinas têm placas com o nome da rua e a numeração. Detalhe: na Rússia, farmácia é Anteka, enquanto na Escandinávia e Alemanha é Apotek. E as há em profusão. Como passava das 18h00, fomos à evening visit da Catedral de São Isaac. Compramos ingressos apenas para a Colonnade de onde se tem uma linda vista da cidade. Preço do ingresso: 300 rublos cada. Se também incluísse o museu (interior da Catedral), seria mais caro. Para subir à Colonnade, são 201 degraus. Haja fôlego! Mas a vista que se tem de lá de cima é tal qual a cidade: deslumbrante! Foi a primeira vez que vimos uma das peculiaridades da Rússia: para sair bem nas fotos, as mulheres vão a locais turísticos muito bem vestidas e maquiadas. Também é comum ver noivas tirando fotos em locais turísticos. Vimos várias! Aliás, ao contrário dos homens, as mulheres russas chamam a atenção por sua beleza e feminilidade. Geralmente, são magras, altas, loiras e, no verão, usam vestidos leves e acinturados. Saindo da Catedral de São Isaac, jantamos em um Irish Pub que fica bem perto dali: Radio Ireland. Aliás, nessa região encontram-se vários pubs, bares e restaurantes. Pedimos uma comida local: gold russian style pike-perch. Como, na Rússia, as porções são sempre pequenas, pedimos ainda uma porção de garlic bread with cheese, que consiste em um biscoito frito, semelhante à polenta frita, só que um pouco mais escuro, com queijo parmesão ralado por cima. Delicioso! Preço da conta: 2140 rublos, com dois pratos, dois chopes Guiness de 0,5 ml, uma água, um Mojito e uma porção de garlic bread with cheese. Na hora de pagar a conta, a máquina de cartões de crédito apresentou um problema e só aceitou o Visa Travel Money que, por sorte, também tínhamos levado. Aliás, esse tipo de cartão foi de grande utilidade tanto na Escandinávia quanto na Rússia, pois equivale a dinheiro vivo e permite saque em ATMs com a Rede Plus. Um problema relacionado aos cartões de crédito é que, na Rússia, nem sempre o valor da fatura aparece no visor da máquina antes de se colocar a senha, o que gera uma certa insegurança para quem está pagando. A Rússia é o lugar ideal para quem gosta de sopas, pois elas muito apreciadas pelos habitantes. Saindo do Pub, fomos tirar fotos em frente ao Hermitage e caminhamos até a Nevsky Prospekt (Prospekt significa avenida), a rua mais badalada da cidade. Chega-se a ela pela linha azul ou verde do metrô, já que ela fica no entroncamento dessas duas linhas. Na Nevsky Prospekt, tiramos fotos em frente ao Almirantado, ao lado do qual há um Starbucks, que funciona até às 23h00, e vimos dois locais aos quais pretendíamos voltar no dia seguinte: a belíssima Igreja do Sangue Derramado e a igualmente bela Fortaleza de São Pedro e São Paulo. Aliás, São Petersburgo é uma cidade lindíssima! Terminamos o dia comprando nosso café da manhã em um pequeno supermercado 24h onde não havia um único funcionário que falasse inglês, mas que tinha a vantagem de ficar ao lado do hotel.

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