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Igreja ortodoxa próxima ao hotel |
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Catedral de São Isaac |
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Vista da Fortaleza São Pedro e São Paulo do alto da torre da Catedral de São Isaac |
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Praça do Museu Hermitage |
17/07/2014 – Chegada a
São Petersburgo, Rússia
Dia
da viagem à Rússia. Fizemos o check-out e pegamos o bonde 2 para a estação
central. Embarcamos às 9h45 na segunda classe do Allegro, trem rápido da marca
Alston, que nos levaria a São Petersburgo, na Rússia. O trem saiu pontualmente,
às 10h00, com chegada prevista para as 14h36, com fuso de uma hora a mais em
relação a Helsinque e sete horas a mais em relação ao Brasil. Estávamos ficando
cada vez mais “confusos”... Mais cansados, certamente, estávamos. Quanto ao câmbio, 1 real equivalia a 15,66
rublos. O trem é sensacional: confortável, espaçoso, silencioso, bancos com
mesinhas como os de avião, banheiros, bebedouro, Wi-Fi, tomadas, serviço de
bordo para quem quisesse comprar alguma bebida ou comida, vagão-restaurante
(número 4), venda de tickets de táxi e câmbio para rublos. Embora o trem
atingisse a velocidade máxima de 220 Km/h, a velocidade máxima atingida em
alguns momentos da viagem foi de 218 Km/h. Ao longo da viagem, precisamos
preencher dois formulários (uma declaração de bagagem e outro de entrada e permanência no país), mostrar
os passaportes duas vezes (uma logo depois do embarque e outra na saída da
Finlândia, quando, finalmente, nossos passaportes foram carimbados, já que, até
então, tínhamos recebido apenas um carimbo: o da entrada na Alemanha). Na fronteira com a
Rússia, o trem parou para outra fiscalização: dessa vez, os guardas estavam com
um cachorro preto que, repentinamente, apareceu correndo pelos corredores, provavelmente
um farejador de drogas. Imagine o susto que levamos! Assim que cruzamos a
fronteira da Finlândia com a Rússia, ficamos sem internet, e a paisagem mudou:
agora as casinhas ao longo da linha do trem não eram mais bonitinhas como as da
Finlândia. O trem também começou a buzinar, o que até então não vinha fazendo,
talvez devido aos vários cruzamentos com a linha do trem. Em Vyborg, parada e
outra fiscalização, pedido de passaporte e outro carimbo, agora de entrada na Rússia. Aliás, a policial comparou nossa fisionomia com a da foto com bastante
atenção. Fomos informados por um guarda que não precisaríamos preencher a
declaração de bagagem, se não tivéssemos nada a declarar. E, de fato, não
tínhamos. Às 13h07, trouxemos do vagão-restaurante um café, dois biscoitinhos à
Maria Antonieta (macarrom) e uma cerveja russa Baltika 3 Classic, tudo delicioso, mas por
12,40 euros, precinho bem indigesto. Durante a viagem, vimos muita coisa feia e
degradada ao lado de outras novas, recém-construídas, típico de um país que
está-se reconstruindo. Ficamos hospedados no Sokos Olympia Garden, localizado
atrás do jardim de mesmo nome. O valor de três diárias foi 299,34 euros, sem
café da manhã. Aliás, na Rússia,
geralmente, a diária não inclui café da manhã, o qual, nos hotéis, costuma ser absurdamente
caro. Como no país as roupas são
caras, mas a comida é barata, a melhor opção é tomar o café da manhã em uma
cafeteria próxima ao hotel ou fazer uma comprinha no supermercado e tomá-lo no quarto do hotel
que, não raro, tem sachês de café, chá, açúcar e creme e chaleira elétrica para
aquecer a água. Mas não se esqueça de verificar se o frigobar tem sensor,
pois, se tiver e você retirar algum produto para colocar suas compras, pagará
pelo produto retirado mesmo sem tê-lo
consumido. O Olympia Garden é muito bom: todo reformado, cama king size,
internet aberta, ar condicionado, frigobar, ferro e tábua de passar roupa,
secador de cabelo, tomadas como as da Escandinávia e fica a apenas uns 200
metros da estação do metrô Tekhnologichesky Instituti. A Tekhnologichesky
Instituti fica no entroncamento das linhas azul e vermelha do metrô. Ao sairmos
da estação de trem Finlandsky Vozdal (onde chegam os trens provenientes da
Finlândia), andamos em direção à esquerda e, virando a esquina, encontramos a
estação de metrô Ploshad Lenina, na qual comprarmos as passagens de metrô. Importante: em São Petersburgo, não há City Pass 24h;
pode-se optar pela passagem individual ou pelo bilhete de 20 viagens que é mais
barato. Há cinco linhas de metrô: linha 1-vermelha (Devyatkino ↔ Prospekt
Veteranov,
inaugurada em 1955); linha 2-azul (Parnas ↔ Cúptchino, inaugurada em 1960); linha 3-verde (Primorskaia ↔ Rybatskoie, inaugurada em 1967) ; linha 4-laranja (Spasskaia ↔ Ulitsa
Dybenko,
inaugurada em 1985); linha 5-violeta (Komendantskii
Prospekt ↔ Volkovskaia, inaugurada em 2008). E elas funcionam das 5h45 às 24h.
São as mais fundas do mundo, com túneis das escadas rolantes chegando a 120 metros de profundidade. Atualmente,
há obras de ampliação em curso, com término previsto para 2025 e túneis que
terão mais de 150 m de profundidade. As
portas das estações do metrô ficam sempre entreabertas e são muito pesadas. Os
russos sempre seguram a porta para a pessoa que vem atrás, e os que entram
caminham pela direita, enquanto os que saem, pela esquerda. Desse modo, não há
confusão. Como algumas escadas rolantes estão em reforma, e os túneis são muito
fundos, não há empurra-empurra, para evitar acidentes. Tal como na
Escandinávia (e no mundo todo), as pessoas esperam o último sair para somente depois entrar no
vagão. Na portaria do hotel, precisamos apresentar o passaporte e o papel
da imigração que tínhamos preenchido no trem de Helsinque à Rússia. O papel da imigração deve ser mantido
dentro do passaporte até que se deixe o país, quando ele será retido pelas
autoridades russas. Aliás, na Rússia, é preciso andar com o passaporte para o
caso de ser abordado por algum policial. Embora isso não tenha ocorrido
conosco, presenciamos isso em uma estação do metrô na qual dois rapazes foram
abordados por policiais. Próxima ao hotel, havia uma linda igreja ortodoxa com
cúpulas pintadas de azul com estrelas douradas que visitamos assim que saímos
do hotel. Felizmente, eu tinha um véu na mochila, pois, para entrar nas igrejas ortodoxas, as mulheres precisam cobrir a cabeça
com véu e não podem estar de bermuda nem minissaias; e os homens não podem
entrar de bermuda. Saindo da igreja, fomos andando em direção ao rio Neva,
para conhecer a Catedral de São Isaac. No caminho, entramos em um supermercado
local 24h para conhecer. As vodkas são muito baratas;
uma Stolishnaya custa apenas 329,90 rublos, o que equivale a 21 reais. Para
fazer a conversão, basta dividir por 15,66 reais. Em São Petersburgo, o
trânsito de veículos é intenso e bastante perigoso: os motoristas dirigem em
alta velocidade, fazem fila dupla para fazer conversão, e não vimos placas com
limite de velocidade nem alguém sendo multado. Atravessar na faixa de pedestres também requer um certo cuidado, pois
as ruas são largas (como também em Moscou), e há vários cruzamentos sem
semáforos para carros ou pedestres. O tempo marcado pelos temporizadores
geralmente é insuficiente para a travessia, ao contrário de Moscou onde o tempo
exibido pelo temporizador é suficiente para a travessia. Em São Petersburgo, a localização é fácil, pois todas as esquinas têm
placas com o nome da rua e a numeração. Detalhe: na Rússia, farmácia é Anteka,
enquanto na Escandinávia e Alemanha é Apotek. E as há em profusão. Como passava das 18h00, fomos à evening visit da Catedral de São Isaac.
Compramos ingressos apenas para a Colonnade de onde se tem uma linda vista da
cidade. Preço do ingresso: 300 rublos cada. Se também incluísse o museu
(interior da Catedral), seria mais caro. Para subir à Colonnade, são 201 degraus.
Haja fôlego! Mas a vista que se tem de lá de cima é tal qual a cidade:
deslumbrante! Foi a primeira vez que vimos uma das peculiaridades da Rússia:
para sair bem nas fotos, as mulheres vão a locais turísticos muito bem vestidas
e maquiadas. Também é comum ver noivas tirando fotos em locais turísticos.
Vimos várias! Aliás, ao contrário dos homens, as mulheres russas chamam a atenção por sua
beleza e feminilidade. Geralmente, são magras, altas, loiras e, no verão, usam
vestidos leves e acinturados. Saindo da Catedral de São Isaac, jantamos em um
Irish Pub que fica bem perto dali: Radio Ireland. Aliás, nessa região encontram-se vários
pubs, bares e restaurantes. Pedimos uma comida local: gold russian style pike-perch. Como, na Rússia, as porções são sempre pequenas, pedimos ainda uma porção de garlic bread with cheese, que consiste
em um biscoito frito, semelhante à polenta frita, só que um pouco mais escuro,
com queijo parmesão ralado por cima. Delicioso! Preço da conta: 2140 rublos,
com dois pratos, dois chopes Guiness de 0,5 ml, uma água, um Mojito e uma porção de garlic bread with cheese. Na hora de
pagar a conta, a máquina de cartões de crédito apresentou um problema e só
aceitou o Visa Travel Money que, por sorte, também tínhamos levado. Aliás, esse
tipo de cartão foi de grande utilidade tanto na Escandinávia quanto na Rússia,
pois equivale a dinheiro vivo e permite saque em ATMs com a Rede Plus. Um problema relacionado aos cartões de
crédito é que, na Rússia, nem sempre o valor da fatura aparece no visor da
máquina antes de se colocar a senha, o que gera uma certa insegurança para quem
está pagando. A Rússia é o lugar ideal para quem gosta de sopas, pois elas muito apreciadas pelos habitantes. Saindo do Pub, fomos tirar fotos em frente ao Hermitage e
caminhamos até a Nevsky Prospekt (Prospekt significa avenida), a rua mais
badalada da cidade. Chega-se a ela pela linha azul ou verde do metrô, já que
ela fica no entroncamento dessas duas linhas. Na Nevsky Prospekt, tiramos fotos
em frente ao Almirantado, ao lado do qual há um Starbucks, que funciona até às
23h00, e vimos dois locais aos quais pretendíamos voltar no dia seguinte: a belíssima Igreja do Sangue Derramado e a igualmente bela Fortaleza de São Pedro e São Paulo. Aliás, São Petersburgo é uma cidade lindíssima! Terminamos o
dia comprando nosso café da manhã em um pequeno supermercado 24h onde não havia
um único funcionário que falasse inglês, mas que tinha a vantagem de ficar ao
lado do hotel.
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