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Viagem ao Uruguai - Viagem a Punta Del Este

14-11-2016
Terceiro dia - Dia quente e ensolarado, com temperatura máxima prevista de 27 graus. Dia ideal para conhecer Punta Del Este, que fica a 130 km de Montevideo. O acesso é pela Ruta 1B. A rodovia é muito boa, com pista dupla e pedagiada. Foram dois pedágios na ida e dois na volta, 75,00 pesos cada, totalizando o equivalente a R$37,50, o que, proporcionalmente, é mais caro do que a ida à Colônia de Sacramento, uma vez que a distância a Punta é menor. Punta Del Este é uma cidade linda, com largas avenidas e belos prédios de apartamentos de frente para o mar. 

Hotel Conrad, em Punta Del Este
Punta Del Este
Um pouco mais distante da praia, há casas com belos jardins e sem muros de proteção. Lembra muito as cidades da Flórida, como Miami, Palm Beach e Fort Lauderdale. Aliás, o fato de as casas e prédios não terem muro revela que os uruguaios não vivem em um permanente estádio de sítio como nós brasileiros devido à falta de segurança. 

Parada no restaurante Virazón para uns drinks, acompanhados de um ceviche de salmão. Depois, passeio pela cidade, com parada na Playa Brava para fotos em Los Dedos. 

Los Dedos, em Punta Del Este

Para nos despedirmos da carne e do vinho uruguaios, jantamos novamente no La Perdiz. Aliás, às segundas-feiras, em Montevideo, muitos restaurantes não abrem. 

Mousse de doce de leite, coberta com nozes picadas, do La Perdiz
Adoramos nossos três dias no Uruguai, o povo é educado e bonzinho, as cidades que visitamos são lindas, e a comida e a bebida são ótimas! Quanto à compras no Duty Free, os preços do avião são piores do que os de Montevideo que, por sua vez, são piores do que os de São Paulo. Então, é melhor pesquisar antes de comprar.

Viagem ao Uruguai - Viagem a Colônia do Sacramento

13-11-2016
Segundo dia - Como amanheceu nublado, fomos conhecer a missão jesuítica da Colônia do Sacramento, que fica a 174 km de Montevideo. O acesso é pela Ruta 1, sentido Oeste. A rodovia é boa e pedagiada (pedágio manual e automático). Só a 28 km da Colônia a pista deixa de ser dupla. Foram dois pedágios na ida e dois na volta, a 75 pesos cada, totalizando o equivalente a R$37,50. É possível pagar em dólar ou euro, desde que as notas sejam de pequeno valor (no máximo, de 10 dólares ou euros), e o troco é dado em pesos - uma boa maneira de se fazer o câmbio. O limite de velocidade na maior parte do trajeto é de 90 km/h e 110 km/h para automóveis. Para dirigir no Uruguai, basta levar a CNH brasileira, não sendo necessário carteira internacional de habilitação. E atenção, devem-se manter os faróis acesos durante o dia tanto na cidade quanto nas estradas. Chegando à Colônia, para esperar a chuva amainar, fomos almoçar no La Parrillada El Porton, que existe desde 1984 e fica ao lado da praça. A carne estava ótima, os pratos eram bem servidos e o vinho Juan Carrau (uva Tannat, safra 2014), era bom e barato. E, de sobremesa (postre), uma generosa taça de morangos cobertos com chantilly (frutillas ou fresa com crema). Apesar da grande fila de espera, o atendimento foi bem eficiente.
 
Fresa com crema, do La Parrillada El Porton

Como prevera a meteorologia, a chuva cessou e pudemos conhecer a Igreja do Sacramento, as ruínas da missão e a Plaza de Toros de San Carlos, que fica a 4 km do centro da cidade. A cidade de Colônia do Sacramento, originalmente denominada Colônia do Santíssimo Sacramento, foi fundada em 22 de janeiro de 1680. A cidade é muito charmosa, com ruas arborizadas com bordos, muitos restaurantes e lojas de souvenirs (regalos).

Igreja Matriz
Fonte na lateral da Igreja Matriz
Plaza de Toros de San Carlos, em Colônia do Sacramento
Ruas de Colônia do Sacramento cobertas por bordos
Nessa missão jesuítica, ocorreu um verdadeiro massacre realizado pelas tropas espanholas e portuguesas contra os índios guaranis catequizados e os padres jesuítas, porque estes se recusaram a abandonar a missão, em observância ao Tratado de Madrid (versão atualizada do Tratado de Tordesilhas que nunca foi respeitado). O filme A Missão conta bem essa história. O poema épico O Uraguai, de Basílio da Gama, também narra os mesmos acontecimentos, mas, ao contrário do filme, demoniza os jesuítas. Isso porque o autor, que estudara em Colégios Jesuítas e temia a perseguição do Marquês de Pombal, para agradar o Primeiro Ministro do Rei D. José I, demonizou os padres. O ódio do Marquês à Ordem fê-lo expulsá-la das terras portuguesas por imputar-lhe o atraso da educação e da ciência em Portugal.

Viagem ao Uruguai - Conhecendo Montevidéu

12-11-2016
Primeiro dia - Fomos à Cidade Velha, onde conhecemos a Praça da Independência, o Palácio Salvo, o Teatro Solis, a Puerta de la Ciudadela, a estátua equestre, o Mausoléu a Jose Artigas. 

Teatro Solis, próximo à Plaza de la Independencia


Estacionamos na Praça da Independência, onde um “flanelinha” nos cobrou 50 pesos a hora, o que é caro e ilegal. Lendo as placas, vimos que, como no Brasil, a cobrança é ilegal porque a "zona azul" é apenas de segunda a sexta, das 10h às 18h, e, nesses dias da semana, compra-se o bilhete de meia hora por 14 pesos, nos quiosques (kioskos). Como no resto de Montevideo, é muito fácil de estacionar. Depois dessa visita à praça, conseguimos evitar o problema dos “flanelinhas”.
Parada para um café, no Cafe Fundador, da Livraria Más Puro Verso, cujo prédio é lindo. A livraria existe há 10 anos, mas o prédio, onde antes havia uma óptica industrial, existe há 100 anos. Os livros são tão caros quanto no Brasil. 

Livraria Más Puro Verso, em Montevideo
Saindo da Praça da Independência fomos à Praça Bruno Maurício de Zabala, à Catedral e à Praça da Constituição onde havia uma feira de antiguidades. Lá, almoçamos na Cervejaria Matriz, onde os chivitos (sanduíche de carne, com ovo, tomate e alface, com frias) são uma boa opção. Depois, passeio pela Rambla Francia em direção ao Porto onde há um prédio igual ao Hotel Burj Al-Arab, de Dubai, só que em menor dimensão. Em seguida, fomos pela mesma Rambla em sentido contrário, com parada para fotos da Chaminé. Antigamente, essa Chaminé era usada para a produção de carvão e energia para um hospital que ainda existe a poucos metros dela. 

 
Chamine, na Rambla Francia, em Montevideo


Próxima parada no Parque Rodô, espécie de Parque do Ibiraquera, para onde vão os habitantes locais com suas garrafas térmicas e cuias de chimarrão. No Uruguai, o chimarrão é quente e de erva mate, exatamente como no Rio Grande do Sul. Em frente ao Parque Rodô, há uma pequena praia de águas escuras, chamada Playa Ramirez. No mesmo local, de frente para a praia, está o prédio do Edifício Sede do Mercosul e, atrás deste, um cassino. Lá, às margens da Rambla Wilson, que é a continuação da Rambla Francia, assistimos ao lindo pôr-do-sol.
 
Pôr-do-sol na Rambla Wilson, em Montevideo

Em seguida, fomos conhecer Punta Carretas e Pocitos Nuevo, região da cidade muito semelhante à Copacabana, no Rio de Janeiro, com prédios de apartamentos grudados uns aos outros de frente para o mar e um lindo calçadão à beira-mar, muito ao estilo do Malecón cubano. A região é bonita e agradável, com vários restaurantes. Terminamos o dia jantando no restaurante La Perdiz, que fica no bairro de Punta Carreta, próximo à Rambla Mahatma Gandhi. O restaurante é muito frequentado por brasileiros, uruguaios e turistas em geral. Vive lotado, então, é melhor reservar. Como ventava muito, preferimos uma mesa interna. À noite esfria e venta, por isso é sempre bom levar um agasalho leve. A carne estava maravilhosa (um vacio sem guarnição e um lomo com batata doce caramelada com mel); o vinho, ótimo (um Don Pascoal, Tannat, safra de 2016); e a sobremesa, deliciosa (mousse de doce de leite coberta com nozes picadas).

Vacio, no La Perdiz



Viagem ao Uruguai - A saída do Masoquistão e a chegada a Montevidéu

11 e 12-11-2016
Eram 17h30 quando saímos de casa, em São Paulo. O vôo só sairía às 22h50, então estávamos tranquilos. Ledo engano: foram 2h30 de Uber até Cumbica, mais 50 minutos de fila no check-in e,  para aumentar o estresse, o check-in foi no terminal 3, mas o vôo partiria do terminal 2, a 15 minutos de caminhada, em ritmo rápido. Mal deu tempo de ir ao banheiro antes de entrar no avião, já suados e aborrecidos. Aqui é mesmo o Masoquistão, como sempre digo e, para que o sofrimento seja completo, ficamos também mais uma hora esperando na fila do controle aéreo (sequenciamento) para decolar!

Chegamos a Montevideo à 01h20, e o coitado do funcionário da Localiza já estava de braço roxo de tanto segurar a plaquinha com meu nome. Ao contrário de outras locadoras, eles não têm balcão de atendimento alí no desembarque, então precisam levar os passageiros a outro lugar, um posto de gasolina, onde eles montaram o escritório. Isso foi até bom, pois as demais locadoras tinham filas enormes. Depois de todos os trâmites e esperas, acertamos o caminho do hotel e, finalmente, às 03h30, entramos no quarto, tomamos banho e dormimos. Total da Odisseia para visitar uma cidade a 2h30 de distância: 10 horas! E ainda tivemos de acordar às 9h30, com tempo para não perder o café da manhã.

Recepção do Hotel Regency Way, em Montevideo


Palacio Salvo, na Plaza de la Independencia, em Montevideo

Na locadora de veículos, fomos informados de que todas as contas pagas no país com Visa e Mastercard saem automaticamente com o desconto dos 22% de IVA (imposto sobre valor agregado). Isso é muito bom, pois, ao pagar o restaurante, por exemplo, mesmo incluindo os 10% de serviço, o total fica menor do que o valor do cardápio. Então, pague tudo no cartão. A gorjeta, em alguns lugares, deve ser paga em dinheiro. No caso do American Express, antes, o desconto do IVA não era automático, mas não sabemos informar se ainda é assim. De qualquer forma, como moramos no Masoquistão, ainda temos de pagar os 6,38% de impostos brasileiros para compras com cartão. Outro ponto importante é que, em muitos lugares, há um limite mínimo para que seja aceito o pagamento com cartão (algo como 300 pesos – um real vale 8,3 pesos). Então, é bom ter um pouco de moeda local, embora seja comum aceitarem dólares, euros, reais e pesos argentinos.

Locar um carro é preferível, já que em Montevideo não há metrô, mas apenas ônibus e poucos trens. O depósito caução é alto (mil dólares), mas é estornado na devolução do carro. A gasolina mais barata (de padrão europeu, 95 octanas) é bem mais cara do que no Brasil: R$5,20 o litro, mas rende muito mais por km/l. 

O  câmbio estava 28 pesos uruguaios para US$1. Para converter de pesos para real é fácil, basta dividir o valor por 8,3.

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